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Óleo do câmbio: quando deve ser feita a troca?

A manutenção do carro inclui a troca de fluidos e lubrificantes, mas a substituição do óleo do câmbio requer prazos e cuidados diferenciados

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O câmbio manual dispensa a troca do óleo, mas é preciso conferir o nível para verificar se há vazamentos
O câmbio manual dispensa a troca do óleo, mas é preciso conferir o nível para verificar se há vazamentos Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O carro para funcionar em perfeitas condições exige manutenções periódicas, com trocas de componentes, fluidos e lubrificantes em prazos determinados pelos fabricantes. O óleo do motor, por exemplo, deve ser substituído a cada 10 mil quilômetros ou um ano, em condições normais. Mas e o óleo do câmbio, qual é o prazo correto para a sua troca?

Muitos proprietários de carros ficam em dúvida se devem solicitar a troca do óleo do câmbio, seja ele manual ou automático. Em geral, as pessoas perguntam sobre a real necessidade de se fazer a troca do lubrificante, já que a caixa de marchas é toda fechada e blindada.

O primeiro fato que se deve saber é que não se faz troca de óleo de câmbio manual. O lubrificante usado nesse tipo de transmissão é feito para durar a vida inteira. Não precisa ser substituído. Alguns puristas alegam que o câmbio, ao longo do tempo de uso, solta limalhas que contaminam o óleo, tornando necessária a sua troca. Se o dono do carro quiser, pode até trocar, mas não é necessário.

Mas se o câmbio for automático, aí a história é outra. A maioria dos fabricantes recomenda a troca do óleo do câmbio automático, mas em prazo bem maior do que é feita a substituição do lubrificante do motor. Alguns recomendam a troca do óleo do câmbio automático a cada 60 mil quilômetros, enquanto outros elevam o prazo para 100 mil quilômetros. Mas há também fabricantes que dispensam essa troca no câmbio automático.

Mas por que, então, o lubrificante do motor deve ser trocado regularmente e o óleo do câmbio manual ou automático dispensa a substituição ou é recomendada em prazos maiores? É porque o motor trabalha em temperatura e pressão interna muito elevadas, e seus aditivos resistem no máximo a um ano.

Câmbio Powershift no Ford EcoSport 2.0 com bancos dianteiros e freio de estacionamento no estúdio
Câmbio PowerShift, usado pela Ford em diferentes modelos, apresentou problema de vazamento de óleo Foto: Foto: Reginaldo Manente/Ford/Divulgação

No caso do câmbio manual, o óleo não deteriora nunca, por isso sua troca é desnecessária. Já no caso do câmbio automático, a troca do óleo vai depender do tipo da caixa e do óleo, mas o importante é saber que a recomendação correta está no manual do proprietário do carro. Lá você ficará sabendo se a troca do óleo do câmbio automático deverá ser feita a cada 60 mil ou 100 mil quilômetros, ou nunca.

Apesar de não ser necessária a troca do óleo do câmbio manual, é importante que o nível do lubrificante seja conferido regularmente. Isso porque pode ocorrer um vazamento, que exigirá que o nível do óleo seja regularizado. O mesmo cuidado deve ser destinado ao câmbio automático, que também deve ter o nível do óleo verificado nas manutenções preventivas.

É importante saber que a falta de cuidado ou descuido com o óleo do câmbio manual ou automático pode gerar prejuízo considerável no bolso do proprietário do carro. Esses componentes foram projetados para trabalhar com lubrificante e a ausência dele resulta em danos graves, que exige reparos geralmente muito caros.

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