O Land Rover Série 1 que você vê na foto é duplamente especial: primeiro, por ter sido o veículo pessoal do rei George VI, da Inglaterra; segundo, por ser apenas a 11ª unidade das 15 primeiras fabricadas. E, agora, ele será leiloado!
O carro não foi somente usado pelo rei, mas também passou pelas mãos de vários integrantes da Família Real Britânica. Cinco anos após ter sido encomendado, em 1948, por George VI, o Land Rover foi registrado como NXN 1 e usado pela rainha Elizabeth II e pelo príncipe Philip, então duque de Edimburgo, no famoso Castelo Balmoral Estate, na Escócia.
Posteriormente, o veículo foi passado para a Rainha Mãe em Birkhall, também em Balmoral.
O Land Rover Série foi colocado à venda em leilão
Dado o seu histórico de passagens pela Família Real, este Land Rover Série 1, obviamente, tem um grande valor sentimental para Charles – o antigo Príncipe de Gales e, agora, rei Charles III.
Em 2010, ele enviou o carro para restaurá-lo à sua condição original, de quando foi entregue novo ao rei George VI. Em seguida, o modelo foi exibido em Balmoral.
Agora, o Land Rover está sendo colocado à venda pela Silverstone Auctions, com um guia de preços entre 100 mil e 150 mil libras, o que equivale a, aproximadamente, R$ 655 mil e R$ 983 mil, respectivamente, pela cotação atual.
Um pouco da história do Land Rover Série 1
O Land Rover Série 1 foi introduzido em 1948 na Inglaterra, após a Segunda Guerra Mundial. Sua função seria atender à necessidade do país de veículos agrícolas que pudessem ser exportados para trazer dinheiro aos cofres britânicos – severamente esgotados após a guerra.
O design do carro foi criado por Maurie Wilks, designer-chefe da marca. Ele concebeu o modelo para que ele fosse simples, mas, ao mesmo tempo, pudesse funcionar como trator e jipe.
Os primeiros Land Rovers
O Land Rover moderno e seu descendente, o Range Rover, tornaram-se um símbolo de luxo e riqueza em muitas partes do mundo, mas nem sempre a história foi assim.
Quando os primeiros Land Rovers foram construídos e lançados, no fim da década de 1940, eles eram veículos agrícolas extremamente simples, com carrocerias feitas, em grande parte, de liga de alumínio.
Isso não era de se espantar, afinal o carro precisava ser útil à Grã-Bretanha naquela época: ser barato de se produzir e vender bem nos mercados de exportação para, assim, trazer o capital necessário de volta ao Reino Unido.
Os primeiros modelos foram, então, desenvolvidos com um chassi de estrutura de escada de aço e anteparo de aço. O corpo era feito quase inteiramente de alumínio. Sobre isso, é interessante ressaltar que o aço era escasso após a guerra, mas havia muita liga de alumínio sobrando das aeronaves que foram usadas no conflito.
O motor Land Rover era de quatro cilindros em linha de 1.6 litro, instalado na dianteira e acoplado a uma caixa de transferência de duas velocidades e uma transmissão manual de quatro marchas.
O Land Rover Série 1 deveria ter sido produzido por apenas alguns anos após a Segunda Guerra Mundial, para preencher a lacuna deixada pelo embate até que a economia global se recuperasse. O que não esperavam, no entanto, era que o veículo fosse se tornar tão popular e que seus descendentes permaneceriam em produção até hoje, 75 anos depois.
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