O Honda ZR-V não tem nada a ver com os demais SUVs da marca japonesa (HR-V e CR-V). Apesar do visual diferente, esse modelo é um Honda autêntico e tem forte relação com um clássico da marca. É que o utilitário esportivo médio utiliza a mesma plataforma da atual geração do Civic. Sendo assim, não é forçar muito falar que o ZR-V é o SUV do Civic, como o Toyota Corolla Cross é o SUV do Corolla sedan.

A dianteira do Honda ZR-V traz faróis full LED espichados, com projetores, com a grade mais centralizada, que não explora muito as extremidades. As rodas são de 17 polegadas, devidamente emolduradas para atender o visual de SUV. A antena tubarão reforça a esportividade, assim como o spoiler. A traseira é 'limpa', com uma descaída mais suave. Um dos destaques é a bela ponteira de escape.

Acabamento e espaço interno são destaques no Honda ZR-V

O interior é um dos pontos altos do Honda ZR-V. Os bancos em couro branco são o primeiro ponto a chamar a atenção (ainda temos couro no painel, portas e console central). Mas ainda há capricho no tecido do teto, nos tapetes acarpetados e várias superfícies de toque macio.

O painel segue a linha do Civic e do CR-V, com destaque para uma grade que encobre o sistema de ventilação. O multimídia tem tela de 9 polegadas, e o quadro de instrumentos é parcialmente digital, com o velocímetro analógico ao lado de um display de 7 polegadas. Ainda se destacam o teto solar, que é pequeno para os padrões atuais, e os ajustes elétricos do banco do motorista.

O espaço para os passageiros é muito bom, sendo que o banco traseiro chega a ser relativamente confortável até para o passageiro do meio. Mas aqui o Honda ZR-V cometeu um deslize: não existe saída de ar-condicionado direta para os ocupantes. O porta-malas tem 389 litros, pouco para a categoria, mas o espaço não é tão ruim.

SUV fica devendo motor turbo?

O Honda ZR-V traz sob o capô um motor 2.0 aspirado apenas a gasolina, com 161cv de potência e 19,1kgfm de torque, aliado a um câmbio CVT de 7 marchas. Apesar de se desenvolver mais lentamente que um motor turbo, esse conjunto mecânico não torna esse SUV um veículo fraco.

Apesar de tentar manter as rotações em faixas favoráveis ao baixo consumo de combustível, a gestão do câmbio não vacila em jogar as rotações lá no alto para favorecer o desempenho. Nessa hora, nem o bom isolamento acústico do Honda ZR-V disfarça o motor urrando dentro do cofre. Em compensação, o consumo de combustível é menor que os motores menores turbo, como o 1.3 do Compass.

O acerto das suspensões, que tem o luxo de ter multilink na traseira, é mais firme, privilegiando a estabilidade em curvas de alta velocidade, sacrificando um pouco do conforto. A direção do Honda ZR-V tem assistência elétrica e é bem responsiva aos comandos do motorista. Resumindo, esse SUV está longe de ser esportivo, mas proporciona uma boa experiência ao volante pata quem gosta de dirigir.

Versão única tem muitos equipamentos

O Honda ZR-V chega do México em versão única topo de linha, a Touring, vendida a R$ 214.500. No pacote de conteúdos, destaque para:

• 8 airbags;
• Controle de tração e estabilidade;
• Controle de cruzeiro adaptativo;
• Assistente de farol alto;
• Frenagem autônoma;
• Sistema de permanência em faixa;
• Chave presencial;
• Sensores de estacionamento dianteiros e traseiros;
• Carregador de celular sem fio;
• Freio de estacionamento por botão com função auto-hold.

Em relação aos concorrentes tradicionais – Jeep Compass, Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos, Chevrolet Equinox -, o Honda ZR-V se mostra competitivo. Se você quer um pouco mais, talvez seja interessante dar uma olhada no novo Ford Territory e no GWM Haval H6.

Ficha técnica: Honda ZR-V Touring

Lista de equipamentos: Honda ZR-V Touring

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