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Caoa Chery Tiggo 7: 10 fatos importantes antes da compra do SUV

SUV da marca chinesa oferece bom espaço interno e ampla lista de equipamentos para ser boa alternativa de seminovo

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O Caoa Chery Tiggo 7 foi lançado no Brasil em 2019
O Caoa Chery Tiggo 7 foi lançado no Brasil em 2019 Foto: Caoa Chery/Divulgação

O Caoa Chery Tiggo 7 é bem aquele meio termo na linha de SUVs da marca. Mais espaçoso que o Tiggo 5x, porém, sem ser grandalhão como o Tiggo 8, garante relação custo/benefício atraente no segmento de utilitários médios, mesmo entre os seminovos.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco de traseira em movimento no asfalto
Caoa Chery Tiggo 7 de 2019 tinha estilo mais conservador Foto: Caoa Chery/Divulgação

O modelo é maior que boa parte dos rivais de categoria, como Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. Ainda oferece motor turbo potente e boa lista de equipamentos. Veja agora 10 fatos sobre o Caos Chery Tiggo 7.

1 – Como foi a trajetória do Chery Tiggo 7?

O Caoa Chery Tiggo 7 tem uma história ainda recente no mercado. O SUV foi lançado em fevereiro de 2019 com motor 1.5 turbo flex de 150cv (etanol)/147cv (gasolina).

Foi reestilizado em dezembro de 2021, quando recebeu, além do sobrenome Pro, um novo motor turbo 1.6, mais potente. São 187cv, porém, só bebe gasolina.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco de frente estático no asfalto
SUV foi lançado em fevereiro de 2019 com motor 1.5 turbo flex de 150cv (etanol)/147cv (gasolina) Foto: Caoa Chery/Divulgação

Em 2022, o Tiggo 7 entrou na leva da eletrificação da Caoa Chery e estreou opção híbrida leve. No mesmo ano, foi um dos primeiros carros da montadora a receber o pacote Max Drive, com itens de auxílio à condução.

A grande sacada da marca em relação ao SUV foi lançar a versão Sport, em fevereiro de 2024. Com o motor antigo, mas preço de crossover compacto, fez as vendas da linha triplicarem. Só que a montadora não deu conta da demanda e a espera pela configuração pode passar de cinco meses.

2 - Marca sino-brasileira

A chinesa Chery começou mal no Brasil. Trouxe carros de qualidade questionável no fim dos anos 2000, como o QQ, Face e S18. Todos criticados por desempenho, construção, estabilidade e pós-venda.

No embalo do Inovar Auto, em 2013, iniciou a produção da linha Celer (hatch e sedan) em Jacareí (SP), mas em cinco anos não produziu nem 5 mil carros.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco de lateral estático no asfalto com galpão ao fundo
Mais espaçoso que o Tiggo 5x, porém, sem ser grandalhão como o Tiggo 8 Foto: Caoa Chery/Divulgação

A salvação para a Chery veio com o Grupo Caoa, importador e licenciado da Hyundai e Subaru no Brasil. Em 2017, a montadora comprou 50% das operações brasileiras da marca chinesa.

Criada a Caoa Chery, a empresa começou a fabricar o Tiggo 2 sobre a mesma base do Celer. E em Anápolis (GO) passaram a ser feitos os Tiggo 5x, Tiggo 7 e Tiggo 8.

Em 2021, o último lançamento foi o Tiggo 3x Sport, espécie de evolução do Tiggo 2. Os dois SUVs compactos, contudo, foram produzidos em Jacareí só até 2022, quando a Caoa Chery fechou a unidade paulista.

3 – Desempenho do SUV médio

Vamos falar do Caoa Chery Tiggo 7 mais potente. Com 187cv, o SUV evolui bem ao simples pisar no pedal do acelerador. O câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas ajuda na tarefa, com mudanças rápidas.

Caoa Chery Tiggo 7 Pro modelo 2022 branco cofre do motor 1.6 turbo estático no estúdio
Modelo ganhou motor 1.6 turbo na versão híbrida Foto: Caoa Chery/Divulgação

Desta forma, o Caoa Chery Tiggo 7 sai da inércia e alcança os 100km/h em 8,9 segundos. As retomadas são igualmente imediatas, com os 28kgfm de torque disponíveis de 2.000rpm a 4.000rpm.

4 – Conforto em alta

O Caoa Chery Tiggo 7 Pro é maior que a maioria dos rivais. São 4,50 metros de comprimento e 2,67m de distância entre-eixos. Motorista e carona têm espaço suficiente para pernas e ombros.

No banco traseiro, o túnel central baixo facilita a acomodação de dois adultos e uma criança. A percepção de espaço é melhorada pelo teto alto.

A suspensão absorve bem os buracos, mas o isolamento acústico falha em velocidades mais altas. O acabamento interno evoluiu na reestilização de 2022, é de bom gosto, mas ainda percebe-se algumas falhas de encaixes e alinhamento de peças no painel e portas.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco interior banco traseiro  estático no estúdio
Banco traseiro do Chery Tiggo 7 acomoda bem dois adultos e uma criança Foto: Caoa Chery/Divulgação

5 – Dinâmica ao volante

O SUV médio tem um acerto mais macio – até mais que o Jeep Compass. A carroceria tem rigidez adequada, porém, aderna um pouco nas curvas.

A suspensão tem um jogo independente multibraço na traseira, só que a calibragem também preza pela maciez – às vezes, excessiva.

A direção é precisa na maior parte do tempo. Mesmo com essa proposta mais molenga, o carro fica “na mão” nas curvas.

Caoa Chery Tiggo 7 modelo 2019 branco interior painel volante bancos dianteiros estático no estúdio
O acabamento interno no modelo 2019 é mais simples Foto: Caoa Chery/Divulgação

6 - Tem híbrido leve

Em 2022, o Caoa Chery Tiggo 7 ganhou sistema híbrido leve em suas variantes 1.5 turbo flex. Um pequeno motor elétrico de 48V alivia o trabalho do propulsor de combustão em determinadas situações para melhorar o consumo.

7 - Ganhou ADAS também

O Caoa Chery Tiggo 7 foi um dos primeiros carros da marca a ganhar itens de auxílio à condução. Chamado de Max Drive, o pacote reúne alerta de colisão, frenagem autônoma de emergência, sensor de ponto cego, assistente de permanência em faixa, alerta de tráfego cruzado e traseiro, alerta de abertura de portas, entre outros.

Caoa Chery Tiggo 7 Max Drive volante e painel digital com elementos do sistema ADAS
Caoa Chery Tiggo 7 foi um dos primeiros carros da marca a ganhar itens de auxílio à condução Foto: Caoa Chery/Divulgação

8 - Nossa dica de melhor versão

Sugerimos o Caoa Chery Tiggo 7 Pro Max Drive modelo 2023. Tem precos de R$ 150 mil a R$ 170 mil, mas está dentro da garantia de fábrica.

Além dos equipamentos de ajuda ao motorista, é dotado de controles de estabilidade, tração, subidas e descidas, seis airbags, detector de fadiga, câmeras 360 graus e de ré, monitoramento da pressão dos pneus e retrovisor eletrocrômico na segurança.

No conforto, ar-condicionado automático com duas zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos, retrovisores com aquecimento e rebatíveis eletricamente, carregador de celular sem fio, revestimento em couro, sensores de chuva e de luminosidade, partida remota do motor, Auto Hold e teto solar.

O quadro de instrumentos é digital e a central multimídia tem tela de 10 polegadas e conexão com Android Auto e Apple CarPlay.

9 – Custos de manutenção

O Caoa Chery Tiggo 7 demanda manutenção específica, especialmente para o motor turbo e o câmbio automatizado banhado a óleo. O SUV tem a vantagem da garantia de 5 anos, contudo as peças externas costumam ser caras.

Confira os preços de alguns componentes do Caoa Chery Tiggo 7

  • Jogo com quatro pastilhas de freio dianteiro: de R$ 170 a R$ 280
  • Kit com quatro velas de ignição: de R$ 160 a R$ 250
  • Kit troca de óleo (5 litros 5W30 + filtro): de R$ 280 a R$ 400
  • Bomba de combustível: de R$ 500 a R$ 700
  • Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 350 a R$ 600 (par)
  • Farol dianteiro: de R$ 1.100 a R$ 1. 800
  • Para-choque traseiro: de R$ 1.300 a R$ 2 mil

10 - Principais problemas do Caoa Chery Tiggo 7

Muitos donos de Caoa Chery Tiggo 7 Sport relatam dificuldades em dar partida no motor. Em outros vários casos, depoimentos de que o conjunto mecânico para de funcionar do nada. Desgaste precoce de peças da suspensão também são comuns.

Fique atento também a problemas no acabamento interno, com excesso de ruídos internos das peças plásticas e partes do revestimento do volante e das portas descascando. Isso em carros com apenas 10 mil quilômetros rodados.

O Caoa Chery Tiggo 7 teve um recall para troca dos balancins do motor em veículos ano 2019.

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