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Mercedes-AMG A 45 S, um foguete disfarçado de hatchback

Com aceleração de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos, o Mercedes-AMG A 45 S prova que tamanho não define desempenho

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Mercedes-AMG A 45 S
Mercedes-AMG A 45 S Foto: Luiz Forelli/Vrum

O que define um carro esportivo? Para muitos, basta colocar um motor potente, trocar o filtro de ar, adicionar um downpipe, e pronto, está feito. É assim que muitos tratam, por exemplo, o VW Up! TSI, transformado em “esportivo” com um simples stage de preparação. Mas a verdade é que ser um esportivo vai muito além de potência bruta. A Mercedes-Benz, ao desenvolver o A45 S AMG, partiu de uma ideia de pegar um hatch de entrada e transformá-lo.

A diferença? Aqui, estamos falando de uma verdadeira obra-prima, onde cada detalhe é pensado para criar não apenas um carro rápido, mas um esportivo com alma. O A45 S AMG não precisa de vários cilindros para impressionar. Sob o capô, está o motor 2.0 de quatro cilindros mais potente do mundo em produção, e ele é mais do que suficiente para redefinir o que se espera de um hatch esportivo. 

Com preço caríssimo de R$ 600.900, ele faz qualquer pessoa que tenha esse dinheiro, e entra no carro, esquecer o valor na hora de pisar fundo e se concentrar apenas na experiência visceral que ele oferece. É um hatch esportivo, ou melhor, um hot hatch, que ultrapassa barreiras, mostrando que a esportividade é muito mais do que potência — é uma questão de equilíbrio.

VISUAL E PEÇAS QUE FAZEM DIFERENÇA DA ESPORTIVIDADE 

O Mercedes-AMG A45 S passou por uma atualização visual em dezembro de 2023 no Brasil, e trouxe mudanças que reforçam ainda mais seu caráter esportivo. Na dianteira, o modelo recebeu faróis ligeiramente redesenhados, que permanecem em LED, mas sem a tecnologia Matrix, o que poderia ser esperado em um carro desse preço. 

A grade Panamericana, assinatura dos modelos AMG, marca presença e é um elemento essencial para a esportividade e o desenho do carro. O para-choque, com belas entradas de ar, contribui não apenas para um visual mais agressivo, mas também para melhorar o arrasto aerodinâmico.

Nas laterais, o A45 S calça pneus 245/35 R19, que acompanham as rodas de 19 polegadas. As pinças de freio vermelhas chamam atenção pelo tamanho impressionante, destacando a força necessária para parar esse foguete em forma de hatch. Já na traseira, a principal novidade fica por conta das lanternas, que receberam um novo desenho interno em LED, além de ponteiras de escape ligeiramente mais ovais. 

O spoiler traseiro, além de reforçar o tom esportivo, tem função aerodinâmica. O modelo também elimina o estepe, substituído por um kit de reparo, que mesmo não possuindo no seu irmão “manso”, A200, ajuda na redução de peso.

O design geral é uma declaração de esportividade, mas o interior eleva ainda mais essa sensação. O novo volante touch de dois andares de botões impressiona pela beleza e funcionalidade, especialmente à noite, quando a iluminação destaca seus detalhes. Porém é aquilo: o sistema touch pode levar a cliques acidentais, algo que talvez incomode alguns motoristas. 

O painel de instrumentos recebeu atualizações de software, enquanto o sistema multimídia agora é totalmente touch, eliminando a peça de controle central presente em versões anteriores. Esse redesign trouxe um console mais limpo e moderno, com mais espaço e menos botões físicos, melhorando a ergonomia e a experiência de uso. Pena foi a saída da soleira iluminada que existia. 

MOTORIZAÇÃO E COMO ANDA

É impossível falar do Mercedes-AMG A45 S sem exaltar a genialidade de sua engenharia. Um dos responsáveis por esse feito é Vivian Sen, engenheiro da Mercedes, que trabalha na fábrica de Affalterbach, na Alemanha, onde esse motor é montado à mão — e por isso o motor ganha uma plaquinha em homenagem ao pai da máquina. 

O que foi feito aqui é uma obra-prima da engenharia: um motor 2.0 turbo capaz de entregar 421 cv a 6.750 rpm e 51 kgfm de torque a 5.000 rpm. Para colocar isso em perspectiva, é uma potência semelhante à de um Porsche Macan GTS, com seu motor V6 2.9 biturbo de 440 cv, e ainda consegue ser apenas 0,1 segundo mais lento no 0 a 100 km/h que um Porsche 718 GTS 4.0. O A45 S faz o 0 a 100 em impressionantes 3,8 segundos (em nossos testes) mesmo pesando 1.680 kg, ligeiramente mais pesado que o modelo anterior, que pesava 1.550 kg.

Tudo isso é atrelado a caixa de câmbio automatizada de oito marchas banhada a óleo, chamado de o 8G-DCT, que equipa outros AMG, e claro, resposta extremamente rápida e fluidez nas trocas. 

Ele é acompanhado pela tração integral 4Matic+ com distribuição inteligente de torque, que permite ao A45 S grudar no asfalto em qualquer situação. 

Além disso, há aquele toque típico da AMG: cada troca de marcha vem acompanhada de um estouro no escape, tornando a experiência de acelerar ainda mais visceral e te faz querer cada vez mais. É uma delícia! De olhos fechados, jamais você vai dizer que é um quatro cilindros. 

O Mercedes-AMG A45 S é um carro que muda completamente de acordo com o modo de condução selecionado, e isso faz toda a diferença. Ele oferece os modos Comfort, Sport, Sport+ e Race, que podem ser ajustados pelo volante, ou no multimídia.

No modo Comfort, o carro é mais suave, ideal para a cidade. Mas não se engane, ele não fica “apagado”. Mesmo nesse modo, se você pisar, o motor responde com força, ainda que de forma mais sutil. As trocas de marcha são suaves e o comportamento do câmbio e do acelerador é bem civilizado. 

Já no modo Sport, tudo muda: o pedal do acelerador fica mais sensível, o câmbio responde mais rápido, a suspensão adaptativa fica mais rígida e o volante ganha peso. No Sport+, o ronco do motor fica mais agressivo e os estalos no escape já aparecem e altos, dando aquele toque de brutalidade que a AMG sabe entregar. 

E no modo Race, o carro vira uma máquina feita para pista: todas as respostas são maximizadas, o ronco fica ainda mais alto e a suspensão endurece ao máximo para garantir a estabilidade em altas velocidades.

Agora, na cidade, o Comfort seria o mais apropriado, mas mesmo assim, o A45 S não é um carro confortável para o dia a dia, esquece isso. A suspensão é extremamente dura, seja qual for a configuração, que obviamente é característica de carros esportivos, e transmite praticamente tudo o que está no asfalto para dentro da cabine. 

Em ruas esburacadas, como em São Paulo, você sente cada batida seca, e a situação piora com os barulhos internos — o modelo testado tinha ruídos no painel e nas portas, algo que incomoda bastante para um carro nessa faixa de preço.

Além disso, o carro é muito baixo: com apenas 43 mm de altura do solo, ele raspa com facilidade em valetas, lombadas e até em algumas inclinações de entrada. É tão baixo que a altura é quase a da palma da mão colocada na horizontal. Precisa ser bem cuidadoso nas ruas, onde for. E aí de beliscar o pneu em um buraco que a chance de furar é grande, já que é de perfil baixo.

Apesar de ser um hatchback médio e ter uma boa manobrabilidade, um carro de R$ 600 mil com ausência de uma câmera 360° é extremamente sentida. Tudo bem que ele é compacto e fácil de estacionar, mas contar apenas com uma câmera de ré não faz jus ao preço e ao padrão do carro. Ele ainda compensa com sensores dianteiros e traseiros que ajudam na tarefa, mas, convenhamos, uma câmera 360° não ter, é pecado pelo preço.

Mercedes-AMG A 45 S
Mercedes-AMG A 45 S Foto: Luiz Forelli/Vrum

Falando em economia, quem quiser economizar gasolina com um carro de mais de R$ 600 mil, o Start-Stop funciona bem discreto. Mas, no geral, o A45 S AMG deixa claro que seu ambiente natural não é a cidade: ele não foi feito para o asfalto irregular ou o trânsito pesado. É um carro que exige espaço e condições melhores para mostrar o que tem de melhor.

Guiar com o A 45 S na estrada é uma experiência que supera o comum. Mesmo para quem já testou carros potentes, este hatch esportivo se mostra de maneira impressionante. As trocas de marchas acima de 5.000 rpm, momento em que o motor entrega todo o torque, são inatas. 

É o tipo de carro que literalmente te cola no banco, criando uma sensação de aceleração viciante. No modo Sport+ ou Race então, o ronco do motor e os estouros do escapamento transformam cada pisada no acelerador em um espetáculo auditivo e sensorial, te empurrando a querer mais a cada instante.

Com sua tração integral 4MATIC+, o A45 S é um monstro de estabilidade. O sistema redistribui a força entre os eixos e até mesmo para cada roda e assegura que o carro permaneça firme e sob controle, mesmo em curvas desafiadoras. É incrível como ele simplesmente não apresenta balanço de carroceria, mesmo em manobras mais agressivas. 

As curvas são feitas com precisão cirúrgica, sem pneu cantando ou qualquer sensação de instabilidade. Mesmo que o volante não seja tão responsivo quanto o de um Porsche, por exemplo, claro, ele faz seu trabalho de forma exemplar para um hatch esportivo, sendo direto e confiável em qualquer situação.

A aceleração é outro ponto fora da curva. Basta encostar no acelerador e, em um piscar de olhos, o velocímetro já indica números de três digitos. É tão rápido que mal dá tempo de respirar antes de atingir os 100 km/h, e o motor nunca cansa, sempre pronto para entregar mais. Apesar disso, o isolamento acústico é bem trabalhado, com ruídos mínimos da fluidez do vento ou  rodagem — algo um pouco notável, considerando os pneus de perfil baixo. 

Os freios, como esperado, estão à altura do desempenho. Discos ventilados nas quatro rodas entregam uma força de frenagem impressionante. Sensíveis e precisos, eles param o carro com certa facilidade até, passando total confiança ao condutor, mesmo após sessões repetidas de uso.

DE ONDE VEM TODO INVESTIMENTO?

O segredo está em como tudo foi pensado e otimizado. O motor M139 é o 2.0 quatro cilindros em linha mais potente do mundo e impressiona não apenas pela potência bruta, mas por como essa potência é entregue. 

A engenharia da Mercedes trouxe uma inovação interessante no motor M139, o seu posicionamento do escape e da admissão foi estrategicamente invertido, ou seja, inverteu a posição de peças-chave. O turbo, que normalmente fica na frente, foi movido para trás, perto da parede que separa o motor da cabine (parede corta-fogo), e a entrada de ar (admissão) foi colocada na frente. Parece simples, mas isso faz uma enorme diferença.

Com essa mudança, o ar percorre um caminho mais curto e direto para o motor, deixando ele "respirar" melhor (otimiza a circulação de ar para a combustão). Já o turbo, com menos tubulação, trabalha mais rápido e entrega potência quase instantaneamente quando você pisa no acelerador.

O escape, posicionado mais próximo ao turbo, utiliza uma tubulação mais curta, o que acelera o fluxo de gases e melhora a entrega de torque, especialmente em situações onde se exige uma resposta rápida, como ultrapassagens. É uma solução que, na prática, faz com que o motor responda de forma mais ágil e eficiente em diversas rotações.

  • O turbo é basicamente uma ventoinha que aproveita os gases do escape para girar e empurrar mais ar para dentro do motor. Mais ar = mais potência, porque o motor consegue queimar mais combustível.

A qualidade dos materiais utilizados na construção do motor é de outro nível também. Os pistões foram forjados para suportar a forte pressão de 2,1 bar do turbo (números absurdos, quase o dobro dos carros turbos “normais”), enquanto os anéis possuem um revestimento especial de baixa atrito, o que ajuda também um funcionamento mais suave. 

Já os cilindros recebem um material avançado derivado da Fórmula 1, projetado para minimizar o já citado atrito interno (o atrito gera calor e reduz eficiência) e melhorar a durabilidade. Todo esse refinamento é acompanhado por reforços no bloco de alumínio, que mantém a integridade do motor mesmo sob condições extremas de uso.

Os pistões (peças que se movem para gerar energia no motor) e os anéis (que vedam os pistões) são feitos de materiais super-resistentes, como os usados em carros de Fórmula 1. Isso é importante porque o motor trabalha em condições extremas, com altas temperaturas e pressões.

Esses materiais reduzem o desgaste e aumentam a eficiência. Assim, o motor pode gerar muita potência sem perder durabilidade. Além disso, um sistema eletrônico avançado monitora o fluxo de ar, temperatura, pressão e outros fatores para ajustar o motor em tempo real, aumentando sua durabilidade mesmo sob forte pressão e calor.

  • O motor funciona de forma mais suave, com menos perda de energia. Isso ajuda a aumentar a potência e economizar combustível.

Não é por acaso que toda a refrigeração foi pensada para ser usada em pista.

O hot hatch ainda traz duas tecnologias de injeção de combustível, direta e indireta, que trabalham em conjunto para equilibrar potência e economia. 

Isso significa que o motor ajusta a quantidade de combustível de forma precisa, criando um equilíbrio raro em motores de alta performance. Não é por acaso que nosso consumo foi de bons 6,8 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada, somente gasolina, no tanque de 60 l.

O capô traz uma barra estabilizadora que percorre de ponta a ponta o bloco do motor, reforçando a estrutura e dá mais estabilidade, principalmente em altas velocidades. Essa barra, gravada com o logotipo AMG, é um charme à parte. 

Outro detalhe é a capa do motor, que direciona o ar diretamente para o turbo, ajudando na refrigeração, enquanto o motor é mantido frio por um sistema líquido.

E tudo isso tem um propósito: garantir que o carro alcance uma velocidade máxima impressionante de 270 km/h, segundo dados da montadora. É um número extraordinário, próximo dos 300 km/h, mas que mostra o cuidado e a engenharia colocados nesse modelo. 

Eu sei, é muita coisa e muito detalhe. É preciso explicar, de fato, de onde vem os mais de R$ 600 mil — cada peça, tecnologia e ajuste desse carro foram pensados para criar algo único e exclusivo, digno de um AMG.

Além disso, um sistema eletrônico avançado monitora o fluxo de ar, temperatura, pressão e outros fatores para ajustar o motor em tempo real, aumentando sua durabilidade mesmo sob forte pressão e calor.

DIMENSÕES E ESPAÇO PARA GUIAR 

O Mercedes-AMG A45 S tem ótimas dimensões para um hatchback esportivo. Com 4,45 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,41 m de altura e uma distância entre-eixos de 2,72 m, ele impressiona pela capacidade de acomodar ocupantes e bagagens. Com o banco ajustado para minha altura, 1,88 m, e quase todo recuado, meu joelho ficou encostado no banco da frente, mas ainda de forma aceitável, considerando o segmento.

O espaço traseiro é ótimo para um hatchback, sendo até superior a muitos SUVs compactos, e o porta-malas de 370 litros reforça esse ponto, superando modelos como o Honda HR-V (354 litros) e o Volkswagen T-Cross (363 litros). O único incômodo fica para quem vai no assento do meio, por conta do túnel central elevado.

A posição de dirigir é digna de um verdadeiro AMG, com um ajuste baixo e bancos esportivos do tipo concha, revestidos em suede, que abraçam perfeitamente o motorista. O assento elétrico com memória para o motorista e passageiro permite encontrar rapidamente a melhor posição, enquanto o volante, também em suede, tem ótima empunhadura, embora seja possível desgastar com o tempo. 

Detalhes esportivos, como costuras em vermelho nos bancos, portas e volante, reforçam a sensação de esportividade. A ergonomia é excelente, com comandos bem posicionados e de fácil acesso.

INTERIOR E EQUIPAMENTOS 

O sistema multimídia de 10,25 polegadas, integrado na peça do painel de instrumentos de mesmo tamanho, é funcional e intuitivo, mas deixa a desejar no tamanho, considerando o preço do carro e os concorrentes, como os modelos da BMW, por exemplo, que possuem telas maiores e mais imponentes. 

Mercedes-AMG A 45 S
Mercedes-AMG A 45 S Foto: Luiz Forelli/Vrum

Apesar disso, a resolução é impecável e a interface responde bem rápida. O sistema MBUX, com comando de voz ativado por “Olá, Mercedes”, permite controlar funções do carro, como ar-condicionado e teto solar, pena que dependa de conexão à internet em algumas ocasiões. 

Outra parte do do interior é o sistema de som premium Burmester SoundHound, com 12 alto-falantes e 710 watts de potência, que entrega uma qualidade sonora de graves e médios muito bom. Além do painel, revestido em materiais macios ao toque, que dá uma sensação de sofisticação, mas não escapa de barulhos internos causados pelas pancadas secas da suspensão, que acabam revelando certa falta de isolamento acústico para o segmento.

Um dos pontos mais encantadores do Mercedes-AMG A45 S é como ele se transforma à noite. O interior conta com uma iluminação ambiente impressionante, com LEDs espalhados pelas portas traseiras e dianteiras, painel e até mesmo nas saídas de ar. As tonalidades são ajustáveis, com opções multicoloridas e dinâmicas, criando um verdadeiro espetáculo visual. O efeito também se estende ao chão do carro, iluminando discretamente as pedaleiras, o que torna a interior do veículo à noite algo realmente lindo (há como desativar quem não gostar).

Além da beleza, a funcionalidade está presente com comandos físicos para o ar-condicionado, que é automático de duas zonas. Entre os equipamentos, destacam-se o carregador de celular por indução, o teto solar panorâmico, retrovisores externos com rebatimento e retrovisor interno fotocromático. A central multimídia oferece Apple CarPlay e Android Auto sem fio, além de navegador GPS integrado.

Em termos de segurança, o A45 S não deixa a desejar. São seis airbags, piloto automático adaptativo com função Stop & Go, que funciona de forma impecável, assistente de manutenção de faixa com centralização, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e alerta de ponto cego. O modelo também conta com limitador de velocidade.

A chave presencial com sistema Start-Stop é padrão, mas não há abertura elétrica do porta-malas nem a possibilidade de ligar o carro remotamente. O volante possui ajuste de altura e profundidade com boa extensão, mas, considerando o preço, seria interessante contar com ajuste elétrico.

Os bancos esportivos revestidos em suede dão excelente suporte e conforto, mas não contam com recursos como aquecimento, ventilação ou massagem, o que seria muito bem-vindo no calor do Brasil. Apesar disso, o conjunto do interior se mostra sofisticado, funcional e confortável, com a experiência geral sendo positiva, mesmo que pequenos detalhes possam ser melhorados.

RESUMO DA ÓPERA

O Mercedes-AMG A 45 S é um carro que entrega muito mais do que números. Assim que você acelera pela primeira vez, esquece o preço e se concentra apenas no sorriso que ele traz. É diversão pura, adrenalina, e para quem gosta de dirigir, é o tipo de carro que faz cada quilômetro valer a pena. 

Porém, não dá para ignorar que os R$ 600 mil cobrados pelo hatchback de entrada da Mercedes-Benz são um investimento pesado.

Mas mesmo com essa barreira, o A 45 S se continua sendo uma máquina incrível para quem busca performance de pista em um formato compacto. Claro, ele é feito para quem gosta de acelerar, porque na cidade ele traz um desconforto absurdo — suspensão dura, desconforto em buracos e um perfil baixo que não combina com o dia a dia. 

Ainda assim, ele é visceral em todos os sentidos. É ronco, potência, estabilidade, e, principalmente, emoção. Para quem busca diversão sem limites, é um carro que entrega muito mais do que o esperado. E no mercado de seminovos você acha ele mais em conta, e também traz muita diversão.