No último mês de setembro, os valores dos principais combustíveis veiculares usados no Brasil tiveram comportamento distintos. Por um lado, o preço do óleo diesel registrou um grande aumento de 10,75% na bomba. Já a gasolina aumentou 2,51%, e o etanol hidratado, usado diretamente nos veículos, registrou nova queda mensal (-0,29%).
Dados da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade, mostram que a unidade federativa que registrou a maior alta no mês foi São Paulo, com 13,59%: no estado, o preço do litro de diesel chegou a R$6,26. Em seguida, vêm o Distrito Federal, com alta de 12,72% e valor médio de R$6,477, e Paraíba, com 12,66% e R$6,32, respectivamente.
Ainda de acordo com informações da ValeCard, a unidade federativa brasileira com o menor preço médio do óleo diesel foi o Rio Grande do Sul, a R$ 5,983. Na outra ponta, Roraima apresentou a maior média, a R$ 6,882.
Problema com a Rússia deve elevar ainda mais o preço do diesel
Porém, como se não bastasse, a tendência é que o preço do diesel continue subindo. Isso, devido à suspensão temporária da exportação desse combustível da Rússia para o Brasil, que não deve gerar desabastecimento, mas tende a elevar os valores praticados nos postos. Além disso, tal medida também pode afetar os preços da gasolina no país.
De acordo com a Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior, a Rússia responde por 74% do diesel importado no país: assim, os cortes anunciados podem aumentar a defasagem entre os preços que a Petrobras pratica e o Preço de Paridade Internacional (PPI). Uma alternativa pode ser a de trazer maior quantidade desse combustível dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes.
No ranking elaborado pela Logcomex, o Paraná foi o Estado que mais trouxe óleo diesel da Rússia no período que vai de janeiro a agosto de 2023: as importações desse combustível totalizaram US$732.119.561. Em seguida, vem o Amapá, com US$391.256.752, e São Paulo, com US$365.318.358.
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