A primeira leva do Volkswagen Tiguan foi objeto de desejo de muita gente. Isso porque o SUV médio não tinha nem jeito de utilitário-esportivo, e era bem menos abrutalhado e caro que o então Touareg.
O porte menor ainda contribui para uma dinâmica mais divertida, a despeito do menor espaço interno. Uma pegada reforçada pelos motores turbo e a tração integral presente na maioria das versões desta primeira geração do Volkswagen Tiguan.
Conheça agora 10 fatos sobre o Volkswagen Tiguan, que são importantes para quem pretende comprar um usado.
1 – Como foi a trajetória do Volkswagen Tiguan?
O primeiro Tiguan foi revelado no Salão de Genebra de 2008 como o menor SUV da Volkswagen na ocasião. Produzido no México, começou a ser importado para o Brasil em 2009, equipado com motor 2.0 TSI e tração integral.
No ano seguinte, recebeu uma espécie de central multimídia com tela tátil, na qual era possível ajustar ar-condicionado e som. De 2012 para 2013, o Volkswagen Tiguan chegou remodelado, com mudanças principalmente na grade, faróis e lanternas.
Ainda em 2013, o Volkswagen Tiguan estreou a versão R-Line com apliques esportivos. Em 2016, foi a vez de oferecer uma opção mais barata, com motor 1.4 e tração dianteira. Dois anos depois, chegou a segunda geração.
2 - Um SUV com pinta de Golf?
O primeiro Tiguan da história usava a plataforma PQ46. A base era a mesma do VW Golf de quinta geração, que não chegou a ser vendido no Brasil. Essa arquitetura se tornou uma das grandes virtudes do SUV médio, como veremos a seguir.
3 – Dinâmica de carro de passeio
Por ter a base de um hatch médio consagrado, o Volkswagen Tiguan tem uma dirigibilidade de carro de passeio. A dinâmica apurada da VW é beneficiada ainda por uma carroceria com boa rigidez e a suspensão independente nas quatro rodas bastante firme.
Destaque ainda para a direção precisa. Você aponta nas curvas e o Volkswagen Tiguan é obediente e responsivo. A distância entre-eixos e o balanço traseiro "curtos" deixam a condução ainda mais apurada e divertida.
Vale lembrar do Tiguan Allspace 250 TSI, a opção de sete lugares do SUV médio. Confira o vídeo!
4 – Desempenho é ponto forte do SUV médio
O motor 2.0 TSI turbo sempre rende elogios. Os 200cv de potência são bem ministrados pelo câmbio automático de seis marchas, e as respostas ao pedal do acelerador são quase imediatas.
O conjunto mecânico ainda se vale do torque de 28,5kgfm a 1.700rpm. Tudo bem distribuído pelas quatro rodas no sistema de tração integral sob demanda 4Motion. Aceleração até 100km/h é feita em 8,5 segundos.
O Volkswagen Tiguan também teve opção de motor 1.4 turbo TSI no fim de vida da primeira geração. São 150cv e 25,5kgfm de torque, com o câmbio automatizado de dupla embreagem, mas sem tração integral.
A configuração está longe de ser mansa, porém, fica devendo nas arrancadas, apesar da agilidade da caixa DSG. Vale lembrar que esse conjunto costuma dar mais dor de cabeça do que o 2.0.
5 – Boa opção para quem procura conforto
O Volkswagen Tiguan não é tão robusto como o Touareg e isso é bom para quem privilegia conforto. A posição de dirigir é elevada e se revela bem funcional e ergonômica.
O SUV médio da VW ainda oferece acabamento digno, dos tempos em que a marca alemã dava atenção especial a isso. A suspensão independente na frente e atrás filtra bem as irregularidades dos diferentes pisos, e o isolamento acústico é eficiente.
6 – Espaço interno não é destaque no Volkswagen Tiguan
Em compensação, por usar uma plataforma de automóvel de passeio e nem parecer um SUV, o Tiguan não permite excessos no que diz respeito a espaço. Com apenas 2,60m de distância entre-eixos – menor que o de um Renault Logan –, o espaço é bastante justo, principalmente no banco traseiro, com pouco vão para pernas e joelhos.
O porta-malas padece do mesmo mal. São apenas 360 litros, volume de capacidade baixo mesmo para o segmento de SUVs médios da época.
7 – Os principais itens da lista de equipamentos
A linha chegou bem fornida de equipamentos. Seis airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de subida em rampas, sensor de ré, monitoramento da pressão dos pneus, ar-condicionado automático de duas zonas, controle de cruzeiro, sensor de chuva e rodas aro 17 polegadas estão entre os itens de série.
O Volkswagen Tiguan 2012/2013 acrescentou Park Assist – sistema semi-automático de estacionamento –, chave presencial e detector de fadiga. Entre os opcionais, teto solar, rodas aro 18 polegadas, faróis de xenônio autodirecionais e banco do motorista com regulagens elétricas.
Nos principais sites de compra e venda de automóveis, como Webmotors, KBB Brasil e Mobiauto, o Volkswagen Tiguan 2013 tem preços que oscilam entre R$ 72 mil e R$ 82 mil.
8 – Um SUV médio com roupa esportiva
O Tiguan R-Line é a opção esportivada do SUV médio da VW. Além de rodas aro 18 polegadas diferenciadas, traz para-choques exclusivos, spoiler traseiro, soleiras personalizadas, paddle-shifts, pedaleiras de alumínio e nome da versão nos bancos e na grade frontal.
No mercado de carros usados, na linha 2013, o Volkswagen Tiguan R-Line tem preços entre R$ 75 mil e R$ 82 mil.
9 – Como é a manutenção do Volkswagen Tiguan?
O Volkswagen Tiguan tem fama de manutenção mais complexa. O motor turbo requer revisões com mão de obra qualificada. Além disso, as peças têm preços relativamente altos.
Confira os preços de alguns componentes do Volkswagen Tiguan 2.0 2013:
- Jogo de pastilhas de freio dianteiro: de R$ 360 a R$ 520
- Kit com quatro velas de ignição: de R$ 300 a R$ 480
- Kit óleo (cinco litros 5W40 + filtro): de R$ 430 a R$ 580
- Bomba de combustível: de R$ 900 a R$ 1.200
- Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 560 a R$ 850
- Farol dianteiro: de R$ 1.100 a R$ 2.200
- Para-choque traseiro: de R$ 900 a R$ 1.600
10 - Principais problemas do SUV médio da VW
Como todo motor TSI com injeção direta, o do Volkswagen Tiguan apresenta carbonização precoce das válvulas de admissão – devido ao alto teor de enxofre da gasolina brasileira. Além disso, como a manutenção era cara, veja se o antigo dono manteve as revisões na concessionária dentro do prazo de garantia e a manutenção regular depois disso.
Especialmente para os fluidos. O sistema de tração 4Motion requer óleo específico a cada 60 mil quilômetros. O câmbio DSG de dupla embreagem também é banhado e a troca do lubrificante deve ser feita em intervalos de 60 mil quilômetros.
Recalls do Volkswagen Tiguan:
- Troca do fusível dos faróis das unidades produzidas de 2009 a 2011
- Conserto do espiral de contato do airbag em veículos fabricados entre 2009 e 2014
- Recompra de modelos anos 2013 e 2015
- Substituição dos airbags laterais em unidades montadas em 2015
- Atualização do módulo do airbag em modelos feitos em 2015
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