Dentro de um segmento altamente competitivo que inclui Strada, Saveiro e Montana (Toro à parte por carregar até uma tonelada, na versão de motor Diesel, para enfrentar picapes médias), a Oroch procura sua inserção em dois aspectos principais: dimensões internas e motor potente. Entre-eixos de 2.829 mm oferece ótimo espaço para três passageiros no banco traseiro, embora o assento curto canse as pernas em viagens longas. As outras dimensões: 4.719 mm de comprimento; 1.634 mm de altura e 1.834 mm de largura. Capacidade da caçamba de 683 litros que pode transportar 650 kg (passageiros e carga).
Posição ao volante é boa, apesar da regulagem apenas de altura. Tela multimídia fica em posição central elevada no painel, mais exposta a reflexos, porém dispõe de conexões Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Numa visão geral ficou melhor por conta de quatro câmeras para monitorar o entorno, além de sensores de estacionamento. Externamente faróis de neblina estão bem posicionados e protegidos, apesar de muito salientes.
Ponto de maior destaque é o conjunto motor-câmbio. Trata-se de um turbo flex de 1,3 L, 162 (G)/170 cv (E) e 27,5 kgf·m de torque,desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz. Trabalha bem integrado ao câmbio automático CVT de oito marchas reais (nada de “simuladas” como se diz de modo inapropriado). Acelerações muito boas que não se esperam em veículos desse tipo. Isolamento acústico compatível às limitações de uma picape, contudo deixa passar um pouco de ruído pelas colunas em velocidades mais altas de autoestradas.
Suspensões estão bem acertadas, mesmo em pisos irregulares, pelo uso de um conjunto multilink na traseira. Deve manter este comportamento quando com carga total, condição incomum em picapes desse tipo. Senões: caixa de direção eletro-hidráulica, quando já deveria existir uma elétrica, além de apenas dois airbags.
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