A Renault investiu para valer e juntou modernidade, estilo e desempenho no inteiramente novo SUV compacto: o Renault Kardian. Aparenta ares de hatch com altura de rodagem elevada, mas isso pouco impactou no visual típico que tem atraído cada vez mais compradores no Brasil e no mundo. Graças aos 209mm de vão livre do solo, é o mais alto (1.595mm) que concorrentes como Fiat Pulse e VW Nivus (este se trata de SUV cupê).
O carro se baseia na nova Renault Group Modular Platform e teve participação total da filial brasileira. Entre os recursos práticos do Renault Kardian estão as barras de teto que podem ser usadas tanto no sentido longitudinal quanto transversal. Também apresenta a maior distância entre-eixos (2,60m) deste segmento, para conforto de quem senta tanto atrás quanto na frente, e bom volume de porta-malas (358 litros VDA).
Capô alto, grade do radiador, faróis principais, de neblina e luzes de rodagem diurna em três planos formam um conjunto moderno, complementados por lanternas traseiras no formato semibumerangue e um aplique no para-choque que esconde a saída do escapamento.
Por dentro, chama atenção a posição de dirigir do Renault Kardian, com o banco do motorista regulável em altura até bem próximo do assoalho, ao contrário de outros SUVs. Destaques para a alavanca de câmbio do tipo joystick e o freio de estacionamento eletromecânico de autoimobilização nas paradas.
Tela multimídia de oito polegadas tem pareamento sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, carregamento por indução para smartphone com refrigeração e quatro portas de entrada USB C (duas atrás e duas na frente). Faltam saídas de ar-condicionado para o banco traseiro.
O Kardian tem seis airbags e 13 sistemas de assistência ao motorista (ADAS, em inglês), destacando-se frenagem automática de emergência.
No primeiro contato com o Renault Kardian no entorno de Gramado (RS), notei o ótimo estreante motor três cilindros 1.0 turbo flex, 120cv (g)/125cv (e), e torques de 20,4kgfm (g)/22,4kgfm (e), que trabalha bem afinado com o câmbio automatizado de duas embreagens a banho de óleo e seis marchas.
Ronco típico do motor interfere pouco no índice interno de articulação, porém, é inevitável o nível de vibrações superior a um quatro-cilindros. Não detectei situações de hesitação em acelerações repentinas e há borboletas para troca manual de marchas atrás do volante. Apesar da altura de rodagem, as suspensões bem calibradas fazem um bom trabalho, sem sustos.
As três versões custam R$ 112.790 (Evolution), R$ 122.990 (Techno) e R$ 132.790 (Premiere Edition).
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