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Renault Mégane Coupé Cabriolet - Sem-teto estiloso

Modelo chama a atenção pelas linhas esportivas da carroceria, com teto de vidro que se recolhe dentro do porta-malas, mas conjunto mecânico não é o mais adequado

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Num país tropical como o Brasil, existem vantagens e desvantagens em ter um carro conversível. O aspecto positivo é a sensação de liberdade, cabelos ao vento (para quem os tem) e a possibilidade de ter um carro que se transforma. Por outro lado, não é fácil dirigir com o sol na cabeça, com calor de mais de 30 graus, sem falar na questão da segurança, pois um carro aberto deixa os ocupantes vulneráveis aos criminosos. A Renault preferiu ignorar os possíveis problemas e importa da França o Mégane Coupé Cabriolet 2.0 16V, um belo automóvel de linhas esportivas que traz amplo pacote de itens de série. O porém são motor e câmbio. O carro merecia mais.

Beleza
O ponto forte do Mégane Coupé Cabriolet é sem dúvida o estilo esportivo. O conversível tem a frente um pouco diferente do Mégane brasileiro, com faróis de linhas mais retas e com inclinação acentuada, formando um conjunto com a grade. O pára-choque tem entradas de ar e faróis de neblina na parte inferior. A frente é curta e as laterais têm superfícies planas, mas o que chama a atenção é o desenho arqueado do teto e a ausência das colunas centrais das portas, deixando um vão livre considerável. A traseira é empinada, robusta, com belas lanternas dotadas de elementos circulares.

Telhado
O teto de vidro do cupê foi projetado e fabricado pela Karmann, empresa alemã especializada no ramo. Trata-se de um teto rígido retrátil, composto por dois painéis de vidro, acionado por tecla no console central. O sistema é simples e eficiente. Basta apertar a tecla continuamente para que os vidros laterais desçam e o porta-malas se abra, permitindo que o teto se recolha. A operação de transformação do cupê em conversível leva apenas 22 segundos. Com o teto fechado, o vidro de 3,15 mm de espessura garante o conforto térmico. Detalhe: a capota só é recolhida com o carro parado, a tampa do porta-malas fechada e a rede de proteção interna estendida - ela indica a altura máxima para a acomodação de bagagens. Na condição de cupê, o porta-malas tem bom volume.

Espaço
O Mégane Coupé Cabriolet tem portas grandes e pesadas, que exigem certo esforço. O acesso para o banco traseiro é facilitado pelo fato de os assentos dianteiros deslizarem para a frente, retornando depois à posição anterior. Mas o espaço no banco traseiro é muito limitado, até mesmo para crianças um pouco maiores. A distância entre-eixos do conversível é 164 mm menor do que a do sedã, o que acabou comprometendo o espaço interno. Mas para quem vai na frente o espaço é bom e a posição de dirigir, confortável. O banco do motorista tem todos os ajustes necessários, inclusive de altura e lombar, todos manuais. Atrás, os encostos de cabeça são uma espécie de santantônio, que se projetam eletronicamente em caso de capotamento.

Acabamento
O acabamento interno é de boa qualidade. A unidade testada tem bancos revestidos com tecido, opção comercializada na Europa, mas o modelo vendido no Brasil tem acabamento em couro de série. O painel tem material emborrachado, visor digital central e instrumentos em fundo preto. Os comandos são de fácil acesso e o computador de bordo fornece informações como consumo médio e instantâneo, velocidade média, e outros. Os comandos do som estão em uma alavanca na coluna de direção e os do limitador de velocidade no volante. O carro tem ainda amplo pacote de itens de série, que inclui seis air bags, ar-condicionado digital e sensores de chuva, estacionamento e luminosidade, entre outros.