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Toyota Fielder: 10 fatos sobre uma perua de respeito

Station wagon derivada do Corolla durou pouco no mercado, mas repete a mesma boa reputação do sedan no mercado de usados

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A perua Toyota Fielder foi lançada no mercado brasileiro em 2004
A perua Toyota Fielder foi lançada no mercado brasileiro em 2004 Foto: A perua Toyota Fielder foi lançada no mercado brasileiro em 2004

O Corolla Cross provou que qualquer carro que se valha da base e/ou do nome do famoso sedan é quase certeza de sucesso. Anos antes do SUV médio, uma station wagon já tinha comprovado isso. A Toyota Fielder foi lançada em 2007 e durou apenas quatro anos, mas deixou saudades e até hoje é um modelo valorizado entre os carros usados.

Para começar, a perua média herdou a mecânica simples e confiável do Corolla. Além disso, vinha com uma proposta familiar em uma época em que o mercado torcia o nariz – injustamente – para as stations wagons francesas. Conheça esses e outros fatos sobre a Toyota Fielder.

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A boa distância entre-eixos garante amplo espaço interno

1 – A curta história da perua da marca japonesa

Apesar da força da marca e do nome, a Toyota Corolla Fielder passou como um meteoro no mercado brasileiro. A station wagon foi lançada em maio de 2004, já como linha 2005. Teve uma série especial S dois anos depois, ganhou versões e equipamentos em 2007, mas deixou de ser feita em Indaiatuba (SP) em julho de 2008.

2 - Só uma versão da Toyota Fielder

Curiosamente, a Toyota Fielder nasceu apenas em uma solitária versão, sem sobrenome e com motor 1.8 a gasolina de 136cv aliado a uma caixa manual ou câmbio automático de quatro marchas. Para a época, a lista de equipamentos era interessante.

Airbags frontais, freios com ABS, ar-condicionado, trio elétrico, rodas de liga leve e CD Player fazem parte dos itens de série. Contudo, computador de bordo e piloto automático não constavam na relação de itens, nem como opcionais.

A opção solitária de acabamento da Toyota Fielder só foi ganhar a companhia de outras versões em 2007, um ano antes do fim da produção.

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A perua derivada do Corolla ficou pouco tempo no mercado, mas conquistou uma legião de fãs

3 - Demorou a ganhar motorização flex

A Toyota Fielder penou do mesmo problema do Corolla. A perua baseada na nona geração do sedan nasceu sem motor flex. A gama só recebeu a tecnologia no motor 1.8 em 2007, já como linha 2008, quase que simultaneamente com o três-volumes – e quatro anos depois de o primeiro carro flex ser lançado no país.

4 – E como é o desempenho da Toyota Fielder

O desempenho da Toyota Fielder é bem similar ao do carro que lhe deu origem. Mesmo sem ser flex, o motor 1.8 16V com comando variável de válvulas na admissão no escape agrada pelo rodar forte e confortável ao mesmo tempo.

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A perua foi lançada com motor 1.8 16V de 136cv a gasolina

Depois, bicombustível, passou a gerar 136cv com etanol e 132cv, com gasolina. Com câmbio manual, evolui bem e não nega fôlego para encarar subidas. Só que, com transmissão automática, o jeito é pisar com mais suavidade.

É a melhor estratégia para lidar com o datado câmbio automático de quatro velocidades. Ele demonstra imprecisão em retomadas, enquanto a quarta marcha funciona como um overdrive – que contribui para o consumo apenas responsável da perua.

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Plástico predomina no acabamento interno da perua média

5 – Um carro com pegada familiar

O espaço da Toyota Fielder é muito bem pensado e repete a cabine funcional do Corolla. Motorista tem boa posição de dirigir e certa folga para joelhos e pernas. A ergonomia, todavia, é falha.

Ajustes de altura e de inclinação do banco do motorista são limitados e ruins de serem acionados – o do volante (só de altura), idem. E os encostos carecem de abas melhores. Ao mesmo tempo, computador de bordo (a partir de 2007) e som têm péssima visualização.

O banco traseiro da Toyota Fielder acomoda até três adultos de estatura média com dignidade e bom vão para pernas e cabeças. O porta-malas tem 411 litros, 26 litros a menos que o do sedan, mas leva bem malas grandes e ainda tem uma abertura da tampa muito mais ampla.

A suspensão trata bem dos ocupantes. O eixo de torção na traseira até poderia ser um pouco mais firme, mas lembre-se que a proposta é privilegiar o conforto.

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O banco traseiro oferece relativo conforto com encosto reclinável

6 – Uma perua de comportamento clássico e frio

A Toyota Fielder tem aquele comportamento um pouco “frio” e clássico típico dos modelos da marca japonesa. Feito sobre a arquitetura MC do Corolla de nona geração, a station-wagon média tem construção sólida, mas com acerto mais suave como espera seu cliente fiel.

De qualquer forma, não chega a ser um carro anestesiado. A direção é obediente e o pesinho a mais da carroceria station-wagon deixa o carro até mais gostoso ao entrar em curvas e pegar trechos de serra.

toyota fielder modelo 2004 cor champanhe interior porta malas estatica no calcamento
Porta-malas tem 411 litros, menor do que o do Corolla, mas leva a bagagem da família

7 – Qual é a boa safra da Toyota Fielder?

Indicamos a Toyota Fielder na versão SE-G ano/modelo 2007/2008, que já tem motor flex e preços entre R$ 38 mil e R$ 45 mil. Esta configuração estreou justamente no penúltimo ano de vida da perua e traz computador de bordo, sensor de chuva, bancos revestidos em couro, spoiler traseiro e ar-condicionado automático e digital.

Eles se juntam a itens como freios com ABS, airbag duplo frontal, retrovisor eletrocrômico, trio elétrico, faróis de neblina, limpador, desembaçador e lavador do vidro traseiro, faróis de neblina e rodas de liga leve. O som original só tem rádio e CD Player – sequer leva leitor de MP3.

8 – E para quem curte uma versão “esportivada”...

A Toyota Fielder até repetiu uma versão esportivada (sem acerto mecânico esportivo) do Corolla, só que em forma de série S. Lançada em 2006, foram 450 unidades na cor preta. Entre os diferenciais no design, spoiler dianteiro e traseiro, saias laterais e grade dianteira na cor preto fosco.

Maçanetas, capas dos retrovisores e acabamento da tampa do porta-malas são na cor prata. O mesmo tom é encontrado na manopla do câmbio e no console central. Bancos revestidos em couro, painel com grafismos diferentes, rodas de liga leve exclusivas e faróis com lentes escurecidas completam a maquiagem.

9 – Uma ideia sobre os gastos com manutenção

A Toyota Fielder tem a mecânica apreciada pelas oficinas e simples dos modelos da montadora. Confira os preços de alguns componentes

  • Jogo com quatro pastilhas do freio dianteiro: de R$ 70 a R$ 100
  • Jogo com quatro velas de ignição: de R$ 120 a R$ 230
  • Bomba de combustível: de R$ 190 a R$ 300
  • Kit troca de óleo (5 litros 10W30 + filtro): de R$ 200 a R$ 320
  • Amortecedor traseiro: de R$ 320 a R$ 500
  • Para-choque traseiro: de R$ 300 a R$ 520
  • Farol direito: de R$ 280 a R$ 360

10 – Os principais problemas da Toyota Fielder

Um dos problemas crônicos da Fielder está justamente no motor 1.8. Ele apresenta, de forma frequente, folgas nas válvulas e falha nos retentores. A revisão do conjunto deve ser feita a cada 10 mil quilômetros e não use lubrificante que não seja o especificado.

Fique ligado também em modelos com câmbio automático que apresentem trepidações excessivas. Ouvido atento ainda a ruídos estranhos na suspensão. E a Toyota Fielder foi um dos muitos carros que teve o recall dos airbags fatais da Takata, que envolveu todas as unidades feitas entre 2004 e 2008.

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A perua sobreviveu até 2008 no mercado brasileiro, mas ganhou nova geração em outros países

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