O governo federal anunciou que vai estudar a possibilidade de subir o percentual de etanol que é misturado à gasolina, dos 27% atuais para 30%. Mas, na verdade, o estudo será feito pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), entidade que há três meses autorizou de maneira atabalhoada, sem testes, o B12, diesel que contém 12% de biodiesel e continua entupindo motores.
Vale lembrar que o B12 ainda está sendo aperfeiçoado. Mas se seu SUV, picape, caminhão ou trator a diesel está apresentando entupimento no motor, não culpe o dono do posto de abastecimento. É preciso verificar primeiro se o problema está relacionado aos 12% de biodiesel misturados ao diesel. E a chance de isso ser verdade é grande.
E, ao que parece, já está decidido que a gasolina passará a ter 30% de etanol. Atualmente, cerca de 85% da frota circulante do Brasil são de carros flex, que podem trafegar com qualquer proporção da mistura gasolina e etanol. Esses carros foram feitos para rodar com qualquer um dos dois combustíveis, inclusive com 100% de etanol.
Aliás, tem muitos postos de abastecimento por aí que já são “flex”, ou seja, ao invés de venderem a gasolina com 27% de etanol, já sobem a mistura para 40%, 50% ou até 60%. E a razão para isso é óbvia: o etanol é mais barato. E o motor não vai reclamar, pois foi projetado para funcionar com etanol, gasolina ou a mistura de ambos em qualquer proporção.
Quanto maior o percentual de etanol, maior o consumo
É por isso que o governo federal certamente vai autorizar o aumento da mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%. Tecnicamente, não haverá qualquer problema, mas no seu bolso terá. Por que? Quanto mais etanol na mistura, maior o consumo, maior o custo do quilômetro rodado.
Portanto, fique atento. Quando subir o percentual de etanol na gasolina para 30%, o consumo do seu carro vai aumentar. Diante disso, o mínimo que se espera é que o governo reduza o preço da gasolina depois que for autorizado o aumento do percentual de etanol.
Outro problema é que, atualmente, mistura-se 27% de etanol nas gasolinas comum e aditivada. Na premium o governo manteve os 25% e acredita-se que permanecerá assim, pois carros com motores que funcionam somente com gasolina podem apresentar problemas com o aumento da mistura. Portanto, só resta aguardar para saber se o governo vai considerar essas questões antes de autorizar o aumento da mistura.
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