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Fiat Punto Essence 1.6 16V - O motor que faltava

Carro compacto passa a ser equipado com novo motor, que funciona sem ruídos e vibrações. Elasticidade surpreende e correia dentada dá a vez à confiável corrente. Leia o teste

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Nunca a Fiat teve um motor tão bom e evoluído quando este produzido na unidade da FPT no Paraná. A marca italiana adquiriu a fábrica de motores da Tritec Motors, joint-venture BMW/Chrysler, e fez alterações significativas no motor, deixando-o redondo. O torque é o maior entre todos vendidos no país. Perde em potência para o 1.6 da Kia, que a gasolina tem 126cv, mas o torque é menor. O funcionamento é suave, sem vibrações nem ruídos. Trata-se de conjunto harmônico e nem mesmo se ouve o sibilar da corrente, que substitui a maldita correia dentada, que sempre acaba arrebentando o cabeçote e o bolso do dono do carro.

Com isso, o desempenho do Punto é muito bom, com boas acelerações e retomadas de velocidade. O senão são as relações de transmissão equivocadas, que não tiram proveito total do motor. Há queda de rotação entre a 2ª e a 3ª marchas. Não é só isso. Apesar de 92% do torque estar disponível a partir de 2.500rpm, segundo a Fiat, os motoristas que trocam de marcha sem elevar a rotação do motor podem concluir que esse E.torQ é tão chocho e sem brilho quanto o 1.4. É que o Punto beira os 1.200kg, um carro pesado precisa de motor de potência e torque mais elevados. O 1.6 E.torQ é mais do que suficiente para proporcionar desempenho muito bom ao carro e relações de marchas mais adequadas evitariam conclusões apressadas.

Consumo Se desempenho e funcionamento merecem nota máxima, o consumo com gasolina decepcionou. Talvez por estar muito pouco rodado e ainda preso, com menos de 500 quilômetros rodados indicados no hodômetro, no início do teste o consumo do E.torQ 1.6 na cidade registrado no computador de bordo foi de 8km/l com gasolina. Abastecido com etanol, consumiu entre 6,5km/l e 7km/l. Números excelentes para o combustível derivado da cana-de-açúcar, mas pouco para a gasolina.

No vídeo abaixo, o repórter Emílio Camanzi mostra como anda o Fiat Punto com o novo motor E.torQ e apresenta a fábrica onde o propulsor é produzido



O Punto cedido para testes estava equipado opcionalmente com rodas aro 16 e pneus de perfil 55, o que penaliza o conforto em pisos irregulares. De série, o modelo vem com pneus aro 15 e perfil 60. Mantém-se o diâmetro, mas aumenta-se a parte metálica e diminui-se a borracha. Por isso, há o desconforto. Rodas maiores estão na moda automotiva nos quatro cantos do mundo. Nas rodovias alemãs tudo vai bem, mas a história é outra nos arremedos de pisos brasileiros.

O diâmetro de giro é grande, o que dificulta as manobras em espaços reduzidos. O porta-malas pequeno é outro dilema do modelo e o curso longo e nem sempre preciso da alavanca incomoda. A Fiat já está testando no Brasil o Punto Evo, que significa evolução em relação ao atual. Evolução do acabamento interno, que está bem melhor na unidade testada em relação aos anteriores, e pequenos detalhes de estilo nos para-choques dianteiro e traseiro. Nada mais.

O Punto ainda é uma boa opção de compra e vale a pena acelerar sem dó o motor 1.6 E.torQ. Estabilidade excepcional e conjunto agradável garantem a satisfação.

Apesar do projeto, as linhas do Punto permanecem atuais e atraentes. Lanternas no alto são desde a primeira geração



Confira o ponto a ponto do teste com o Fiat Punto Essence 1.6 16V.