O Honda anunciou que suspenderá as atividades na fábrica de Itirapina (SP), onde são produzidos os modelos City, com carrocerias hatch e sedan, e HR-V. Motivo: falta de peças, mais precisamente de semicondutores, que são chips eletrônicos presentes em diferentes sistemas dos veículos e que estão no centro de uma crise global. A unidade industrial permanecerá inoperante entre os dias 3 a 14 de outubro.
Como a fábrica da Honda em Itirapina já havia sofrido uma paralisação entre os dias 15 e 23 de setembro, pelo mesmo motivo, o período fora de operação já chega a 21 dias em menos de um mês. Outras unidades industriais da multinacional em diferentes países também interromperam as atividades ao longo do ano, devido à falta dos semicondutores.
Honda HR-V tem longas filas de espera
Vale lembrar que tanto o Honda HR-V quanto o City ganharam novas gerações recentemente e, por isso, estão com procura em alta. O caso do SUV é particularmente delicado: lançado no último mês de julho, o modelo já está com filas de espera superiores a 100 dias.
Para piorar, as versões top de linha Advance e Touring, equipadas com motor turbo, ainda nem chegaram ao mercado: as entregas estavam previstas para outubro, mas devem atrasar. Por sua vez, a Honda só afirma que conseguirá entregar dentro desse prazo as unidades do novo HR-V turbo destinadas a exposição em showroons e a ações de test drive em concessionárias.
O VRUM já dirigiu o Honda HR-V 2023: assista ao vídeo!
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Crise global
A Honda não é a única fabricante de veículos instalada no Brasil que suspende a produção por falta de chips. Desde o ano passado, Chevrolet, Volkswagen, Toyota, Nissan e Fiat, entre outras, já tomaram medidas semelhantes.
A crise dos semicondutores começou em 2021, em decorrência da pandemia. Esses componentes são utilizados não apenas em veículos, mas em praticamente todos os produtos com sistemas eletrônicos. Previsões indicam que a produção, que está majoritariamente concentrada na Ásia, só deverá voltar aos níveis normais em 2023.