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Renault Fluence: 10 fatos antes da compra do sedan usado

Sedan médio foi mais um carro injustiçado da marca francesa, mas que você pode redimir tranquilamente como usado

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Renault Fluence tem estilo discreto, compatível com o segmento de sedans médios
Renault Fluence tem estilo discreto, compatível com o segmento de sedans médios Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

A Renault foi uma das marcas que tentou bastante a sorte no segmento dos sedans médios com produtos bons. Primeiro com o Mégane, depois, com o Renault Fluence. Neste segundo round, projeto um pouco mais simples, mas com qualidades mecânicas inegáveis e proposta bastante confortável.

Essas virtudes se não deram ao modelo força para brigar com a dupla Toyota Corolla e Honda Civic, garantem no mercado de usados uma opção de sedan com boa relação custo/benefício. Veja agora 10 fatos sobre o Renault Fluence.

Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto de lateral estático na rua com gramado e coqueiro ao fundo
A distância entre-eixos garante bom espaço interno ao sedan da marca francesa Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

1 – Trajetória do Renault Fluence
Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto de traseira estático na rua com gramado e coqueiro ao fundo
Traseira com lanternas horizontais, com desenho bem simples Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

O Renault Fluence foi lançado primeiro na Europa, em agosto de 2009. Produzido na Turquia, tinha como missão substituir a terceira geração do Mégane, o tradicional modelo médio da marca francesa.

O carro passou a ser fabricado também na Argentina em 2010, e foi lançado no Brasil em fevereiro de 2011, em duas versões e com o motor 2.0 16V – que o acompanhou a vida inteira. No ano seguinte, ganhou uma versão GT e, em 2014, uma série GT-Line, esta apenas com visual esportivo.

Na linha 2015, o Renault Fluence passou por uma reestilização e logo depois repetiu a edição limitada “aspiracional”. Em 2018, a montadora encerrou a produção do três-volumes na planta de Santa Isabel, em Córdoba.

Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto porta-malas aberto estático na rua
Porta-malas com bom espaço para acomodar a bagagem da família Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

2 - Origem coreana

Apesar de usar a plataforma C, compartilhada entre a marca francesa e a Nissan, o Renault Fluence é um projeto sul-coreano. Ele foi a segunda geração do SM3, sedan da Samsung Motors (marca pertencente ao grupo francês) e lançado no país asiático em abril de 2009.

Depois de descontinuado na Europa e América Latina, o Renault Fluence ainda se manteve em produção na Coreia, inclusive com uma opção puramente elétrica. A linha de montagem foi encerrada em 2020.

Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto interior painel volante e bancos dianteiros estático na rua
Acabamento interno de boa qualidade e multimídia com tela de sete polegadas Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

3 – Como é o desempenho do sedan?

No mercado brasileiro o Renault Fluence foi equipado sempre com conjunto mecânico de origem Nissan. O motor M4R 2.0 com quatro cilindros e comando variável de válvulas na admissão é o mesmo que equipou outros modelos da aliança encabeçada pelas duas marcas, como o Sentra.

Com 143cv com etanol e 140cv, com gasolina, proporciona desempenho similar ao do irmão da marca japonesa. As arrancadas são bem dispostas, todavia comportadas e suaves, e o câmbio CVT tem marchas virtuais para tentar dar uma empolgada nas acelerações. A aceleração de 0 a 100km/h pode ser feita na faixa dos 10 segundos.

Nas retomadas é bom, inclusive, recorrer às mudanças sequenciais, já que a caixa continuamente variável tende a segurar bem os giros em acelerações fortes. Mesmo assim, o torque de 20,3kgfm (etanol)/19,9kgfm (gasolina) se apresenta antes das 4.000rpm, o que é louvável em um motor multiválvulas.

Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto cofre do motor aberto estático na rua
Motor 2.0 aspirado proporciona arrancadas bem dispostas, todavia comportadas e suaves Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

4 – Números de consumo do Fluence

O consumo é desanimador quando se fala de Renault Fluence. Com etanol na cidade, é preciso muito pé leve para fazer médias de 6km/l. Com gasolina, com sorte se chega a 8,5km/l. Na estrada pouco melhora: 7,5km/l e 11km/l, respectivamente.

5 - Teve versão esportiva

O pacato cidadão teve uma variante esportiva de respeito. Em 2012, a marca lançou o Renault Fluence GT, que honrou a sigla – ao menos no preparo. Desenvolvido pela Renault Sport Technologies, usa motor 2.0 turbo a gasolina com 180cv de potência e 30,6kgfm de torque máximo a 2.250rpm.

O câmbio é manual de seis marchas e a divisão da marca fez ajustes nos freios e na suspensão do sedan médio. Porém, o carro não se mostrou tão mais rápido assim que as configurações com motor aspirado e caixa automática. Segundo a marca, o Renault Fluence GT acelera de 0 a 100km/h em 8 segundos, mas revistas especializadas à época não conseguiram fazer tais acelerações em menos de 9s.

No design, o Renault Fluence mais nervoso tem rodas exclusivas, saias laterais e aerofólio traseiro. Dentro, padrão escurecido das forrações e materiais, pespontos vermelhos nos bancos esportivos e na manopla de câmbio, além de pedaleiras cromadas e quadro de instrumentos com grafismos diferentes.

Renault Fluence GT 2.0 turbo modelo 2013 branco de frente estático no calçamento
Renault Fluence GT 2.0 turbo modelo 2013 Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

6 - Teve vontade esportiva

Para quem não tinha bala na agulha para ter o Renault Fluence GT raiz, houve a opção da roupa esportiva na forma de uma série limitada. Baseada na versão Dynamique, a edição GT-Line do sedan usa o mesmo motor 2.0 aspirado do restante da linha.

Bolado pelo Renault Design América Latina (RDAL), o traje esporte inclui saia dianteira e faróis de neblina com molduras cromadas. Nas laterais, rodas com cinco raios, aros de 17 polegadas e pinças de freio aparentes, além de maçanetas em cromado fosco.

Na traseira, spoiler integrado à tampa do porta-malas. Dentro, o Renault Fluence GT-Line traz acabamento com detalhes que mesclam cromados, tons cinzas escuros e partes de revestimento em preto brilhante. A série foi repetida em 2015, após a reestilização – e depois de a versão GT ser encerrada.

Renault Fluence GT-Line 2.0 modelo 2015 branco de frente estático na rua
Renault Fluence GT-Line 2.0 modelo 2015 Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

7 - Karma da Renault

Apesar dos bons argumentos, da qualidade mecânica, do rodar confortável e de ser um usado que vale a pena, o Renault Fluence sofreu no mercado 0km – karma no segmento de sedans médios que vem desde o Mégane. Foram pouco mais de 62 mil unidades licenciadas em quase nove anos de existência no Brasil.

Jamais ameaçou os líderes da categoria, Corolla e Civic, mas também ficou atrás de modelos como Chevrolet Cruze, Nissan Sentra e Volkswagen Jetta. Teve dificuldades até para disputar mercado com Peugeot 408 e Citroën C4 Pallas/Lounge.

8 - Boa safra do Renault Fluence

Indicamos o Renault Fluence 2015 na versão topo de linha Privilége, com câmbio automático CVT de seis marchas virtuais. Já carrega o face-lift de meia-vida e tem preços entre R$ 45 mil e R$ 55 mil nos principais sites de compra e venda de veículos.

Na segurança é equipado com seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, câmera e sensor de ré, faróis de xenônio e luzes de condução diurna. No mais, ar-condicionado automático duas zonas, bancos revestidos em couro, retrovisores rebatíveis eletricamente, sensores de luminosidade e chuva, teto-solar, chave tipo cartão e presencial e ajustes de altura e de distância do volante.

Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto interior banco traseiro estático na rua no asfalto
Banco traseiro acomoda com conforto dois adultos e uma criança Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

Destaque ainda para o sistema multimídia. Se a reestilização da linha 2015 do Renault Fluence foi discreta por dentro e por fora, pelo menos trouxe a central R-Link, com tela de sete polegadas, conexão Bluetooth, GPS nativo da TomTom e Eco Scoring e Eco Coaching – para medir e controlar o consumo de combustível.

9 – Preços de manutenção

O Renault Fluence não tem manutenção muito complexa e as peças são fáceis de encontrar. Contudo, partes externas da carroceria são caras.

Peças do Renault Fluence 2.0:

  • Jogo com quatro pastilhas de freio dianteiro: de R$ 120 a R$ 250
  • Kit com quatro velas de ignição: de R$ 180 a R$ 280
  • Kit troca de óleo (6 litros 10W40 + filtro): de R$ 250 a R$ 410
  • Bomba de combustível: de R$ 650 a R$ 1.000
  • Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 500 a R$ 800
  • Farol dianteiro: de R$ 900 a R$ 1.500
  • Para-choque traseiro: de R$ 400 a R$ 680

10 - Principais problemas do Fluence

A coluna de direção do Renault Fluence é motivo de muitas reclamações. Existem vários relatos no site do Reclame Aqui e em grupos de donos do sedan sobre a necessidade de troca da peça. Proprietários também costumam se queixar do tanquinho de gasolina para partidas a frio, que volta e meia dá problema.

Renault Fluence 2.0 modelo 2014 preto roda de liga leve estático na rua
Renault Fluence traz de série roda de liga leve de 17 polegadas Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

Fique atento também a estalos vindos da coluna central. Além disso, olhe atentamente a pintura, que costuma apresentar bolhas e manchas, e também ao acabamento de couro – quando for o caso. Faça também uma bela revisão na parte elétrica.

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