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Chevrolet Astra 2.0 Flex Advantage - Campeão veste xadrez

Hatch médio mais vendido no mercado nacional passa a ter motor 2.0 mais potente e desempenho está em alta ao lado da estabilidade, mas ABS não é nem item opcional

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O Astra é o hatch médio mais vendido no Brasil. Modelo concorre em segmento muito disputado e com modelos que rodam em todo o mundo, como Citroën C4 e Ford Focus. Ao contrário do Chevrolet, que é modelo de geração mais antiga, mas conquista principalmente pelo preço. Não é por acaso o carro mais vendido do segmento também no primeiro semestre do ano. Além do preço menor, esse Chevrolet tem qualidades.

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Quadriculado

As linhas da carroceria sentem o peso dos anos na parte dianteira, na qual o enorme para-choque se assemelha a limpa trilho. O restante do conjunto agrada. O adesivo quadriculado aplicado sobre capô, teto e aerofólio traseiro é denominado de acessório conceitual pelo fabricante. Poderá ser vendido na rede de concessionários se houver procura, mas o desagrado predominou e houve quem indagasse se se tratava de pace car, aquele carro que entra na pista quando a corrida é interrompida por algum motivo. O desempenho do Astra é muito bom, mas não chega a tanto.

O espaço interno é bom e cabem três adultos no banco traseiro, apesar do túnel central elevado. Falta o apoio de cabeça central, mas os cintos são de três pontos retráteis para todos. Os assentos são baixos e os ocupantes ficam afundados, característica dessa geração da Opel, subsidiária da GM na Europa. A regulagem de altura do banco do motorista faz com que ele seja privilegiado. A coluna de direção tem regulagens em altura e distância. O porta-malas é de ótimo tamanho e só perde para o Stilo em 10 litros porque o carro da Fiat tem o banco traseiro com regulagem longitudinal, o que aumenta espaço para carga e diminui o de pernas para passageiros.

Conforto

Rodas esportivas de liga aro 16 polegadas são herdadas da versão SS e aerofólio traseiro é item opcional conjugado com airbag

Para manter o reinado, a GM equipa a linha Astra 2010 com ar-condicionado eletrônico com controle de temperatura, regulagem elétrica de farol, retrovisor interno eletrocrômico, limpador traseiro acionado automaticamente com o engate da marcha a ré, entre outros.

Sem susto

A calibragem da suspensão diminui um pouco as transferências do piso e o rodar do Astra está mais macio mesmo em pisos irregulares, inclusive no banco traseiro. A estabilidade é excelente, com incrível facilidade para contornar curvas. O Astra não prega peça no motorista.

Dirigindo

O melhor é dirigir o Astra. O motor mais potente faz o carro andar muito, principalmente com álcool. As relações de transmissão estão corretas (ver avaliação técnica) e toda a força do motor está disponível em baixa rotação, o que evita as constantes trocas de marchas, principalmente no trânsito urbano. A direção bem calibrada dispensa esforço em manobras. O computador de bordo não equipa mais o carro, mas percebe-se o apetite do velho propulsor de oito válvulas para consumir combustíveis. O ponteiro do indicador do nível de combustível anda tão rápido quanto o carro.

Segurança

No segundo catálogo do Astra, pode-se comprar airbag duplo com o aerofólio traseiro. O fabricante não disponibiliza o eficiente sistema ABS nem como opcional. Alegação é a de que cerca de 95% dos proprietários não dão a mínima para o equipamento. Talvez o problema seja de inflexibilidade na linha de montagem. De qualquer forma, lamentável nos tempos atuais em que a maioria dos fabricantes equipa modelos desse segmento com ABS de série.

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