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Conta de mentiroso

É importante prestar atenção nos detalhes até na hora de comprar um carro zero, para não se arrepender mais tarde

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O prezado está comprando um carro novo?

Nem todos os vendedores de automóveis zero-quilômetro dominam o assunto e muitas vezes passam informações equivocadas. Alguns simplesmente com o intuito de ajudar e ser gentis. Outros na tentativa de faturar a qualquer custo.

Seguem as sete (conta de mentiroso...) inverdades mais evocadas:

1- Marca de pneu Olho vivo no pneu que equipa seu carro zero. Entre os nacionais (como os mais baratos da linha Chevrolet, por exemplo), não é incomum encontrar marcas chinesas como a Champiro. O vendedor jura que o pneu é de qualidade. E, realmente, o pneu não representa ameaça à segurança, mas o problema é a reposição. O prezado já viu alguma loja de pneus de marcas chinesas? A reposição é quase impossível, pela dificuldade de se encontrá-lo. Além do preço nas alturas. Problema idêntico no caso de importados de países asiáticos: onde adquirir pneu de marca coreana?
2 ? Não sai de linha São raros os vendedores que confirmam o fim de linha de um modelo. E ainda dizem que as notícias da imprensa são falsas: ?O jornal não sabe do que fala?....

3 ? Duas cabeças Nos primeiros meses do ano você encontra no show-room o carro ainda fabricado no ano anterior. É o caso do automóvel ano/modelo 2010, mas que deixou a linha de montagem em 2009. Embora não tenha um parafuso diferente, vale menos que o fabricado em 2010 (10/10) na hora da revenda como usado. O vendedor jura que não, mas o mercado é assim. Então, só vale a pena comprá-lo com um desconto adicional.

4 ? Repintura Não adianta a concessionária jurar de pés juntos que dá para retocar aquele risco ou mancha na pintura do zero, com total garantia. Exija outro carro: nenhuma repintura em nenhuma oficina do mundo terá a mesma qualidade que a da fábrica.

5 ? Gasolina no flex Alguns vendedores, no afã de ser prestativos, informam ao comprador do carro flex que os primeiros abastecimentos devem ser apenas com gasolina. E depois pode-se optar entre ela e o álcool. Pura besteira: o motor flex pode beber qualquer um dos dois combustíveis, desde que deixou a linha de montagem e por toda sua vida.

6 ? Amaciar o motor Essa era uma recomendação válida até as décadas de 1970 ou 1980: não pisar fundo no acelerador durante os primeiros quatro ou cinco mil quilômetros, para ajuste das peças móveis do motor. Hoje, basta maneirar nos primeiros 500 ou 1.000 quilômetros.

7 ? Cristalização Essa é uma das picaretagens preferidas pelas concessionárias preocupadas com o faturamento a qualquer custo. Também chamada de espelhamento ou vitrificação, é uma operação que só se recomenda quando a pintura do carro perde o brilho, um ou dois anos depois que deixou a fábrica. Num carro zero, além de não precisar, ela ainda danifica o verniz de proteção aplicado na linha de montagem.