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Chevrolet Corsa 2010: 10 fatos antes da compra do usado

Segunda geração do hatch compacto é melhor em dinâmica e boa opção de usado econômico

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A segunda geração do hatch compacto ganhou linhas menos arredondadas
A segunda geração do hatch compacto ganhou linhas menos arredondadas Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

O Chevrolet Corsa foi um modelo bastante importante para o mercado brasileiro. Foi o primeiro compacto no Brasil a popularizar a injeção eletrônica em toda a sua linha, além de ser um modelo alinhado a uma plataforma europeia.

Tal modernidade foi replicada na segunda geração do Chevrolet Corsa. Lançado em 2002, o hatch manteve algumas virtudes e aprimorou a parte mecânica. Não fez o mesmo sucesso da primeira fase, mas atualmente você encontra boas opções no mercado de usados.

Chevrolet Corsa Premium 1.4 Econoflex cinza de lateral em movimento no asfalto
Chevrolet Corsa 1.4 Premium Econoflex, uma boa opção no mercado de usados Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

1 – A trajetória do hatch compacto no mercado brasileiro

A segunda geração do Chevrolet Corsa foi lançada em abril de 2022. Com desenho menos arredondado, lanternas traseiras paralelas ao vidro e mais espaço interno, logo se destacou no segmento de compactos.

Em 2003, o novo Corsa estreou a tecnologia flex com o motor 1.8. O 1.0 que podia beber etanol e gasolina demorou um pouco mais e só surgiu em 2005, mesmo ano em que o 1.8 teve a potência aumentada.

O período de mudanças mais significativas neste Chevrolet Corsa 2 aconteceu em 2007. O modelo ganhou novas versões, acelerador eletrônico, equipamentos e estreou o propulsor 1.4, que passou a ser o mais vendido da linha – e o que figurou depois como opção única até o fim da produção do carro, em 2012.

Curiosamente, o primeiro Corsa hatch lançado em 1994 deixou de ser feito, mas sua plataforma já servia ao Celta, compacto de entrada da General Motors à época. Já o sedan derivado da geração de estreia do compacto conviveu com o novo Corsa Sedan e depois mudou o nome para Classic.

Chevrolet Corsa Premium 1.4 Econoflex cinza de traseira estático no asfalto
Lanternas traseiras verticais foram uma nova característica dessa geração do Corsa Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

2 – Os motores do Chevrolet Corsa

Essa segunda fase do Chevrolet Corsa começou com duas opções de conjunto mecânico. O 1.0 da primeira leva do hatchback teve a potência aumentada de 60cv para 71cv – naquele tempo, ostentou o título de motor mil de 8 válvulas mais potente. O torque evoluiu pouco: 8,3kgfm para 8,8kgfm

Já o 1.8 entrou no lugar do 1.6. Com 102cv de potência e 16,8kgfm, é o mais divertido da linha compacta. Em 2003, esse propulsor Família I passou a ser flex e a gerar 109cv com etanol e 105cv, com gasolina. Mas é na versão SS que o bichinho fica mais legal, com 114cv (e)/112cv (g).

O motor mais popular, contudo, é o 1.4. Derivado do Família I, o conjunto rende 105cv com etanol e 99cv, com gasolina. A partir de 2009, já como linha 2010, e com a saída de cena das opções 1.0 e 1.8, passou a ser o único motor do Chevrolet Corsa – ainda foi usado por anos no Agile e, depois, na linha Onix até 2019.

3 - Cadê a embreagem?

A chegada do novo Chevrolet Corsa trouxe um modelo de câmbio semi-automático que dispensa o pedal da embreagem. O sistema já era usado – sem sucesso – no Palio Citymatic, mas a GM resolveu apostar nele nas versões 1.0 do seu hatch compacto.

Funciona do mesmo jeito que o Fiat e lembra um pouco os automatizados posteriores. Sem pedal da embreagem, o carro tem um sensor posicionado na manopla do câmbio manual, que detecta que o motorista quer fazer a mudança de uma das cinco marchas e aciona a embreagem, enquanto o condutor mexe na alavanca.

O sistema de transmissão semi-automática foi oferecido como opcional no Corsa 1.0. Porém, vendeu bem pouco.

Chevrolet Corsa Premium 1.4 Econoflex cinza interior painel e bancos estático no asfalto
Painel com desenho e acabamento simples, com muito plástico rígido Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

4 – As crias do Corsa

Se o Corsa Ursinho de Pelúcia originou a inesquecível picape Corsa, uma perua com apenas o sobrenome Wagon e o sedan que depois se eternizou como Classic, o segundo Corsa trocou a variante de proposta familiar. No lugar de uma station wagon, a GM optou por aproveitar a arquitetura GM4300 para fazer o Meriva,

Baseado na minivan europeia da Opel (então, ainda uma marca da GM), o monovolume tinha um sistema modular de bancos incrível e ótimo aproveitamento de espaço interno. Além de ser o carro de sete lugares mais barato da sua era.

No mais, o segundo Corsa teve sua variante sedan. Enquanto a nova picape adotou o nome Montana.

5 - Dirigibilidade e conforto

Apesar da direção torta – herança maldita dos compactos da GM desde o Chevette –, o Chevrolet Corsa 2 é mais agradável de dirigir do que a primeira geração. A posição do condutor é relativamente ergonômica, há pouco mais de espaço para pernas e joelhos, mas nada que permita aos ocupantes se esparramarem.

A direção também é mais direta e o carro tem construção sólida, o que se traduz em mais firmeza em curvas acentuadas e frenagens bruscas. O isolamento acústico é razoável, assim como o acabamento, mas lembre-se que trata-se de um hatchback pequeno dos anos 2000. O porta-malas leva apenas 260 litros.

Chevrolet Corsa Premium 1.4 Econoflex cinza interior banco traseiro estático no asfalto
Como na maioria dos hatches compactos, banco traseiro do Corsa oferece relativo conforto para duas pessoas Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

6 – Teve até versão esportiva

No fim de 2005, a Chevrolet criou as variantes SS para as linhas 2006 do Corsa, Astra e Meriva. Sigla para Super Sport, tornaram-se versões “esportivadas” dos três modelos, sempre com motor mais potente e muito apelo visual – e apenas nas cores vermelho ou preto.

No Chevrolet Corsa SS, grade diferenciada e com o logotipo SS e saias dianteiras chamam a atenção de cara. O carro ainda tem detalhes cinza nas duas faixas pintadas na carroceria, nas maçanetas e nas capas dos retrovisores.

Rodas aro 14 polegadas exclusivas, para-choque na cor do veículo e com faróis de neblina, lanternas com lentes escurecidas, spoiler traseiro e ponteira de escapamento cromado também fazem parte do pacote SS do Chevrolet Corsa. Dentro, detalhes em vermelho com cinza e quadro de instrumentos diferente.

O motor 1.8 passou por algumas mudanças. Ganhou cabeçote com balancins roletados, tuchos menores e mais leves, coletor de escape tubular e hastes das válvulas menores. Em nome da redução de peso, o coletor de admissão é de plástico. À época, a GM falava em 0 a 100/h em 10,1 segundos com etanol e em 10,4 segundos, com gasolina.

7- Kit de acessórios

Na linha 2010, já sem a configuração SS, restou ao Chevrolet Corsa um pacote de personalização. Chamado de Energy, o kit de acessórios incluía saias laterais, spoiler dianteiro e traseiro, aerofólio, adesivos nas colunas centrais e traseiras, faixas laterais e escapamento cromado.

O Corsa Energy também tem faróis de neblina com lâmpadas Blue Vision e lanternas escurecidas. Nas laterais, dois frisos paralelos. O motor é o único existente daqueles tempos para o modelo: o 1.4.

Chevrolet Corsa Premium 1.4 Econoflex cinza cofre do motor estático no asfalto
Motor 1.4 Econoflex proporciona desempenho honesto para o hatch Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

8 - Nossa dica de melhor versão

Com preços entre R$ 23 mil e R$ 30 mil, indicamos o Chevrolet Corsa 2010 na versão Premium. Porém, pesquise por modelos equipados com os opcionais da época (lembre-se que o segmento de compactos era bem diferente se comparado aos dias atuais).

Ou seja: ar-condicionado, airbag frontal, faróis e lanterna de neblina, além de rodas de liga leve, eram vendidos à parte. De série, o Corsa Premium 2010 tinha direção hidráulica, trio elétrico, ajuste de altura do banco do motorista, encosto traseiro rebatível e bipartido, alarme e limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro.

9 – Uma ideia sobre a manutenção do Chevrolet Corsa

Já é um carro antigo, que vendeu bem e com conjuntos mecânicos conhecidos. A manutenção não é complicada e as peças não são difíceis de encontrar no mercado de reposição. Confira os preços de alguns componentes do Chevrolet Corsa 1.4 2010:

  • Jogo com quatro pastilhas do freio dianteiro: de R$ 70 a R$ 100
  • Jogo com quatro velas de ignição: de R$ 50 a R$ 90
  • Bomba de combustível: de R$ 220 a R$ 350
  • Kit troca de óleo (4 litros 5W30 + filtro): de R$ 150 a R$ 230
  • Amortecedor traseiro: de R$ 240 a R$ 390 (par)
  • Para-choque traseiro: de R$ 150 a R$ 300
  • Farol direito: de R$ 170 a R$ 280

Chevrolet Corsa Premium 1.4 Econoflex cinza interior porta-malas estático no asfalto
Com apenas 260 litros, porta-malas não está entre os maiores do segmento Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

10 - Principais problemas do hatch

Donos deste segundo Chevrolet Corsa dizem que o carro tem um problema crônico na sonda lambda. Mangueiras que ressecam rapidamente e causam vazamentos também são outras reclamações frequentes dos proprietários do hatch compacto da General Motors.

Fique atento ainda a problemas na tampa do comando de válvulas. E também à parte elétrica, que costuma dar pau, ainda mais se o antigo dono do Chevrolet Corsa não fez as revisões corretamente.

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