Já faz um tempo que universidades, montadoras e centros de pesquisas buscam uma solução para reduzir o índice de emissão de poluentes no mundo, especialmente nos que saem dos escapamentos dos veículos. O foco é o carbono zero, que praticamente decreta o fim dos combustíveis fósseis. Mas será que existe a possibilidade de termos uma gasolina zero carbono?
No Estúdio VRUM dessa semana, os jornalistas Boris Feldman e Enio Greco batem um papo sobre o assunto para tentar esclarecer o que vem a seu gasolina zero carbono. Antes de mais nada, Boris já revela que isso é mais uma grande mentira.
A polêmica surgiu porque alguns postos Petrobras anunciam combustível com carbono neutro. Mas como pode existir uma gasolina com carbono neutro? Claro que é impossível. Se não tem carbono, não é gasolina.
A “pegadinha” é que a Petrobras compra créditos de carbono de empresas que fazem reflorestamento e investem em ações que visam a sustentabilidade do meio ambiente. A Petrobras compra os créditos de carbono em valor equivalente ao que ela fatura vendendo a gasolina Podium, chamada por isso de “carbono neutro”.
É uma mentira, pois faz com que muitos acreditem que podem abastecer o carro com essa gasolina, pois ela não emitirá carbono. Isso não é verdade. Não existe a possibilidade de uma gasolina que não emita carbono.
A atitude da Petrobras é louvável se considerarmos que ao adquirir os créditos de carbono ela está ajudando na limpeza do planeta.
Boris Feldman é pessimista quando se fala em alcançar a meta do carbono zero, pois para isso "seria necessário desligar todas as fábricas e parar todos os veículos no mundo". Na opinião dele, é praticamente impossível atingir a meta do carbono zero.
O etanol pode ser a solução
Uma boa alternativa seria o etanol, que emite carbono, mas para produzi-lo é preciso plantar cana de açúcar, que quando cresce nos campos absorve CO². Ou seja, há uma compensação, pois do poço à roda o etanol cumpre a função de reduzir o carbono.
Ao contrário do carro elétrico, que gera muito carbono desde a produção das baterias de lítio e da própria energia para abastecê-lo, já que em muitos países ela é gerada por usinas a carvão ou até mesmo nucleares.
O etano já provou desde o Pró-Álcool, na década de 1980, que é uma excelente alternativa na busca por um combustível limpo. Mas, na época, não deu certo porque disseram que faltou etanol nos postos. Faltou porque os usineiros aproveitaram a alta do preço do açúcar no mercado internacional e direcionaram a produção, deixando o etanol de lado.
Hoje esse problema não existiria porque temos o carro flex, que funciona tanto com etanol quanto com gasolina, resolvendo a questão da deficiência do abastecimento de um ou de outro combustível.
Mas algumas montadoras estão investindo no carro híbrido que funcione com motor a combustão alimentado exclusivamente com etanol. Esse tem sido apontada como a solução mais eficiente para o mercado brasileiro.
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