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Vendas boas em janeiro, ainda sem garantir algo entusiasmante

Presidente da Anfavea comenta seis grandes desafios para a economia brasileira em 2025, mesmo após um janeiro promissor com recordes de vendas e produção.

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Showroom concessionária Mercedes-Benz
Showroom concessionária Mercedes-Benz Foto: Divulgação

Apesar do tom geralmente otimista da Anfavea, em suas tradicionais entrevistas mensais, ficou claro que mesmo sem mostrar pessimismo a visão mudou para algo com incertezas e até de cautela explícita. Márcio Leite, presidente da entidade, listou seis perspectivas preocupantes na economia brasileira que vão desde as tarifas impostas nos EUA aos conflitos mundiais.

Entretanto, janeiro foi um mês particularmente bom, o melhor desde o início da pandemia Covid-19. Houve alta de 6% nas vendas sobre dezembro com 171,2 mil unidades de veículos leves e pesados, coincidentemente o mesmo percentual que tanto Anfavea como Fenabrave preveem para o ano completo de 2025 em relação a 2024.

O único indicador desconfortável foi a manutenção dos estoques totais em 41 dias com acréscimo de três dias nos pátios dos fabricantes. Também houve números positivos a comemorar. A produção deu um salto de 15,1% sobre janeiro de 2024 e as exportações subiram, na mesma comparação, nada menos de 52,3% em unidades e 30,2% em valor. Esse resultado deveu-se ao extraordinário aumento de 203% nas vendas à Argentina, cujo mercado interno reagiu à queda expressiva da inflação.

Bom também para o Brasil pois ajudou no aumento de 8% do nível de emprego no mês passado, o que não acontecia desde 2011. A estratégia da entidade também mudou um pouco. Não comenta mais sobre a possível ação antidumping contra marcas chinesas no Brasil, mesmo porque o problema se restringe especificamente à BYD.

Showroom concessionária Fiat Automax carros em exposição vista do alto
Showroom concessionária Fiat Automax carros em exposição vista do alto Foto: Divulgação

Por outro lado, mantém a posição de reivindicar o aumento imediato do imposto de importação para 35% sobre elétricos e híbridos com intuito de estimular a produção interna. Este percentual só entrará em vigor em dezembro de 2026 e será muito difícil o governo mudar a regra. Aliás, a escolha dos consumidores brasileiros sobre alternativas de propulsão continua a andar de lado.

Na realidade houve queda expressiva das vendas mensais de carros elétricos de 6.100 unidades em outubro do ano passado para apenas 3.770 unidades em janeiro último, contra 6.500 unidades de híbridos plugáveis e 6.300 dos híbridos básicos e plenos. Este ano, híbridos básicos (ou semi-híbridos) devem acelerar bastante com lançamentos previstos.

Já o cenário para importados em geral parece bem melhor. A participação em janeiro subiu para 24,8% das vendas totais (maior percentual desde março de 2012) contra apenas 6% no mesmo mês de 2024. Trata-se de ponto a se observar, contudo tende a cair ao longo de 2025, pois o crescimento concentrou-se em produtos vindos da Argentina, onde o Brasil é majoritário.

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Vendas boas em janeiro, ainda sem garantir algo entusiasmante

Presidente da Anfavea comenta seis grandes desafios para a economia brasileira em 2025, mesmo após um janeiro promissor com recordes de vendas e produção.

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Showroom concessionária Mercedes-Benz Foto: Divulgação

Apesar do tom geralmente otimista da Anfavea, em suas tradicionais entrevistas mensais, ficou claro que mesmo sem mostrar pessimismo a visão mudou para algo com incertezas e até de cautela explícita. Márcio Leite, presidente da entidade, listou seis perspectivas preocupantes na economia brasileira que vão desde as tarifas impostas nos EUA aos conflitos mundiais.

Entretanto, janeiro foi um mês particularmente bom, o melhor desde o início da pandemia Covid-19. Houve alta de 6% nas vendas sobre dezembro com 171,2 mil unidades de veículos leves e pesados, coincidentemente o mesmo percentual que tanto Anfavea como Fenabrave preveem para o ano completo de 2025 em relação a 2024.

O único indicador desconfortável foi a manutenção dos estoques totais em 41 dias com acréscimo de três dias nos pátios dos fabricantes. Também houve números positivos a comemorar. A produção deu um salto de 15,1% sobre janeiro de 2024 e as exportações subiram, na mesma comparação, nada menos de 52,3% em unidades e 30,2% em valor. Esse resultado deveu-se ao extraordinário aumento de 203% nas vendas à Argentina, cujo mercado interno reagiu à queda expressiva da inflação.

Bom também para o Brasil pois ajudou no aumento de 8% do nível de emprego no mês passado, o que não acontecia desde 2011. A estratégia da entidade também mudou um pouco. Não comenta mais sobre a possível ação antidumping contra marcas chinesas no Brasil, mesmo porque o problema se restringe especificamente à BYD.

Showroom concessionária Fiat Automax carros em exposição vista do alto
Showroom concessionária Fiat Automax carros em exposição vista do alto Foto: Divulgação

Por outro lado, mantém a posição de reivindicar o aumento imediato do imposto de importação para 35% sobre elétricos e híbridos com intuito de estimular a produção interna. Este percentual só entrará em vigor em dezembro de 2026 e será muito difícil o governo mudar a regra. Aliás, a escolha dos consumidores brasileiros sobre alternativas de propulsão continua a andar de lado.

Na realidade houve queda expressiva das vendas mensais de carros elétricos de 6.100 unidades em outubro do ano passado para apenas 3.770 unidades em janeiro último, contra 6.500 unidades de híbridos plugáveis e 6.300 dos híbridos básicos e plenos. Este ano, híbridos básicos (ou semi-híbridos) devem acelerar bastante com lançamentos previstos.

Já o cenário para importados em geral parece bem melhor. A participação em janeiro subiu para 24,8% das vendas totais (maior percentual desde março de 2012) contra apenas 6% no mesmo mês de 2024. Trata-se de ponto a se observar, contudo tende a cair ao longo de 2025, pois o crescimento concentrou-se em produtos vindos da Argentina, onde o Brasil é majoritário.

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