Percalços de mercado para carros elétricos se aprofundaram no primeiro semestre deste ano. Um exemplo foi a queda brusca do Tesla Y, que, de automóvel mais vendido na Europa, caiu para oitavo no primeiro semestre deste ano.
Segundo o especialista em análise de mercado, Felipe Munoz, da JATO Dynamics, há três razões: “Sua linha de produtos limitada começa a envelhecer; a crescente concorrência de outras marcas; e estratégia de redução de preços que já não funciona com concorrentes chineses”.
Entretanto, há outras dificuldades em marcha que explicam por que houve a desaceleração tão rápida de vendas na Europa e nos EUA. No segundo caso, a Automotive News aponta as panes em mais de um quarto dos postos públicos de carregamento e a dificuldade de informações precisas sobre localização que minam a confiança dos motoristas de carros elétricos.
Na Alemanha, as vendas de carros elétricos caíram 37% em relação a dezembro com o fim dos subsídios do governo. E isso desanimou também a indústria de autopeças. A Schaeffler indicou que redirecionará sua produção para carros híbridos, numa guinada inesperada.
Fabricante de chips, Infineon Technologies, afirmou que a recuperação em grande escala de carros elétricos “ainda não está à vista” e pretende cortar 1.400 postos de trabalho.
Por fim, a Mercedes-Benz anunciou US$ 15 bilhões para voltar a investir em tecnologia de motores a combustão, seguindo a Toyota, que desenvolve avanços significativos para surpreender o mercado nos próximos anos.
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