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Chevrolet Meriva 1.8 Easytronic - No meio do caminho

Monovolume da GM ganha opção de câmbio automatizado, que tem algumas vantagens da transmissão automática, e pela metade do preço

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Para deixar o Meriva mais competitivo, e de olho na concorrência, a GM comercializa versão com câmbio automatizado do monovolume. Foi o primeiro modelo da marca no Brasil a receber esse equipamento. A montadora sabe que o adversário mais direto, o Fiat Idea, deve ganhar em breve o mesmo câmbio, que passou a ser disponibilizado recentemente para o Stilo. A versão escolhida foi a Premium, que tem também ar-condicionado, direção hidráulica e acionamento elétrico para vidros, travas e espelhos retrovisores.


Eletrônica
Desenvolvida pela Opel, na Alemanha, a transmissão automatizada é, na verdade, um câmbio manual, mas com gerenciamento eletrônico, que elimina o pedal da embreagem e tem a vantagem de ser 26 quilos mais leve do que o conjunto automático e apenas três quilos mais pesada em relação ao câmbio convencional. Quando o motorista escolhe a opção automática, o sistema atua na embreagem e, por meio de sensores de velocidade e rotação do motor, escolhe o momento adequado para trocar as marchas, sempre, segundo a GM, visando à economia de combustível. Existe também a opção Sport, que pode ser acionada por um botão na base da alavanca e muda as marchas em um regime de rotação mais elevado; e a possibilidade do kickdown, levando o pedal do acelerador até o fundo, para reduzir as marchas.

Para optar entre trocas de marchas manuais ou automáticas, basta o motorista deslocar a alavanca para a esquerda; e, ao apertar o botão S, as mudanças acontecem em rotações mais elevadas


Manual
Mas, assim como o sistema automático, o Easytronic possibilita trocas manuais seqüenciais. Basta o motorista deslocar a alavanca para o lado esquerdo e empurrá-la para a frente, para engatar marchas para cima, e para trás, para reduzir. As principais vantagens desse sistema são: custa cerca de R$ 2 mil, quase a metade de uma transmissão automática; dispensa o pedal da embreagem, que reduz o esforço do condutor; e possibilita trocas manuais ou automáticas, o que permite escolher o ritmo de viagem. Mas o equipamento também tem seus inconvenientes. No modo de troca manual, o motorista tem que aliviar um pouco o acelerador, durante as trocas, para não provocar trancos. O sistema também não evita que as rodas patinem, em saídas com piso molhado, nem as famosas queimadas de embreagem.

Merixa X Concorrentes


Cidade
O câmbio automatizado é opção interessante para quem roda muito no conturbado trânsito das grandes cidades, evitando as inúmeras trocas. Para não causar confusão, o sistema sempre posiciona o câmbio na primeira marcha, quando o motorista pára o carro ou diminui muito a velocidade; e somente permite que o motor seja ligado se a alavanca estiver em neutro (ponto morto) e o pedal de freio acionado. O Easytronic também é alternativa importante para os portadores de necessidades especiais, que podem adquirir veículos com algumas isenções de impostos.

Desempenho
O câmbio piorou um pouco o desempenho do motor 1.8 flex. Embora tenha mantido a velocidade final (182 km/h), a aceleração até 100 km/h ficou mais lenta em tempo superior a 1 segundo, tanto com gasolina quanto com álcool. Mas o fôlego é suficiente para um monovolume familiar, mesmo carregado e com o ar-condicionado ligado. Quanto ao consumo, embora o sistema seja direcionado para a economia de combustível, a redução vai depender do modo de dirigir do motorista. De acordo com os números da GM, o consumo é praticamente igual ao do modelo com câmbio manual, ou seja, um pouco elevado. De resto, o Meriva é o mesmo, com bom espaço interno, porta-malas modesto, boa visibilidade e suspensão que sacrifica um pouco o conforto.

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