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Chevrolet Meriva Maxx 1.4 - Idea e Fit que se cuidem

Para concorrer com os monovolumes da Fiat e Honda, GM lança versão com mesmo motor, mas com mais fôlego, e preço semelhante. Destaque também para o amplo espaço interno

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Foto:

A chegada da versão com motor 1.4 do Meriva, de acabamento Joy e Maxx, vai esquentar a disputa no segmento dos monovolumes compactos, no qual reinavam o Fiat Idea e o Honda Fit. Lançado em 2002, o modelo da GM era comercializado apenas com a opção do motor 1.8, que é o mesmo que equipa a versão topo de linha do monovolume da Fiat. A General Motors demorou um pouco para lançar a versão com o novo propulsor 1.4, que já estava disponível para a linha Corsa desde o ano passado, mas agora quer recuperar terreno.



Design
Quem olhar rapidamente para a linha 2009 do Meriva certamente não vai notar nada. Como as mudanças foram tão sutis, é preciso um pouco mais de atenção para percebê-las. Para ter uma idéia do quão pequenas foram as alterações os destaques ficam por conta das "gravatas" (símbolo da marca Chevrolet) douradas estampadas no centro da grade dianteira e tampa traseira; das lanternas traseiras, que agora têm lentes escurecidas; da barra cromada na base da tampa do porta-malas; e das rodas de liga leve, que ganharam novos desenhos. De resto, só mudou a posição dos emblemas que identificam as motorizações ("1.4 Econo.Flex" ou "1.8 Easytronic"), que ficam na parte de baixo da tampa traseira.

Por dentro
As alterações internas também foram bastante tímidas e se resumem aos novos grafismos do painel de instrumentos (os grafismos brancos, em fundo preto, possibilitam uma boa visualização) e tecidos dos bancos (a estampa é de muito bom gosto, mas o tecido navalhado não combina com nosso calor tropical). O interior mistura preto, tons de cinza e detalhes de plástico imitando metal nos painéis de porta, no centro de painel e nas travas das portas. O volante de três raios tem boa pega, mas a regulagem de altura e profundidade da coluna de direção não está disponível nem como opcional. O comando elétrico dos vidros está bem posicionados: no descansa braço da porta.

Mudanças estéticas na traseira se limitam às novas lentes das lanternas e à barra cromada na tampa do porta-malas


Interessante
A versão Maxx do Meriva tem muitos detalhes legais e equipamentos interessantes, que cativam motorista e passageiros, como regulagem interna de altura dos fachos dos faróis; destravamento automático das portas em caso de acidente; faróis que se acendem quando o motorista aciona o destravamento das portas na chave (muito útil em uma garagem escura, por exemplo); visor acima do painel (no lugar do computador de bordo) que informa temperatura externa, hora e data; mesinhas do tipo avião e redes para pequenos objetos, no parte traseira dos bancos dianteiros (fazem a alegria da meninada); e luzes de leitura traseira no teto.

Espaço
Mas o grande atrativo do modelo é mesmo o seu amplo espaço interno, tanto para quem vai na frente como quem ocupa as laterais do banco traseiro, que podem esticar as pernas com certa tranqüilidade. Só quem viaja no meio que não desfruta de muito conforto, devido ao console central, e não tem cinto de três pontos e nem (o mais grave!) apoio de cabeça, que evita o efeito chicote (movimento brusco do pescoço), que pode causar traumas na coluna cervical em caso de batida na traseira. O porta-malas tem capacidade (de 360 litros) compatível com a proposta do carro, bom acesso, boas forrações e iluminação. O espaço para carga ainda pode ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro. Mas faltam ganchos para fixação da carga e rede para pequenos objetos.



Meriva 1.4 X Concorrentes

Modelo Preço (R$)
Chevrolet Meriva Joy 1.4 Flex 43.549
Chevrolet Meriva Maxx 1.4 Flex - carro testado 45.438
Fiat Idea ELX 1.4 Flex 42.890
Honda Fit LX 1.4 Flex 49.580

Fôlego
Um dos trunfos dessa versão é o motor 1.4, que tem potências próximas daquelas desenvolvidas por propulsores 1.6. E isso faz muita diferença, principalmente em um carro que tem proposta familiar. Com quatro adultos, bagagem e ar-condicionado ligado, o desempenho cai consideravelmente, mas, mesmo assim, ainda é uma referência entre os motores dessa cilindrada no Brasil. Mesmo em uma cidade de relevo acidentado, como Belo Horizonte, o monovolume mostrou bom fôlego. Por outro lado, o nível de ruídos desse propulsor é um pouco elevado. Os engates do câmbio são precisos, embora não tão macios, e as relações de marcha estão bem dimensionadas. A suspensão tem um bom equilíbrio entre conforto e estabilidade, adequada para um monovolume.

Veja a avaliação técnica, os equipamentos de série, opcionais e a ficha técnica do Meriva Maxx 1.4 Econo.Flex no Veja Também, no canto superior direito desta página. Aproveite e veja o teste do Meriva 1.8 Easytronic.