A Volkswagen resolveu fazer algumas mudanças no seu compacto Fox, que reúne as características de hatchback e monovolume. O visual é o mesmo, mas a montadora optou por incrementar algumas versões, oferecendo novos itens de série e melhorando o desempenho principalmente do modelo equipado com motor 1.0. O resultado não foi tão bom quanto o anunciado, mas o carro melhorou em relação ao modelo anterior.
Estilo
O compacto da Volkswagen tem carroceria com linhas modernas, marcada pela frente em cunha e pára-brisa com inclinação acentuada. A traseira tem linhas mais retas, com lanternas pequenas. As duas portas são grandes e pesadas, exigindo maior esforço e cuidado quando abertas. O ponto positivo é que facilitam o acesso ao banco traseiro. Difícil é pegar o cinto de segurança, já que a coluna central fica longe do alcance do motorista e passageiro da frente, exigindo certo contorcionismo. As colunas dianteiras e traseiras são muito largas e prejudicam a visibilidade.
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Espaço
Uma das características interessantes do VW Fox é a solução de aproveitamento do espaço interno, com o banco traseiro que se move longitudinalmente (sistema ARS), aumentando ou diminuindo o tamanho do porta-malas. O carro é pequeno externamente, mas acomoda bem quatro ocupantes, já que o teto alto amplia a sensação de espaço. A VW mudou o sistema de rebatimento do banco traseiro, que no modelo anterior decepava o dedo dos usuários, quando manuseado. O sistema anterior foi substituído por uma alça metálica, que evita o acidente. O porta-malas é compatível para um modelo dessa categoria.
Acabamento
O interior do Fox é marcado pela presença excessiva de plástico duro, que arranha com facilidade. Mas é muito prático, com vários porta-trecos espalhados por todos os lados. São úteis, mas ao mesmo tempo contribuem para aumentar o nível de ruídos internos. A linha Fox ganhou alguns itens de série, como ajuste de altura dos cintos de segurança dianteiros e os traseiros laterais com sistema retrátil. A versão Route ganhou volante multifunção com comandos do som e CD Player com tecnologia Bluetooth, entradas para cartões de memória tipo SD-Card e para dispositivos USB. A versão Route tem coluna de direção ajustável em altura e profundidade como opcional. Já direção hidráulica e banco do motorista com regulagem em altura são itens de série. Os bancos são revestidos em tecido tear e no traseiro existem dois encostos de cabeça, dois cintos de segurança de três pontos e um abdominal.
Motor
A Volkswagen mudou o motor 1.0 do Fox, que agora é o EA 111 VTH, flex. Em relação ao propulsor anterior, oferece mais torque e potência, mas o resultado prático não é bem esse. O desempenho do compacto apresentou discreta melhoria, notada principalmente quando o carro está vazio e com o ar-condicionado desligado. Com quatro ocupantes e ar-condicionado ligado, o desempenho cai muito. Em subidas exige muitas trocas de marchas. O problema é que a relação de marchas não tem o escalonamento muito bem ajustado. A VW optou por usar as duas primeiras muito reduzidas e a terceira mais alongada. Por isso, nota-se um buraco entre a segunda e a terceira marcha, fazendo o rendimento do motor cair. Os engates do câmbio são macios, mas não são muito precisos. O carro não tem computador de bordo, mas pelo marcador de combustível é possível notar que o consumo é elevado tanto com álcool quanto com gasolina.
Nas curvas
A estabilidade é ponto positivo do compacto, que faz curvas com segurança. Mas a suspensão é um tanto quanto dura, transferindo para o interior do carro as irregularidades do piso. O sistema de freios, com ABS opcional, atuou de forma eficaz, e a direção hidráulica, com bom diâmetro de giro, torna o carro mais ágil.
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