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Volkswagen New Beetle: 10 fatos sobre o hatch usado

Releitura do clássico Fusca foi a salvação da marca alemã nos EUA e atualmente é opção de usado descolado

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Volkswagen New Beetle começou a nascer em 1994, no Salão de Detroit, como Concept 1
Volkswagen New Beetle começou a nascer em 1994, no Salão de Detroit, como Concept 1 Foto: Volkswagen/Divulgação

Tem carros imortais. Mas mesmo esses merecem homenagens, se forem bem feitas. Pois a Volkswagen acertou a mão quando lançou o New Beetle no fim dos anos 1990 como uma releitura do insubstituível Fusca.

O carrinho retrô em nada repetiu o apelo popular e racional do velho besouro, mas prestou uma reverência mais que digna a um dos carros mais famosos do mundo, graças a seu design marcante. De quebra, vendeu bem nos Estados Unidos e foi automóvel de nicho no Brasil. Veja agora 10 fatos sobre o Volkswagen New Beetle.

VW New Beetle prata de traseira estático no asfalto
Modelo é uma releitura do icônico Fusca Foto: VW/Divulgação

1 – Um pouco da trajetória do New Beetle

O Volkswagen New Beetle começou a nascer em 1994, no Salão de Detroit, como Concept 1. O carro-conceito causou frisson no motorshow. Mas passaram-se quatro anos para que o veículo de fato fosse lançado oficialmente, no mesmo evento estadunidense. E o sucesso foi ainda maior.

Dizem que durante os dias mais disputados daquele Salão de Detroit as pessoas ficavam quase uma hora na fila para conseguir ver um dos cinco exemplares expostos pela Volks em uma área à parte do salão principal. Um desses carros, inclusive, podia ser autografado e foi mandado ao museu da fabricante, em Wolfsburg, Alemanha.

No Brasil, o Volkswagen New Beetle começou a ser importado do México em 2000, com motor 2.0 e câmbio manual e automático - inicialmente de quatro marchas. Em 2006 passou por um discreto facelift e em 2007 ganhou caixa de seis velocidades.

Nesse meio tempo estreou uma simpática configuração conversível. Em 2010, contudo, a primeira geração do “novo” besouro foi encerrada. Por aqui, o carro vendeu quase 12 mil unidades em pouco mais de 10 anos.

Uma segunda geração, chamada apenas de Beetle, foi lançada e veio para o Brasil em 2012. Em determinado momento, a Volks liberou o uso dos nomes pelos quais o emblemático modelo era conhecido em cada mercado e o automóvel passou a ser chamado de Fusca. Deixou de ser vendido em 2016.

VW New Beetle prata interior painel volante bancos dianteiros estático no estúdio
Acabamento interno com excesso de plástico Foto: VW/Divulgação

2 - Para ressuscitar a VW

Uma aposta ousada: assim pode ser definido o Volkswagen New Beetle. Isso porque ele foi concebido para salvar a montadora nos Estados Unidos. Em menos de duas décadas, as vendas locais da marca alemã tinham despencado de 500 mil para abaixo de 50 mil, e o futuro era incerto para a empresa.

Porém, em sete meses de 1998 o Volkswagen New Beetle anotou 56 mil unidades vendidas. A marca de 80 mil unidades/ano foi superada nos dois anos seguintes e até mesmo os 70 mil carros comercializados em 2001 foram marcantes em um mercado estadunidense que despencou no início do século.

3- Pioneiro na onda retrô

O modelo inaugurou, ao menos no setor automotivo, a onda nostálgica que teve início nos anos 1990. No embalo, várias marcas começaram a fazer carros nesta mesma pegada: Chrysler, com PT Cruiser, e Chevrolet, com o HHR são alguns exemplos. Ainda na década de 2000, a BMW relançou o Mini Cooper e a Fiat fez uma releitura do 500.

4 - Plataforma de Golf

As referências ao Fusca ficam só no desenho. O Volkswagen New Beetle usa a plataforma PQ34, a mesma do Golf de quarta geração – o primeiro produzido no Brasil – e que também servia ao Jetta e ao Audi A3. Ou seja, motor (quatro cilindros em linha) e tração dianteiros.

Mas o time da engenharia cortou um dobrado para fazer o New Beetle em cima desta base. Isso porque o Concept 1 mostrado em 1994 usava a arquitetura do compacto Polo. De cara, foi preciso preservar o estilo marcante e se adaptar a uma arquitetura com entre-eixos 20cm maior.

VW New Beetle prata interior bancos dianteiros e traseiro estático no estúdio
Interior do New Beetle não é dos mais espaçosos Foto: Oliver Paffrath/Volkswagen/Divulgação

5 – Desempenho do hatch

No Brasil, o Volkswagen New Beetle sempre usou o motor 2.0 8V da família EA113. São 116cv de potência que, mesmo nos primeiros anos com a vacilante caixa de quatro marchas, inicialmente rendem bem no carro retrô.

Com relações iniciais curtas e aquela disposição em baixos giros (17,4kgfm de torque máximo a 2.400rpm) peculiar dos Volkswagen, o New Beetle tem arrancadas até convincentes. Só que depois é preciso pisar forte com o pé no acelerador e ter paciência para alcançar velocidades acima dos 80km/h nas estradas.

A adoção da transmissão automática de seis marchas AQ250 melhorou sensivelmente a performance do Volkswagen New Beetle a partir de 2007, com trocas mais ágeis e confortáveis. Contudo, não espere um 0 a 100km/h abaixo dos 12 segundos. Tampouco consumo urbano muito acima dos 8km/l

6 – Conforto limitado

O Volkswagen New Beetle é um 2+2, então o espaço não é o seu forte. Tanto que esse escriba aqui demorou a convencer a sua então noiva, lá nos idos de 2008, de que não era o carro ideal para ela ir ao casamento com seu belo vestido de noiva.

Motorista e carona até ficam com pernas e joelhos à vontade, mas acessar o banco traseiro exige contorcionismo. Lá atrás o espaço para cabeças é limitado. No porta-malas cabe uma mala média e só. A suspensão tem acerto satisfatório, assim como o isolamento acústico e o acabamento interno.

7 – Equipamentos de série

Vamos separar o Volkswagen New Beetle 2010, seu último ano da primeira geração. Tem preços entre R$ 46 mil e R$ 56 mil nos principais sites de venda de veículos. Entre os equipamentos de segurança, quatro airbags e freios com ABS e EBD.

Ar-condicionado, trio elétrico, direção hidráulica, volante com ajuste de altura e distância, som com CD Player, controle de cruzeiro, regulagem de altura do banco do motorista também fazem parte. Por fora, rodas de liga leve aro 16 polegadas e faróis de neblina.

A lista de opcionais incluía teto solar, bancos revestidos em couro com aquecimento (na frente), sensor de chuva e retrovisor eletrocrômico.

8 - Vejo flores em você

O Volkswagen New Beetle trazia várias referências ao veterano besouro. Além da lataria aparente na parte interna das portas – ideal para baixar os custos – e de vários elementos circulares na cabine, o carro tem um simpático vaso para flores ao lado do volante. Igual aos primeiros Fuscas produzidos na Alemanha.

VW New Beetle azul claro conversível  de frente estático no estúdio
VW New Beetle teve versão conversível Foto: VW/Divulgação

9 – Preços de manutenção do New Beetle

O Volkswagen New Beetle não tem uma manutenção barata como um Fox. A base e mecânica do Golf cobram uma conta mais salgada. Veja o preço de algumas peças.

  • Jogo com quatro pastilhas de freio dianteiro: de R$ 220 a R$ 400
  • Kit com quatro velas de ignição: de R$ 60 a R$ 110
  • Kit troca de óleo (4 litros 5W40 + filtro): de R$ 230 a R$ 450
  • Bomba de combustível: de R$ 250 a R$ 460
  • Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 560 a R$ 800 (par)
  • Farol dianteiro: de R$ 900 a R$ 1.400
  • Para-choque traseiro: de R$ 500 a R$ 850

10 - Principais problemas

Não há um histórico tão extenso de problemas crônicos em relação ao Volkswagen New Beetle. Porém, existem defeitos pontuais comuns. Nos primeiros carros, há queixas quanto ao travamento do câmbio automático de quatro marchas.

Problemas na parte elétrica também são recorrentes no besouro moderninho. Se o carro que você estiver de olho for equipado com teto solar, atenção redobrada: há vários depoimentos sobre travamento e barulhos ao acionar o equipamento.

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