Trâmite tortuoso e difícil, depois de idas e vindas entre Câmara dos Deputados e Senado Federal, porém, terminou aprovado o Mover (Programa de Mobilidade Verde). Grandes centros econômicos mundiais já tinham avançado nas opções de mobilidade limpa futura.
O Brasil até que não se atrasou tanto e, nos próximos cinco anos, os incentivos fiscais vão somar R$ 19,3 bilhões. As fabricantes já garantiram pelos menos R$ 130 bilhões de investimentos em pesquisas e desenvolvimento para atender não apenas o Mover, mas também as novas exigências de segurança ativa e passiva já estabelecidas por lei.
Antes do Mover, a indústria já cumpriu o Inovar-Auto (2012-2017) e o Rota 2030 (2018-2023), mas a exigência agora será bem maior e inclui veículos leves e pesados. O principal avanço está no cálculo de emissões de gás carbônico (CO² ), agora do poço à roda, que mede a eficiência ambiental do combustível desde o início de sua produção.
Na Europa, por exemplo, o cálculo só é feito do motor à roda, que esconde a fraqueza do continente em sua matriz energética com altas emissões daquele gás de feito estufa.
Aqui, 27% de etanol (que capta 80% do CO² no seu processo agroindustrial) é misturado à gasolina e mais 30% são usados diretamente nos motores. No total, veículos leves ajudam a diminuir em 55% os efeitos deletérios do CO² . Nenhum país chega perto desses resultados. Com o avanço da hibridização nos próximos anos, os ganhos serão ainda maiores.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a partir de 2027, haverá medição da pegada completa de carbono dos veículos vendidos no Brasil, numa classificação conhecida como do berço ao túmulo.
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