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Chevrolet Malibu - Imponência americana

Sedã de grandes dimensões já está à venda no país em versão única de acabamento. Segurança, luxo e conforto se constrastam com visibilidade ruim e suspensão ruidosa

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Foto:

Todos os ocupantes do Malibu viajam com a segurança do cinto de três pontos, porém, quem vai ao meio não tem onde apoiar a cabeça

O Malibu foi lançado no mercado americano em 1964, e a sétima geração do modelo chega ao Brasil, importada dos Estados Unidos, na versão topo de linha, com muitos itens de segurança, conforto e conveniência de série. A expectativa do fabricante é vender cerca de 200 unidades por mês. Modelo inaugurou a identidade atual da marca Chevrolet com grade do radiador como elemento trapezoidal cortada por uma barra horizontal, na qual é aplicada o símbolo da marca: a gravata dourada. Detalhes cromados estão presentes nas maçanetas, molduras dos vidros e friso que acompanha a soleira das portas. Faróis esculturais e as lanternas com elementos circulares compõem o visual robusto e imponente do Chevrolet inspirado no Corvette.

Veja a galeria completa do Chevrolet Malibu!

Motorização
Câmbio automático sequencial de seis marchas com comandos no volante e motor 2.4 de quatro cilindros, o mesmo da Captiva, dão bom desempenho ao sedã de mais de 1,5 tonelada de peso. A performance é boa, com acelerações e retomadas em tempos aceitáveis, sem brilhantismo ou decepção, ou seja, no limite do motor de quatro cilindros. O consumo na estrada varia de 9,5km/l a 11,5km/l e, na cidade, as marcas oscilam de 4,8km/l a 6km/l. Depende da topografia da região e do trânsito.

As marchas podem ser trocadas manualmente, por meio de aletas no volante, que tem boa pega e regulagens em altura e distância. As trocas são suaves e sem trancos. Nota-se apenas pequeno retardo quando se passa de R(ré) para D (drive) ou vice-versa. E a calibração do câmbio faz com que o sistema se ajuste ao modo de dirigir do motorista. E a 60km/h a transmissão já está em 6ª marcha no modo automático.

Interior O luxo prevalece no carro, que tem preço sugerido de quase R$ 90 mil, com ar-condicionado automático, maioria dos comandos ao alcance das mãos, volante com funções diversas e computador de bordo que indica a pressão dos pneus. Bancos são forrados em couro com diversas regulagens elétricas, incluindo a lombar, e aquecimento. O espaço é generoso para as pernas no banco traseiro, que, devido ao enorme túnel central, chega-se até a pensar que, por ali passa, o eixo cardã para levar força e potência do motor às rodas traseiras, mas a tração é dianteira. Por isso, apenas dois ocupantes desfrutam de conforto atrás. O porta-malas é apenas razoável para as dimensões do Malibu. Pode ser aberto por dentro e é raso e comprido.

Segurança Os cintos são todos de três pontos retráteis, mas infelizmente há apenas dois apoios de cabeça no banco traseiro. Falta o central. Há airbags frontais, laterais e de cortina. Sistema de freios ABS estão associados ao controle eletrônico de frenagem (EBD). O controle de tração pode ser desativado por meio de tecla na base do console central. Vidros laterais, assim como o para-brisa, são laminados, para diminuir ruídos internos.



Rodando A suspensão do Malibu faz com que o carro rode suave no asfalto liso, transmitindo muito conforto aos ocupantes. Em piso com imperfeições, há transferência para o habitáculo e incomodam mais os ruídos da suspensão, principalmente na parte dianteira (ver avaliação técnica). O que dificulta o ato de dirigir é a pouca visibilidade do carro, o maior dilema na cidade. Tem-se pouca área de visão na dianteira, prejudicada pela inclinação da coluna A, e até pela posição dos retrovisores, que deveriam ser maiores. Na traseira também é ruim, mal de todos os sedãs. A sensação é de não se ter controle da situação.

Leia o teste ponto a ponto do Chevrolet Malibu LTZ 2.4.