A atual geração do Peugeot 208 foi lançada em 2020, e a grande decepção foi não ter uma versão equipada com o motor turbo. De início, o compacto trazia sob o capô apenas com o velho motor 1.6, mas em meados de 2022 o modelo ganhou a opção do motor 1.0 aspirado.
Porém, a expectativa é que nos próximos meses, três anos após o lançamento, o Peugeot 208 finalmente vá ganhar o aguardado motor 1.0 turbo da Stellantis (o T200). Para quem está de olho no modelo, impossível não se perguntar: compro agora o hatch com motor 1.6 aspirado ou espero o 1.0 turbo chegar?
Visual do Peugeot 208 deve ganhar reestilização
No modelo 2024, três anos após o lançamento, é esperado que o Peugeot 208 receba uma leve reestilização, além do novo motor turbo. Projeções feitas a partir de flagrantes do modelo em testes "contam" que o compacto vai ganhar novos faróis e grade, além da nova logomarca do leão.
De qualquer forma, o motor 1.0 turbo vai equipar as versões de topo do Peugeot 208, como a Griffe. É provável que o atual motor 1.6 aspirado continue nos pacotes intermediários, e que o bloco 1.0 aspirado continue nas de entrada.
Então, para as versões turbo do Peugeot 208, espere por faróis full-LED com os dentes de sabre, teto solar panorâmico, rodas de 16 polegadas, aerofólio e ponteira de escapamento, como na atual versão de topo 1.6 Griffe que testamos (vendido por R$ 109.990).
Interior do Peugeot 208 não deve mudar
No interior do Peugeot 208 2024 não há muito o que mudar, mantendo na versão de topo, que será turbo, o pequeno volante esportivo, o belo quadro de instrumentos digital 3D, o multimídia com tela de 10 polegadas e espelhamento sem fio com o smartphone, bancos em couro e o acabamento imitando fibra de carbono. Porém, o banco traseiro continua sendo apertado e o porta-malas pequeno, com apenas 265 litros.
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O que esperar do motor 1.0 turbo?
O que vai mudar na troca do motor 1.6 aspirado para o 1.0 turbo, já usado em modelo como o Fiat Pulse? O motor 1.6 atual do Peugeot 208 tem potência máxima de até 120cv a 6.000rpm e torque de 15,6kgfm a 4.500rpm. Já o motor 1.0 turbo da Stellantis tem até 130cv a 5.750rpm e 20,4kgfm a 1.700rpm.
Note que a potência não tem grande diferença, apenas 10cv, mostrando que o desempenho final entre as duas motorizações é insignificante. Porém, a aceleração de 0 a 100km/h deverá ser no mínimo 2 segundos mais rápida no Peugeot 208 equipado com motor turbo.
A diferença de comportamento entre as duas motorizações tem mais a ver com o torque. O acréscimo de 5kgfm de torque do motor 1.0 turbo é enorme, principalmente porque ele é totalmente entregue em rotações bem menores. Por esse motivo, o propulsor turbo vai entregar o desempenho muito mais rápido, enquanto o aspirado vai chegar lá gradualmente. Na prática, acelerações e retomadas serão muito mais imediatas, e esse é o barato do motor turbo.
Enquanto a transmissão do Peugeot 208 1.6 Griffe é automática de 6 marchas, configurada para entregar um menor consumo de combustível, o motor turbo será acompanhado por um câmbio CVT de 7 marchas, tecnologia que foi aperfeiçoada e hoje não compromete o desempenho do veículo.
Desempenho do turbo é bom, mas o custo de manutenção...
Por mais que a análise do desempenho das duas motorizações do Peugeot 208 já pareça entregar o troféu para o propulsor 1.0 turbo, ainda precisamos falar de outro aspecto. Existe uma linha de pensamento que considera a durabilidade e necessidade de manutenção dos motores aspirados uma vantagem em relação aos turbo.
Então, esta pode ser uma ponderação a ser feita tanto por quem pretende ficar mais tempo com o veículo – um período além da garantia –, mas também por quem vai comprar um usado. A grande questão é ver qual é o seu perfil de motorista e de proprietário de veículo antes de "bater o martelo":
- Gosta de um desempenho melhor e está disposto a, talvez, arcar com maior custo de posse? Vá de turbo!
- Se contenta com um desempenho mais gradual e acha importante ter um baixo custo de posse? O 1.6 pode te bastar!