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Entenda porquê a "Lei da Cadeirinha" é hipócrita

Colunista revela um "furo" na legislação que regulamenta o uso de cadeirinhas infantis nos automóveis

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Exemplo de dispositivos de segurança bizarros, essa cadeirinha infantil transporta a criança no exterior do veículo
Exemplo de dispositivos de segurança bizarros, essa cadeirinha infantil transporta a criança no exterior do veículo Foto: Exemplo de dispositivos de segurança bizarros, essa cadeirinha infantil transporta a criança no exterior do veículo

Já existe há quase 10 anos no Brasil uma legislação sobre as cadeirinhas infantis. Ela foi sujeitada a chuvas e trovoadas, mas existe. A Polícia Rodoviária, tanto as estaduais quanto a Federal, já disse que, depois que se colocou cadeirinha obrigatória para as crianças no banco traseiro, o índice de crianças feridas ou que faleceram em acidentes rodoviários foi extremamente reduzido.

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Mesmo assim, recentemente, o Governo Federal pensou em modificar essa legislação e não multar o motorista que estivesse descumprindo. Porém, eles mudaram de ideia, decidiram que a cadeirinha é importante e mantiveram a obrigatoriedade com a multa. Mas, existe uma hipocrisia enorme nessa história toda.

Onde "mora" a hipocrisia da cadeirinha infantil?

Suponhamos que um motorista esteja levando o filho, mesmo que no banco traseiro, mas sem a cadeirinha (e essa criança estiver enquadrada na legislação que obriga o uso do dispositivo de segurança em função de sua altura).

Nesse caso, um policial pode parar o carro e determinar que não vai continuar: ou o motorista providencia uma cadeirinha para instalar no carro, ou "arranja" outro carro com a cadeirinha infantil.

Para cumprir a tarefa de levar o filho para aula, para escolinha, o pai tira o menino do carro, já que ele não pode continuar, uma vez que o policial proibiu. Ele faz sinal para o primeiro táxi que estiver passando para levar o filho à escolinha. O táxi para, entram o pai e o filho…

O táxi que não tem cadeirinha, e o risco do menino se acidentar e se ferir é o mesmo que ele teria no automóvel do pai. Mas, no táxi, como não foi regulamentado, aí pode! No carro do pai, não pode! É ou não é uma hipocrisia?

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