Um carro dos anos 60 servirá de inspiração para um novo modelo elétrico da Renault: o veículo em questão chama-se simplesmente 4 (ou 4L em determinados mercados (pronuncia-se "Quatrele" na França) e foi produzido entre os anos de 1961 e 1994 na Europa. A apresentação em âmbito mundial ocorrerá no próximo mês de outubro, no Salão do Automóvel de Paris.
Até no nome o novo carro elétrico reverenciará o antepassado: ele se chamará Renault 4Ever. A expectativa é que o design também traga muitas referências ao antigo modelo. A marca francesa chegou a apresentar, há cerca de um ano, o AIR4 Concept, que era o próprio 4L com tecnologias elétricas de propulsão. Agora, será a vez de um projeto inédito, cuja chegada ao mercado está prevista para 2025.
Luca de Meo, CEO da Renault, já declarou que a marca terá uma gama 100% elétrica no mercado europeu. O primeiro desses produtos já foi revelado e tem lançado previsto para 2014: é o R5, que também se baseia em um modelo do passado. Em relação a ele, o 4Ever será mais barato, assumindo o posto de produto de entrada. No Brasil, a marca também expandirá a gama de carros elétricos.
Possivelmente, o Renault 4Ever terá uma carroceria do tipo crossover, tirando proveito das proporções do 4L original, que tinha teto mais elevado. Por sua vez, o R5 tem perfil de hatch. Porém, só haverá certeza sobre as características do projeto após a apresentação oficial.
Sobre o Renault 4L, fonte de inspiração para o novo carro elétrico
O Renault 4 foi um dos maiores sucessos da história da Renault, com mais de 8 de unidades produzidas ao longo de três décadas. O modelo foi fabricado em diversos países europeus, incluindo França, Espanha, Portugal, Bélgica, Irlanda e Eslovênia, e também em outros continentes, como África e Oceania. E até na América Latina, especificamente no México, no Chile, na Colômbia no Uruguai e na Argentina.
Típico do período do pós-guerra na Europa, o projeto tinha foco na funcionalidade e no preço acessível: consequentemente, o modelo exibia porte compacto, motores econômicos e interior despojado. O design era um reflexo dessas diretrizes, com linhas simples. Apesar de a estética nunca ter sido uma prioridade, o Renault 4 agradou pela praticidade e pela fama de robustez mecânica.
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