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Emplacamento de veículos em janeiro foi o melhor dos últimos 3 anos

Janeiro de 2024 registrou aumento de 13,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Melhoria no acesso ao crédito é um dos fatores que explicam esse incremento

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Varejo respondeu por 60% dos emplacamentos de veículos leves
Varejo respondeu por 60% dos emplacamentos de veículos leves Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) viu a confirmação, pelo menos no primeiro mês do ano, que as vendas ao mercado interno de veículos leves e pesados em 2024 devem surpreender. Foram comercializadas 161.601 unidades de veículo, que representaram 13,2% a mais que janeiro de 2023. Se considerados apenas os veículos leves, o avanço foi de 16,8%.

A média de emplacamentos foi de 7.300 unidades/dia, o melhor resultado para janeiro dos últimos três anos.

Varejo responde por 60% dos emplacamentos de veículos leves

Para o presidente da associação, Maurício Andretta Jr., há uma melhora na venda no varejo de automóveis e comerciais leves, respondendo por 60% do total. Ele atribui isso “ao custo e ao acesso ao crédito que melhoraram a partir do último trimestre de 2023. Aliados à expectativa de redução dos juros básicos (taxa Selic) ao longo de 2024, podem incrementar a disponibilidade e diminuir a restrição de crédito por parte dos agentes financeiros”.

Durante vários meses no ano passado o mercado corporativo dominou a participação entre veículos comercializados. Locadoras também tiveram um 2023 muito forte no último trimestre. Para 2024, a Fenabrave prevê, preliminarmente, que o mercado interno crescerá 12% e a Anfavea estima um avanço bem menor, de 6%.

Queda do PIB é ameaça ao setor

Os números podem sofrer revisões à medida que a economia brasileira reagir. Em 2023 o avanço deveu-se à grande safra agrícola plantada em 2022. No entanto, este ano não se repetirá por razões climáticas. Economistas esperam números para o PIB (Produto Interno Bruto) bem mais discretos e isso se reflete nas vendas de veículos.

Mudanças em análise no Supremo Tribunal Federal da lei Renato Ferrari, que regula as vendas entre fabricantes e concessionárias, têm potencial de gerar atritos entre as duas partes. Marcas chinesas vêm usando o expediente da venda direta para pessoas físicas, que contorna a atual lei, o que se reflete em preço menor aos compradores em razão da menor incidência de imposto.