Novo Bolt EV: Chevrolet chegou atrasada no mercado de elétricos?

A General Motors acaba de lançar no Brasil, pela terceira vez, o Chevrolet Bolt EV, compacto elétrico. Isso traz uma questão à tona. Por que já existem milhões de automóveis elétricos rodando pelo mundo, chineses, coreanos, japoneses e europeus, e só agora a GM, tanto nos Estados Unidos quanto aqui, entrou como player nesse jogo dos elétricos? Porque deve ter algum curto-circuito qualquer entre a GM e carro elétrico. Os dois não combinam.

Chevrolet Bolt EV carro elétrico prata de traseira no asfalto na cidade — A GM chegou a anunciar o lançamento do Bolt para setembro do ano passado, mas com limitações na produção nos EUA a operação foi interrompida (Chevrolet/Divulgação)

A General Motors tentou, pioneiramente, em 1993, lançar um carro elétrico, o EV1. Deu tanto problema que ela encerrou a produção em três anos e disse adeus ao EV1. Aí ela lançou o Chevrolet Bolt, em 2011, que era um elétrico com motor a combustão para carregar as baterias. Durou cerca de oito anos e abortaram o Chevrolet Bolt.

Aí lançaram em 2016 esse novo Chevrolet Bolt EV, que é puramente elétrico, já com baterias de íon-lítio. Mas o modelo apresentou problemas na bateria, já fez o recall de mais de 140 mil unidades do Bolt. Por isso ele veio para o Brasil em 2017, começou a ser vendido por aqui, em seguira interromperam as vendas. Interromperam a produção do modelo nos Estados Unidos. Recentemente, retomaram a produção nos EUA.

Aqui no Brasil, a General Motors chegou a anunciar que as vendas do modelo recomeçariam em setembro do ano passado. Foi o segundo lançamento do Chevrolet Bolt EV. Mas tiveram que parar as vendas porque não tinha produção do modelo nos Estados Unidos.

Chevrolet Bolt EV carro elétrico interior painel — No painel do carro o motorista acompanha o funcionamento do motor elétrico e a carga da bateria (Chevrolet/Divulgação)

Agora, a General Motors lança pela terceira vez o Chevrolet Bolt EV no mercado brasileiro. Será que dessa vez vai? Eu, se fosse a GM, cruzava os dedos para ver se dessa vez ela tem mais sorte ou, se nem assim funcionar, melhor trocar a equipe de engenheiros lá em Detroit, não é?

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