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Tendo como base o C3 Picasso europeu, o Aircross é montado sobre a plataforma derivada do C3 produzido no Brasil. O espírito aventureiro é caracterizado pelo estepe fixado na tampa do porta-malas e altura elevada do solo para trafegar em terrenos acidentados com alguma desenvoltura. O espaço interno é bom assim como a capacidade do porta-malas. A posição de dirigir e visibilidade dianteira conquistam de imediato. Porém, para um carro de 1.400kg, o motor 1.6 fica devendo em aclives com cinco ocupantes e ar-condicionado ligado.
Boris Feldman cobriu o lançamento do Citroën Aircross para o Vrum. Veja no vídeo abaixo!
O Aircross é imponente e não passa despercebido. As linhas diferem do convencional, assim como o desenho das rodas. O índice de nacionalização é de 80% e este ano a produção estimada é de 15 mil unidades, multiplicando-se por três a partir do ano que vem. A Citroën pretende passar de 2,5% para 3,5% sua participação no mercado nacional com o Aircross, que tem garantia de três anos. A altura do solo é de 21cm com peso. Os amortecedores têm o stop hidráulico e a calibragem deles e das molas é específica para o piso nacional. Em relação ao C3 Picasso europeu, a alteração da suspensão foi radical.
Estilo De acordo com a Citroën, o Aircross foi inspirado no estilo fora de estrada e materializa liberdade, força e expressividade. O capô é elevado, faróis posicionados no alto e tomada de ar mais aberta transmite sensação de força e o para-brisa panorâmico em três partes permite melhor visibilidade periférica. Resta constatar em dias de chuva com os vidros sujos pelo spray do carro da frente. Não poderia faltar o estribo lateral. As barras de teto longitudinais vão do para-brisa até a traseira. Outro elemento estilístico. Veja a galeria completa de fotos do Citroën Aircross 1.6 16V Exclusive!
Dentro Ao entrar no carro, percebe-se o cuidado com o acabamento, bem superior aos dos concorrentes aventureiros. O painel com formas arredondadas e quadro de instrumentos analógicos completam o ambiente. O volante tem boa pega e regulagens em altura e distância. Se os ocupantes da frente desfrutam de bom espaço interno, os do banco traseiro não podem reclamar. A distância entre-eixos e medida de conforto (ver ficha técnica) são suficientes para acomodar bem cinco adultos. A capacidade do porta-malas está dentro do padrão, mas o aproveitamento é na vertical. Pouco prático porque exige empilhar a bagagem.
Dinâmico A posição de dirigir é muito boa, com motorista no alto. A maioria dos comandos está bem localizada. A boa visibilidade dianteira contrasta com a traseira. Não se vê quase nada. Os enormes retrovisores e o sensor de estacionamento auxiliam bem o motorista. O comportamento dinâmico é bom, mas é prudente evitar abuso em curvas. Não há sustos, mas o limite aparece logo, com inclinação moderada da carroceria. O que mais incomoda no sistema de suspensão são os ruídos vindos da dianteira ao passar sobre pisos irregulares. A transferência das imperfeições incomoda também os ocupantes do banco traseiro, com a batida seca da suspensão. Mesmo assim é possível brincar muito em terrenos acidentados e transpor obstáculo sem sustos. A boa altura do solo incentiva o motorista.
Motor É pouco para a versão topo de linha sair da inércia. Embalado, vai bem com etanol. A diferença é de 1,3kgfm de torque em relação ao combustível fóssil. Nem mesmo elevando a rotação do motor e trocando mais as marchas o desempenho empolga. Motor de maior cilindrada é imperativo para ter o desempenho esperado com carga máxima. Os engates do câmbio são bons, mas o trambulador do grupo PSA é barulhento nas trocas rápidas. Impressionou o consumo com álcool na cidade: às vezes inferior a 4km/l, ficando entre 7,5km/l e 8km/l na estrada. Prova de que para dar conta do recado é preciso abrir a goela.
Resumo O Aircross reúne ingredientes que vão agradar ao público desse tipo de veículo e suas qualidades superam as pequenas imperfeições. O prazer de dirigir prevalece acima de tudo.uporte do estepe pode ser aberto pelo controle na chave.
Leia o teste ponto a ponto!.