O Civic é a prova do peso que o design mais arrojado tem na hora da compra. Assim que chegou ao mercado, o sedã da Honda destronou rapidamente o Toyota Corolla - que, até então, era referência de linhas modernas -, provocando filas de espera nas concessionárias. O sucesso de vendas levou a marca japonesa a ampliar a oferta de versões, incluindo a Si, com motor (2.0) mais potente, com uma tropa capaz de satisfazer a quem gosta de acelerar: de 192 cavalos, gerados com gasolina comum. O modelo briga diretamente com o Golf GTi pelo título de nacional mais potente. O esportivo da Volkswagen tem 193cv, mas somente quando abastecido com gasolina de alta octanagem.
Design
Se as linhas das versões mais mansas do Civic já chamam a atenção, as do Si ganharam ainda mais apelo visual, com o aerofólio na tampa do porta-malas; as cores mais chamativas (vermelho, preto e cinza); as rodas de liga de 17 polegadas, na cor cinza metálico; a grade frontal na mesma cor da carroceria; e os adesivos, com a inscrição i-VTEC DOHC, nas laterais. Ao contrário de algumas versões esportivas, que pecam pelo excesso de penduricalhos, os adereços do Honda formam conjunto equilibrado, em harmonia com as linhas originais.
Interior
Por dentro, o esportivo da Honda segue a mesma filosofia do design externo. O acabamento interno, em tom escuro, tem bom nível. O arrojo do painel em dois níveis (velocímetro e medidores de combustível e de temperatura do motor na parte de cima, e conta-giros, hodômetro digital, avisos sonoros e indicador de temperatura externa na parte de baixo) ficou ainda mais evidenciado com a iluminação vermelha, feita também por LEDs (diodos emissores de luz). Uma novidade interessante, que faz o motorista se sentir num verdadeiro carro de corridas, é o shift light, uma luz que fica ao lado do velocímetro e indica a aproximação da rotação de potência máxima, orientando as trocas de marchas.
Espaço
O habitáculo é confortável, para os ocupantes dos bancos dianteiros e para quem viaja atrás. Mas quem se senta no meio do banco traseiro, embora não seja atrapalhado pelo túnel central (que não existe, pois o fundo é plano), é incomodado pelo descansa-braço, que fica embutido, e não é protegido corretamente pelo apoio de cabeça, muito baixo. O principal ponto negativo é o porta-malas, que tem capacidade bastante limitada.
Conforto
Os bancos esportivos prendem bem o corpo de motorista e passageiro da frente, detalhe importante num esportivo que convida o motorista a contornar curvas em velocidades mais elevadas. O Si tem uma boa lista de equipamentos de conforto, que inclui sistema de climatização digital, direção com assistência elétrica e sistema de som com CD para seis discos e formatos para MP3 e WMA e volume que aumenta de acordo com a velocidade.
Fôlego
O motor 2.0 tem o consagrado (e evoluído) sistema i-VTEC, que controla de forma muito eficiente o tempo de abertura e fechamento das válvulas. Em conjunto com um câmbio manual de seis marchas, que tem relações bem ajustadas e engates macios e precisos, o propulsor fica sempre ‘cheio’ e seu desempenho é digno de elogio. As boas retomadas garantem ultrapassagens com segurança, principalmente nas retas mais curtas da estrada. Ao contrário das versões com motor 1.8, a Si não tem opção de flex. A estabilidade também é um dos pontos positivos. Uma garantia de prazer para quem gosta de apertar mais o pedal da direita. Claro que, em altas rotações (o motor chega a 8.000rpm), o barulho é alto. Mas, para quem escolhe um carro como esse, isso não é problema e, sim, um prazer.