A indústria automobilística da Rússia vem colecionando baixas desde que o governo local invadiu a Ucrânia. Do início do conflito até o presente momento, Renault, Nissan, Volkswagen, Mercedes-Benz, Toyota e Ford deixaram de produzir no país. E a próxima a encerrar as atividades por lá deverá ser a Kia.
Quem acenou com essa possibilidade foi Woo-Jeong Joo, vice-presidente executivo da Kia, durante uma entrevista à agência Automotive News Europe. Ele declarou que o mercado da Rússia deve ficar ainda mais volátil nos próximos meses, devido à longa duração do conflito na Ucrânia.
O executivo disse ainda que, devido ao problema de fornecimento de autopeças e insumos industriais, está inviável produzir veículos no país: no momento, a empresa realiza apenas serviços de pós-vendas. Vale lembrar que a Rússia enfrenta várias sanções econômicas impostas pela comunidade internacional, o que vem trazendo sérias dificuldades para a indústria local.
Porém, ao ser questionado se a Kia venderia a fábrica na Rússia, o executivo preferiu não responder. A unidade industrial situa-se em São Petesburgo, emprega cerca de 2.200 trabalhadores e tem capacidade para produzir 200 mil veículos todos os anos.
Em queda, mercado da Rússia afeta Kia e outras marcas
Até o início do conflito, a Kia era a segunda mais vendida da Rússia. Em 2021, a marca sul-coreana teve uma participação de 12,3% no mercado: ficou atrás apenas da empresa local AvtoVAZ, que abocanhou uma parcela de 21% das vendas de veículos. Porém, a empresa, que detém a marca Lada, também vem enfrentando dificuldades para produzir modelos como o jipinho Niva.
Porém, na Rússia, o atual cenário do mercado automobilístico é desanimador. O setor sofreu um expressivo tombo de 59,8% neste ano: em 2021, o número de emplacamentos no país foi de 1.260.111, ante somente 506.661 em 2022. Especificamente para a Kia, as vendas locais diminuíram 65%.
Já dirigimos o novo Sportage, novidade da Kia para o mercado brasileiro: assista ao vídeo!
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