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Sistema Eco trouxe bons aperfeiçoamentos ao Chevrolet Cobalt Elite 1.8; confira o teste!

Com importantes melhorias mecânicas no sistema Eco, Chevrolet Cobalt continua a evoluir. Confira o que mudou, a comparação com os concorrentes e se ele vale R$ 70 mil

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Sistema Eco trouxe bons aperfeiçoamentos ao Chevrolet Cobalt Elite 1.8; confira o teste!
Sistema Eco trouxe bons aperfeiçoamentos ao Chevrolet Cobalt Elite 1.8; confira o teste! Foto: Sistema Eco trouxe bons aperfeiçoamentos ao Chevrolet Cobalt Elite 1.8; confira o teste!

No fim de 2015, o Chevrolet Cobalt chegou para testes trazendo como novidade suas novas linhas, uma reestilização que fez muito bem ao modelo, que passou de um ícone da feiura para um sedã quase atraente. Outro destaque dessa nova fase do Cobalt foi a generosa remarcação de preço, cerca de R$ 5 mil a mais para qualquer versão. Agora, o médio compacto da Chevrolet volta para avaliação com aperfeiçoamentos mecânicos que visaram à melhoria do consumo de combustível e também do desempenho, o chamado sistema Eco, também adotado em outros modelos da marca.

Componentes mais leves e redução de atrito (dos pistãos aos rolamentos das rodas) fazem parte desse trabalho. De acordo com a GM, o Cobalt ficou 36 quilos mais leve, mesmo com a ampliação do uso de aço de alta resistência. Essa evolução resultou em ganho de potência – de 108cv a 5.400rpm para 111cv a 5.200rpm (com etanol) – e torque, aumentando de 17,1kgfm a 3.200rpm para 17,7kgfm a 2.600rpm (também com etanol). O ganho em agilidade ficou evidente, já que o torque e potência máximos agora são alcançados em rotações mais baixas.

O casamento do motor 1.8 com o câmbio automático de seis marchas ficou ainda melhor. Em um modo de condução suave, as rotações sempre estão baixas, melhorando o consumo. Se precisar de uma resposta mais rápida, basta pisar fundo no acelerador e o câmbio deixa as rotações subirem, junto com o berro do motor. O câmbio oferece opção de trocas manuais, mas por um botão pouco prático na alavanca. A direção agora tem assistência elétrica progressiva (antes era hidráulica), leve nas manobras e firme em velocidades elevadas. A suspensão também melhorou, ficou mais “gentil” em pisos irregulares e um centímetro mais baixa, mostrando bom comportamento nas curvas.

INTERIOR O interior não mudou muito. O ponto positivo dessa versão Elite, topo de linha, está nos bancos revestidos em couro de dois tons – marrom na parte mais aparente e preto na parte de trás e laterais. Porém, o painel abusa do uso de plástico com diferentes texturas. A montagem também deixa a desejar, com grandes fendas em algumas junções de peças. O forro do teto é feito de tecido com aspecto pobre. Amenizam um pouco essa impressão os apliques de couro nas portas e no volante. Além do bom conjunto mecânico, um dos principais atrativos do Cobalt é o bom espaço interno. Só o passageiro central do banco traseiro não vai bem acomodado, já que o túnel do assoalho não permite o bom posicionamento dos pés. Aliás, esse passageiro também é penalizado pela falta do apoio de cabeça e de cinto de segurança de três pontos. O porta-malas tem bom espaço para bagagens e ainda carrega o estepe.

Uso excessivo de plástico com diferentes texturas depõe contra o acabamento interno

Espaço é limitado para quem senta no meio atrás

Quanto ao conteúdo, com exceção do sistema OnStar (que abrange serviços de segurança, resgate e conveniência), nada a se destacar. Os principais itens são ar-condicionado analógico, quatro vidros elétricos tipo um toque, faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, ajuste elétrico dos retrovisores, sensor de chuva, câmera de ré e sensores traseiros de estacionamento. O sistema multimídia não é dos mais completos, contando com as mídias (rádio, bluetooth com streaming, USB e auxiliar) e telefonia. Ele fica devendo navegação, o que pode ser solucionado pelo sistema de espelhamento do smartphone (para Android e iOS em aparelhos compatíveis), onde o usuário pode recorrer a aplicativos como o Waze.

Sistema Eco trouxe mudanças positivas na motorização

RIVAIS A versão Elite é vendida por R$ 68.990, com acréscimo de R$ 1.400 para algumas cores metálicas (como o marrom mogno brown da unidade testada), e não existem opcionais. Seu concorrente de melhor preço é o Nissan Versa Unique 1.6 CVT (R$ 66.790), com conteúdo bem parecido. Já o Ford Fieta SE Plus 1.6 AT (R$ 67.990) não tem mimos como os bancos de couro, mas seu pacote de segurança envolve sete airbags e controles de tração e estabilidade. Por um preço semelhante (R$ 69 mil) também dá para comprar o Honda City LX 1.5 CVT, sem couro nos bancos e sistema multimídia, porém um modelo capaz de fazer mais presença para quem procura por status.