Recentemente, a BMW - dona da marca MINI -, revelou que passará a importar para o Brasil a versão com câmbio manual do novo Cooper S, atendendo os pedidos dos amantes da marca britânica que valorizam a esportividade. Para quem gosta de dirigir, a caixa manual cairá como uma luva neste 'rocket pocket', por outro lado, a marca espera que o preferido do mercado continuará sendo a versão automática, não menos apimentada e a que testamos.
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O 'S' é também o mais vendido da família e agora seus números de vendas estarão pulverizados em três versões de acabamento: a de entrada por R$ 107.950 (R$ 99.950 com câmbio manual), a Exclusive, por R$ 113.950 e a Top, usada pela reportagem, de R$ 124.950, que acrescenta o Head up display, ar condicionado automático digital de duas zonas, teto solar panorâmico, controle automático de farol, sistema anticolisão para velocidade de até 20 km/h e piloto automático adaptativo.
8 ou 80
A percepção do público desta versão do Cooper é a mesma da geração anterior: ama ou odeia. Com ele, não há meio termo, porém, é comum alguém torcer o nariz para o visual externo (geralmente os mais conservadores), mas gostar do interior e ainda mais da pegada do motor.
Por dentro, os chamativos leds, que podem ser configurados em diferentes cores, já dão o tom informal ao modelo. A tela de 8,8 polegadas no centro do painel é contornada por luzes que ganham intensidade de acordo com a rotação do motor, da velocidade do ar condicionado e do volume do som. Sem ser nada careta, o acabamento não dá margens para críticas, mas alguns equipamentos, como ajustes elétricos dos bancos, seriam muito bem vindos em um carro que custa R$ 125 mil. Mas não é isso que vai fazer um fã do Mini Cooper deixar de comprá-lo. A palavra de ordem é diversão. Se você quer apenas conforto e luxo, junte mais uns 'trocados' e pegue um BMW Série 3.
Como antes, os botões típicos de uma cabine de avião compõem o visual 'fun', inclusive o de partida, já que agora ele conta com chave presencial.
A nova geração traz uma nova plataforma modular que a BMW usará em todos os seus novos modelos de tração dianteira e deixou o Cooper 11,4 cm mais longo (entre-eixos ficou 2,8 cm maior) e 4,3 cm mais largo, sobrando mais espaço para os dois ocupantes que podem se aventurar no banco de trás. Mas isso não significa que eles terão conforto. Se o condutor for mais alto, no banco traseiro, apenas duas crianças suportam uma viagem. O porta-malas teve um salto de 51 litros e agora comporta 211 litros de bagagem.
O melhor da festa
Se por dentro o Mini Cooper manda muito bem, principalmente de noite, quando ele bomba com suas luzes próprias, e o som Harman Kardon de 10 alto falantes hi-fi, como se fosse uma balada, é debaixo do capô que fica escondido o melhor da festa. O novo propulsor 2.0 turbo de 192 cv de potência e 28,5 kgfm de torque pode ficar ainda mais bruto. Um seletor na base da alavanca de câmbio permite alterar o modo de condução entre Green, Mid e Sport. Na prática, o que muda é a rigidez da suspensão, da direção e a sensibilidade do pedal do acelerador.
O sistema se manifesta imediatamente. Ao selecionar o modo Sport, o aro de leds em volta da tela central fica vermelho e sentimos um tranco à frente, como um cavalo arisco pronto a galopar. O ronco fica ríspido e com overboost o torque vai a 30,5 kgfm e o carrinho de 1.175 kg vai aos 100 km/h em 6,5 segundos. Na estrada, é só alegria, parece que está sob trilhos nas curvas e se
No modo mais econômico – o mais indicado para o trânsito urbano -, o Mini fica dócil e confortável, pois o curso da suspensão fica maior, fazendo o rodar na cidade mais suave.
Do seu jeito
Uma das características mais marcantes dos carros da Mini é a possibilidade de personalização, o que agrada principalmente os jovens. O novo Cooper está disponível nas revendas nas cores laranja, branco, prata, azul, preto, cinza, marrom, vermelho, verde e cinza Moonwalk. Todass com a opção de teto preto, branco ou da mesma cor da carroceria.
Além da combinação de cores, o catálogo acessórios traz uma série de adesivos e peças para customização: rodas, capas de espelho retrovisor, adesivos para as laterais e para o teto, forrações de banco, tapetes, faróis auxiliares e até a chave pode ter a capa trocada para combinar com o acabamento do seu Mini. O novo Cooper chegou ao Brasil com um catálogo baseado em quatro temas básicos: o tradicional Union Jack (com a bandeira da Inglaterra), o esportivo John Cooper Works Pro, o futurista Vivid Green e o escocês Speedwell Blue.
Concorrentes
Dentro do segmento de carros compactos premium e 'fun cars', o Mini Cooper S concorre com o Volkswagen Fusca TSI 2.0 de 211 cv (R$ 91 mil), Audi A1 1.4 turbo de 185 cv (R$ 115 mil) e em motorização com o Golf GTI 2.0 Turbo de 220 cv (R$ 102 mil).