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Caoa Chery Tiggo 7: 10 fatos antes da compra do SUV usado

SUV médio da marca chinesa replica sua boa relação custo/benefício no segmento de carros usados. Confira os seus prós e contras

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O Caoa Chery Tiggo 7 foi lançado no Brasil em fevereiro de 2019 como terceiro produto da marca
O Caoa Chery Tiggo 7 foi lançado no Brasil em fevereiro de 2019 como terceiro produto da marca Foto: Caoa Chery/Divulgação

A Caoa Chery é uma das marcas novatas no Brasil e o Tiggo 7 um dos seus modelos mais recentes. Lançado há cinco anos, o Caoa Chery Tiggo 7 trouxe refinamento para a então recente marca sino-brasileira – e para brigar no segmento de SUVs médios com preços agressivos. Algo que se perpetua até hoje com o modelo no mercado de usados.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco de lateral estático no asfalto com galpão ao fundo
O SUV médio tem distância entre-eixos de 2,67m, que garante bom espaço interno Foto: Caoa Chery/Divulgação

Confira agora os prós e contras do Caoa Chery Tiggo 7, que nesse curto período de vida já mudou de motor, foi reestilizado e ganhou até versão híbrida. E que se mostra uma boa opção de SUV seminovo espaçoso e equipado. Veja 10 fatos sobre o Caoa Chery Tiggo 7.

1 – Como foi a trajetória do modelo no Brasil?

O Caoa Chery Tiggo 7 foi lançado em fevereiro de 2019 como terceiro produto da marca no Brasil. Feito em Anápolis (GO), começou no mercado com duas versões e o mesmo motor 1.5 turboflex do compacto Tiggo 5x.

Mesmo com a boa relação custo/benefício, os primeiros anos foram difíceis para o SUV médio. Tanto que, com menos de um ano no mercado, a Caoa Chery teve de reduzir os preços do Tiggo 7 em quase 15%.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco de traseira em movimento no asfalto
Feito em Anápolis (GO), o Tiggo 7 estreou no mercado brasileiro em duas versões Foto: Caoa Chery/Divulgação

Não demorou muito também e já em 2021 o utilitário-esportivo foi reestilizado e as versões atualizadas ganharam o sobrenome Pro. Ao mesmo tempo, a linha 2022 do utilitário-esportivo passou a oferecer o motor 1.6 a gasolina mais potente nestas configurações.

Em 2022, o Caoa Chery Tiggo 7 estreou a opção híbrida-leve. No mesmo ano, ganhou o pacote Max Drive, com itens de auxílio à condução.

O movimento mais recente na linha se deu no ano passado. Na esteira dos incentivos governamentais, a Caoa Chery criou a configuração Sport do Tiggo 7 com relação custo/benefício ainda mais atraente. Atualmente, é a versão mais vendida da linha.

2 - Outro patamar

O Caoa Chery Tiggo 7 foi um dos primeiros a criar uma imagem mais rebuscada para a marca no Brasil. Até 2019, a montadora só produzia os compactos Tiggo 2 e Tiggo 5x, mas o novo utilitário médio subiu a régua. A começar pelo nível de construção, com 60% da carroceria composta por aços de ultra resistência.

Além disso, adotou jogo de suspensão refinado, com braços múltiplos na traseira. Some-se a isso o acabamento interno com materiais emborrachados, painel com partes de revestimento em couro, detalhes em preto brilhante, manopla do câmbio tipo joystick e quadro de instrumentos eletrônico.

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A central multim�­dia necessita de cabeamento para espelhar o smartphone e a porta USB fica atr�¡s do console central Foto: Caoa Chery/Divulga�§�£o

3 – Vendas do SUV médio

As vendas do Caoa Chery Tiggo 7 no Brasil crescem de forma gradativa, com exceção da queda em 2023. Mas nos primeiros cinco meses deste ano, o modelo já vendeu mais que em todo o ano passado.

Vendas do Caoa Chery Tiggo 7:

  • 2019: 2.174
  • 2020: 2.595
  • 2021: 4.016
  • 2022: 8.876
  • 2023: 6.349
  • 2024: 7.574**

*Dados do Renavam divulgados pela Fenabrave
** De janeiro a maio

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco interior banco traseiro  estático no estúdio
Espaço no banco traseiro é generoso e chega a acomodar três adultos Foto: Caoa Chery/Divulgação

4 – E como é o desempenho do Tiggo 7?

Vamos focar no Caoa Chery Tiggo 7 com motor 1.6 turbo a gasolina. Com 187cv, esbanja força nas saídas de semáforo. Apesar de um pequeno delay ao se pisar no pedal do acelerador, o SUV médio tem arrancadas progressivas e convincentes, com 0 a 100km/h por volta dos 8 segundos.

O câmbio automatizado de dupla embreagem banhado a óleo tem boa parcela de “culpa” nessa agilidade. As mudanças das sete marchas são rápidas e bem pontuadas, com um “quê” de esportividade. As retomadas também são valentes, graças aos 28kgfm de torque que se apresentam na faixa das 2.000rpm.

O consumo é que deixa a desejar. Não chega a ser horrendo para um motor turbo, porém, é preciso pé bastante leve para chegar aos 10km/l no ciclo urbano. As médias rodoviárias pouco empolgam também: 11,7km/l.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro modelo 2021 branco cofre do motor 1.6 TGDI no estúdio
O motor 1.6 TGDI tem 187cv de potência máxima e esbanja força nas arrancadas Foto: Caoa Chery/Divulgação

5 - Conforto e dirigibilidade

Em termos de espaço não há do que se queixar do Caoa Chery Tiggo 7. A posição de dirigir é bem resolvida e motorista e carona têm folgas para pernas e joelhos. No banco traseiro também é possível viver bem. Com distância entre-eixos de 2,67m (maior que do Jeep Compass e Toyota Corolla Cross), acomoda até um terceiro adulto sem maiores complicações.

A suspensão tem acerto macio e filtra bem os buracos, mas o SUV não chega a ser um banheirão. Tem uma dinâmica que fica próxima à do Compass, inclusive. O isolamento acústico, por sua vez, é ineficiente em velocidades mais altas na estrada.

Um detalhe ruim da ergonomia: a central multimídia necessita de cabeamento para espelhar o smartphone e a porta USB fica atrás do console central. Mais ou menos como na primeira geração do Honda HR-V.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco interior detalhe do teto solar estático no estúdio
O Caoa Chery Tiggo 7 tem a opção do teto solar Foto: Caoa Chery/Divulgação

6 – Qual é a boa safra do Caoa Chery Tiggo 7?

Indicamos o Caoa Chery Tiggo 7 Pro ano 2022. Já é o modelo atualizado, com motor 1.6 turbo, caixa automatizada de sete marchas e dentro da garantia de cinco anos oferecida pela fabricante. Os preços nos principais sites de compra e venda vão de R$ 135 mil a R$ 145 mil, em média.

A lista de equipamentos é extensa. Na segurança, seis airbags, controles de estabilidade, de tração, de subidas e de descidas, câmeras de ré (com sensor) e 360 graus, retrovisor eletrocrômico e Isofix. Tem ainda sensor de ponto cego, alerta de tráfego lateral e cruzado traseiro e detector de fadiga.

Completam a lista ar-condicionado automático bizona com saídas para o banco traseiro, banco do motorista com ajustes elétricos, abertura e fechamento elétricos da tampa do porta-malas na chave presencial, retrovisores com aquecimento e rebatíveis eletricamente, acionamento remoto do motor, revestimento dos bancos em couro e teto solar.

A central multimídia tem tela de 10,25 polegadas destacada do painel. Permite conexão com Android Auto e Apple CarPlay por meio de cabo. Há, ainda, carregador de celular por indução e o quadro de instrumentos eletrônico é configurável em uma tela de 12,3 polegadas.

7 - Tem versão híbrida

O Caoa Chery Tiggo 7 também tem variante eletrificada. Na verdade, um conjunto híbrido-leve, com uma bateria auxiliar de 48V que trabalha com o motor 1.5 turboflex de 160cv (etanol)/157cv (gasolina) e câmbio automático do tipo CVT com nove marchas simuladas.

O motorzinho elétrico funciona como um gerador, capaz de adicionar 10cv de potência e cerca de 4kgfm de torque para aliviar o motor a combustão em determinadas situações. O consumo urbano fica em 8,1km/l com etanol e 11,1km/l, com gasolina.

 

8 – Uma ideia sobre os preços de manutenção

O Caoa Chery Tiggo 7 Pro com motor 1.6 não tem uma manutenção que possa ser considerada barata. Veja os preços de algumas revisões e de componentes mecânicos e externos.

Revisões do Caoa Chery Tiggo 7 Pro:

  • 20.000km: R$ 1.016,71
  • 30.000km: R$ 787,58
  • 40.000km: R$ 1.016,71
  • 50.000km: R$ 668,25

Peças do Caoa Chery Tiggo 7 Pro:

  • Jogo com quatro pastilhas de freio dianteiro: de R$ 100 a R$ 200
  • Kit com quatro velas de ignição: de R$ 180 a R$ 260
  • Kit troca de óleo (5 litros 5W30 + filtro): de R$ 300 a R$ 480
  • Bomba de combustível: de R$ 700 a R$ 1.000
  • Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 500 a R$ 700
  • Farol dianteiro: de R$ 2.200 a R$ 3.500 (full LED)
  • Para-choque traseiro: de R$ 800 a R$ 1.400

9 - Principais problemas do Caoa Chery Tiggo 7

Os relatos de problemas do Caoa Chery Tiggo 7 são bem pontuais. A maioria das queixas diz respeito a panes no motor de arranque. Também há muitos questionamentos a respeito dos barulhos internos que o carro faz.

Fique bastante atento ao histórico de revisão da caixa de dupla embreagem. As de sete velocidades do Tiggo 7 Pro são boas, mas qualquer negligência na manutenção vai resultar em uma conta cara para reparo. Já as de seis velocidades – que têm como base o Powershift da Ford e equipam os primeiros Tiggo 7 – têm fama de dar pau.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro modelo 2021 preto de frente em movimento no asfalto com mato ao fundo
Caoa Chery Tiggo 7 Pro modelo 2021 Foto: Caoa Chery/Divulgação

10 – Histórico de recall no Brasil

O Caoa Chery Tiggo 7 teve apenas um recall para troca de balancins e do cabeçote do motor em unidades feitas em 2019.

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