Vamos parar de misturar alhos com bugalhos! Uma recente e inacreditável autorização do Ministério de Minas e Energia autorizou que o diesel voltasse do B10 para o B12. Isso significa que, ao invés de 10%, o diesel passou a ter um teor de 12% de biodiesel.
No passado, essa medida já se comprovou ser um desastre: ocorreram diversos casos de motores entupidos. Mas o governo, indiferente aos problemas do consumidor, autorizou o diesel B12, que, hoje, já está sendo vendido nos postos.
Alguém, outro dia, falou comigo: "olha você disse, irritado, que o diesel passou para B12, mas eu estive no posto e ainda vi lá o do tipo 10". Até o final de março, o diesel ainda era o B10, com teor de 10% de biodiesel, que não provoca problemas de funcionamento. Porém, existe um outro teor de 10% nesse combustível, que é o de enxofre, identificado como S10.
Existem dois tipos de diesel no Brasil (e, lamentavelmente, contra isso o governo não faz nada), que são o S500, com 500 partículas de enxofre por milhão - teor que é aterrorizante, e não existe mais no resto do mundo -, e o S10, com apenas 10 partículas de enxofre por milhão.
É interessante esclarecer que os motores a diesel, desde janeiro de 2014, são obrigados a funcionar com o combustível do tipo S10, que tem menos de enxofre. Porém, os motores mais antigos podem usar o S500, com 500 partículas de enxofre, mas recomenda-se que todos passem a usar o S10, para não prejudicar tanto os nossos pulmões.
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