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Toyota Hilux 2015: 10 fatos sobre a picape média líder de vendas

Picape média mais vendida do país é uma boa opção de modelo usado para quem quer conciliar lazer e funcionalidade

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Toyota Hilux 2.5 flex 4x2, com câmbio automático, modelo 2015
Toyota Hilux 2.5 flex 4x2, com câmbio automático, modelo 2015 Foto: Toyota Hilux 2.5 flex 4x2, com câmbio automático, modelo 2015

A Toyota Hilux é daqueles veículos que exercem fascínio até em quem não é picapeiro. Não surpreende que seja a picape média mais vendida do país há anos, e também a mais emplacada no varejo, ou seja: é a predileta do consumidor final. Isso faz do modelo da marca japonesa também muito enaltecido no segmento de usados e seminovos.

toyota hilux srv 2.5 flex 4x2 automatica modelo 2015 prata de traseira estatica no asfalto
A caminhonete Hilux lidera o segmento de médias e também é bem vista no mercado de usados

Acaba que se torna uma opção mais em conta para quem precisa de uma picape. E entre os fatos da Toyota Hilux, está a sua versatilidade. O veículo atende tanto para quem quer viajar ou pagar uma de picapeiro na roça urbana, como quem quer conciliar trabalho e transporte de carga. Separamos justamente fatos sobre a Toyota Hilux a partir de 2015, ano de lançamento de sua oitava e atual geração.

1 – Um pouco da trajetória da picape média líder de vendas

Primeiro, vamos contar um pouco da história da Toyota Hilux no Brasil. A picape média foi lançada pela primeira vez aqui em 1992, em sua quinta geração mundial. Importada do Japão, veio em opções de motor diesel e a gasolina – com um rotundo V6 de 170cv de potência.

Em 1997, a Toyota Hilux, em sua sexta “era”, passou a vir da Argentina, onde é produzida até hoje na fábrica da marca japonesa em Zárate. Só em 2002 passou por uma remodelação, enquanto as opções diesel ganharam turbina e maior capacidade volumétrica do conjunto mecânico.

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Caçamba tem boa capacidade de carga e vem com proteção plástica

A sétima geração foi apresentada no mercado brasileiro em 2005. Nesta fase, foram muitas versões, motores, séries e advento do flex até a Toyota Hilux ganhar uma nova geração, em 2015.

Desde então, a picape média passou por duas reestilizações. Ganhou ainda série esportiva, que virou versão de acabamento, e viu o motor flex ser descontinuado em 2021. Atualmente, é vendida em configurações chassi-cabine e cabine simples – sem a última remodelação –, além das variantes cabine dupla.

2 - A oitava geração da Toyota Hilux

A atual geração da Toyota Hilux foi apresentada oficialmente no Brasil em novembro de 2015. Em relação à antecessora, a picape média cresceu para os lados e ficou mais baixa. São 5,33 metros de comprimento (7cm a mais), 1,85m de largura (2cm a mais) e 1,81m de altura (4,5cm menor). A distância entre-eixos permaneceu em 3,08m.

Uma curiosidade sobre essa nova Toyota Hilux lançada em 2015 é a estreia do motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros no lugar do 3.0 litros, além da opção da nova transmissão automática de seis velocidades. O propulsor 2.7 flex foi mantido.

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Estepe fica alojado debaixo da caçamba

No desenho, a picape adotou estilo bem mais agressivo e com detalhes angulosos na carroceria e nos faróis. Destaque para os vincos sobre o capô e nas laterais, estes unindo as caixas de rodas. Naquele ano de 2015, a Toyota diz que investiu US$ 800 milhões para a produção da Hilux e também de sua derivação sport-utility, o SW4.

3 - O que esperar da Hilux turbodiesel?

Na frieza dos números, a troca do motor 3.0 pelo 2.8 feita em 2015 na linha Toyota Hilux pode parecer ruim. Mas o propulsor quatro-cilindros da família 1GD é muito mais eficiente e esperto. Para início de conversa, são 177cv de potência, 6cv a mais que a unidade anterior, da linha 1KD da marca japonesa.

Foram as retomadas e uso no fora de estrada os mais beneficiados com o novo motor. Com câmbio manual de seis marchas, são 42,8kgfm entre 1.400rpm e 2.600rpm, e 45,9kgfm entre 1.600rpm e 2.400rpm nas derivações automáticas – ganho de 20% em relação ao conjunto motriz antigo.

Os dados de consumo da Toyota Hilux manual aferidos pelo Inmetro na tabela do PBEV de 2015 foram de 9,3km/l na cidade e 11,5km/l, na estrada. Com câmbio automático, as médias ficam em, respectivamente, 9.0km/l e 10,5km/l.

Em 2020, na carona da última reestilização, a Toyota calibrou o motor 2.8 turbodiesel da Hilux. A potência passou para 204cv e o torque máximo para 50,9kgfm entre 1.600rpm e 2.800rpm – 27cv e 5,1kgfm adicionais. Na época, se tornou a segunda picape diesel mais potente do país, atrás apenas da Volkswagen Amarok V6.

As respostas ao acelerador ficaram bem mais ágeis nesta repaginada da Hilux turbodiesel. Já nas médias de consumo pelos padrões do Inmetro na tabela 2021 do PBEV, as melhores médias para as versões automáticas da picape ficaram em 9,7km/l no ciclo urbano e 11,3km/l, no ciclo rodoviário.

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Motor flex era uma das opções na picape média

4 - O que esperar da Hilux flex?

Esta nova geração da Toyota Hilux lançada em 2015 só foi dar um trato no conjunto flex no ano seguinte. Isso aí. Na linha 2017 – lançada em 2016 – é que o motor 2.7 16V da família 2TR ganhou variação nos comandos de válvulas de admissão e escape.

O motor de 163cv com etanol e 159cv, com gasolina, rende bem na picape média. Mas não oferece a mesma robustez, tampouco aquela boa força em baixos giros. O torque de 25kgfm (com qualquer proporção dos dois combustíveis) só aparece em sua plenitude perto das 4.000rpm.

O consumo é sofrível. Pela tabela 2021 do PBEV aferida pelo Inmetro, as médias de consumo com etanol são de 4,8km/l na cidade e de 5,6km/l, na estrada. A melhora com gasolina é significativa, porém, pouco empolgante: 6,9km/l e 8,1km/l, respectivamente.

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No acabamento interno a Hilyx deixa a desejar pelo excesso de plástico duro

5 – Conforto e espaço interno da picape média

A cabine da Toyota Hilux lançada em 2015 cresceu. Para o motorista e carona, continua uma picape com bom vão para pernas e joelhos, além de uma posição bastante interessante de dirigir. Para quem gosta de imponência no trânsito, é uma boa.

No banco traseiro, não há milagres. O espaço para pernas continua limitado, como na maioria das picapes médias, porém, o encosto levemente mais inclinado melhorou a acomodação dos passageiros. Além disso, os bancos são confortáveis.

Em termos de acabamento, a Hilux deixa a desejar. Muito plástico rígido e que aparenta simplicidade extrema. Mesmo nas versões mais caras, a imitação de costura aparente na superfície rígida desagrada. O isolamento acústico nesta nova geração melhorou.

toyota hilux srv 2.5 flex 4x2 automatica modelo 2015 prata banco traseiro estatica no asfalto
Espaço no banco traseiro é limitado, mas o encosto ligeiramente reclinável ameniza um pouco o problema

6 – Capacidades da caminhonete da marca japonesa

A Toyota Hilux se vale também de suas capacidades para transporte de carga ou no off-road. Com tração 4x4 (inclusive nas flex antes de saírem de linha), a picape é aquele pau para toda a obra.

Além dos 31cm de vão livre em relação ao solo, são 31 graus de ângulo de entrada e 26 graus no de saída. Nas variantes flex, a carga útil fica em 730kg, enquanto as turbodiesel podem levar pouco mais de 1 tonelada. O volume da caçamba é de mil litros.

toyota hilux modelo 2015 vermelha de frente em movimento na estrada de terra
Versão SRX com motor 2.8 turbodiesel, modelo 2015, é uma boa opção no mercado de usados

7 – Qual é a boa versão da Toyota Hilux?

Indicamos a Toyota Hilux 2015/2016 na versão SRX com motor 2.8 turbodiesel e câmbio automático de seis marchas. O modelo tem preços entre R$ 180 mil e R$ 205 mil nos principais sites de venda, conforme estado de manutenção e quilometragem.

A Toyota Hilux SRX 2015/16 é equipada com controles de tração, de estabilidade, de subidas e de descidas, seis airbags, câmera de ré e Isofix na parte de segurança. Banco do motorista com ajuste elétrico, chave presencial, ar-condicionado automático, revestimento em couro e sensor crepuscular também integram o pacote da versão.

A central multimídia tem operação ruim e pouco intuitiva, deve espelhamento do celular, mas traz CD e DVD Player, TV digital, tomada USB, Bluetooth e GPS nativo.

toyota hilux srx modelo 2015 vermelha de traseira em movimento no asfalto
Versão SRX, modelo 2015, tem preços no mercado de usados que vão de R$ 180 mil a R$ 205 mil

8 - Série esportiva virou versão

Em 2019, a Toyota Hilux estreou sua primeira edição GR-S. Preparada e embelezada pela Gazoo Racing, a divisão de competição da montadora japonesa, a série teve 420 unidades baseadas na configuração topo de linha SRX. Segundo a fabricante, o modelo tem ajustes mais firmes na suspensão.

No ano seguinte, a Toyota reeditou a Hilux GR-S. Desta vez, foram 400 unidades com motor turbodiesel e mais 100 com propulsor 4.0 V6 a gasolina de 234cv a 5.200rpm e 38,3kgfm a 3.800rpm.

Em 2022, a GR-S ganhou vida própria e virou versão de acabamento definitiva no portfólio da Toyota Hilux. O trato na suspensão inclui amortecedores monotubo com diâmetro ampliado em 30% e molas mais rígidas. No motor diesel, uma recalibragem especial para a versão resulta em 224cv e 55kgfm – 20cv e 4,1kgfm extras.

toyota hilux 2019 versao esportiva gr s branca com detalhes em preto e vermelho
Modelo 2019 na versão esportiva GR-S

9 – Uma ideia sobre os preços de manutenção da Hilux

A Toyota Hilux se vale daquela fama de manutenção sem mistérios de outros modelos da marca. O motor 2.8 turbodiesel é robusto e bem construído, mas, como todo conjunto deste tipo, costuma ter manutenção e componentes mais caros. Além disso, uma picape, por si só, já é mais cara de manter que um veículo de passeio.

Confira os preços de algumas peças da Toyota Hilux 2.8 turbodiesel 2015/2016:

  • Jogo com quatro pastilhas do freio dianteiro: de R$ 310 a R$ 420
  • Intercooler: de R$ 700 a R$ 1.000
  • Bomba de combustível: de R$ 380 a R$ 590
  • Kit troca de óleo (8 litros 5W30 + filtro): de R$ 550 a R$ 800
  • Amortecedor traseiro (par): de R$ 500 a R$ 700
  • Para-choque traseiro: de R$ 2.000 a R$ 2.500
  • Farol direito: de R$ 630 a R$ 800 (sem LED)

toyota hilux srx modelo 2015 vermelha interior painel bancos estatica no estudio
Multimídia pouco intuitiva na linha 2015, mas com navegador nativo

10 – Saiba quais são os principais problemas da picape média

As versões turbodiesel da oitava geração da Toyota Hilux costumam dar problemas no sistema de injeção. Nos fóruns com donos da picape ou no site do Reclame Aqui são comuns depoimentos sobre problemas nos bicos e na bomba injetora.

Fique atento também à carroceria. São frequentes os relatos de manchas, oxidação precoce e estufamento na pintura da Hilux. Os discos dos freios são outro item de desgaste prematuro apontado por proprietários.

Um outro ponto diz respeito à parte burocrática. Muitos modelos 2022/23 da Toyota Hilux estavam sem o número do chassi no cadastro da Base de Índice Nacional (BIN), o que resultou em dor de cabeça na hora do emplacamento da picape.

A picape média também foi vítima dos airbags fatais da Takata. O recall envolveu as Toyota Hilux feitas de 2015 a 2017.

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