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Volkswagen Golf 1.4 TSI manual é o carro para quem gosta de tradição

Mecânica moderna, baixo consumo e muita força conquistam quem gosta de dirigir, mas preço alto impede que o Golf seja opção de mais brasileiros que gostam de modelos com temperamento esportivo

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Volkswagen Golf 1.4 TSI manual é o carro para quem gosta de tradição
Volkswagen Golf 1.4 TSI manual é o carro para quem gosta de tradição Foto: Volkswagen Golf 1.4 TSI manual é o carro para quem gosta de tradição

 

Não é preciso buscar por números oficiais de vendas para saber que os carros mais caros disponíveis no mercado quase não vendem em suas versões de câmbio manual. Com o Volkswagen Golf não é diferente. Quer deixar um vendedor em 'maus lençóis', vá a uma concessionária e demonstre interesse em um Golf com caixa manual. Dificilmente ele terá essa configuração para atendê-lo imediatamente e vai tentar empurrar o automatizado DSG, alegando que é o "mais vendido, o mais confortável, o mais procurado e com a revenda mais fácil". Tudo isso pode até ser verdade, mas no Brasil ainda temos um seleto clube dos que preferem sentir o carro por completo, integralmente no comando.

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Na ocasião do lançamento oficial do novo Golf, em 2013, um diretor de uma rede de concessionárias Volkswagen me revelou que um famoso empresário já havia encomendado a versão mais completa do Golf Highline, com o pacote 'Premium', mas fazia questão do câmbio manual.

É em nome da esportividade e do verdadeiro prazer em dirigir, que fizemos a avaliação na versão manual do novo Golf. A unidade cedida pela Volkswagen é da versão Comfortline, a de entrada, porém, com todos os pacotes opcionais possíveis. É um alemão, ou seja, contem alguns itens de série que não são mais oferecidos desde que ele passou a ser fabricado no México.

Acabamento do Comfortline é de ótima qualidade, mas extremamente simples para um modelo que parte dos R$ 73,8 mil



Motor e câmbio

 

São 25,5 kgfm de torque disponíveis integralmente já a partir dos 1.500 rpm no motor 1.4 turbo com injeção direta de combustível e 140 cv. É só pisar que ele acorda silenciosamente. Na faixa até os 4.500 rpm você consegue extrair o melhor deste motor com baixo consumo de combustível.

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Com engates justos, precisos e suaves e curso curto, o câmbio manual de seis velocidades é simplesmente uma delícia, um dos prazeres do carro. A embreagem tem calibragem mais puxada para a esportividade. Mesmo com o peso dentro do esperado, poderia ser mais leve, mas nada que chega a incomodar os entusiastas do câmbio manual.

Golf oferece desde a versão mais barata sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista



Consumo

 

Com um conjunto bem acertado, um dos trunfos do Golf 7 é o baixo consumo. Segundo dados apurados pelo Inmetro, ele roda 11,7 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. Isso é bem próximo dos nossos números, que foram 11,2 km/l e 14,0 km/l obtidos na cidade e em estrada respectivamente. Por enquanto, o Golf é equipado somente com propulsor a gasolina, mas ao ser nacionalizado, em 2016, deverá virar flex.

Vida a bordo

 

Mesmo sendo a versão de entrada do Golf, ele já vem recheado de equipamentos, mesmo após ter perdido itens que equipavam as unidades produzidas na Alemanha, como o freio de estacionamento eletro-hidráulico (agora é o freio com alavanca convencional) e o Auto Hold – um sofisticado sistema interligado ao freio eletro-hidráulico, que foi substituído pelo Hill Assist, um sistema bem mais simples, que segura o carro por três segundos em ladeiras, o mesmo já usado na Saveiro e no Fox.

Versão manual do novo Golf une esportividade e o verdadeiro prazer em dirigir



Porém os ocupantes ainda são brindados com vidros com função 'um toque', apoio de braço trasiero com porta-copos, travamento central elétrico, chave tipo canivete, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com visualizador gráfico, central multimídia com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas, bluetooh, entradas para cd player e cartões SD, além de um cabo para iPod e iPhone. O Golf peca em todas as versões por não oferecer entradas USB, uma das mais usadas no Brasil para o compartilhamento de mídias.

O acabamento do Comfortline é de ótima qualidade, mas extremamente simples para um modelo que parte dos R$ 73,8 mil. Os bancos são forrados em tecido e o painel frontal e de portas dianteiras tem textura macia, mas nas portas traseiras são de plástico duro. O ar condicionado é de ajuste manual, mas possui saídas para o banco traseiro.

diferença do Golf Comfortline para o Highline é de R$ 6,7 mil considerando apenas as versões sem opcionais. A vantagem do Highline está no acabamento e itens de série



Com nota máxima nos teste de colisão do Latin Ncap, o Golf oferece desde a versão mais barata sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista), além de bloqueio eletrônico do diferencial (EDS), retrovisor interno eletrocrômico, sistema Isofix de fixação de cadeirinhas e dispositivos de retenção infantil, faróis e lanternas de neblina.

Também é de série os controles de tração e eletrônico de estabilidade. Com eles, a viagem segue tranquila, como se o carro estivesse sobre trilhos. Sem sustos e sem derrapagens. Para notar a diferença, basta desligar o controle de estabilidade. Com o câmbio manual, é possível arrancar cantando pneu com os controles desligados. Contornando uma rotatória ou praça, é possível ver os sistemas entrando em ação e segurando o carro dentro da curva, evitando possíveis escapadas de traseiras (confira a demonstração no vídeo).

Segundo dados apurados pelo Inmetro, ele roda 11,7 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada



Comfortline X Highline

 

A diferença do Golf Comfortline para o Highline é de R$ 6,7 mil considerando apenas as versões sem opcionais. A vantagem do Highline está no acabamento e itens de série. Os bancos são revestidos parcialmente em couro alcântara, o volante é multifuncional, as portas dianteiras tem um fio em Led que se destaca a noite e as lanternas traseiras são em Led.

O Comfortline testado está equipado com todos os opcionais possíveis, como teto solar elétrico panorâmico (R$ 5.199), pacote elegance composto por rodas de liga leve aro 17 polegadas, volante multifuncional, sistema de navegação, sensores de chuva e crepuscular e piloto automático (R$ 8.721); totalizando R$ 87.720.

Já a versão Highine manual começa em R$ 80,5 mil e chega a inimagináveis R$ 126.674 com todos os opcionais.

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