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Renault amplia sua gama elétrica com Mégane E-Tech em 2023

Misto de SUV e hatch, o Mégane E-Tech terá motor elétrico de 220cv e 30,6kgfm de torque, com autonomia média de 454 quilômetros

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Com visual bem moderno, o Renault Mégane E-Tech, versão 100% elétrica tem chegada confirmada no mercado brasileiro
Com visual bem moderno, o Renault Mégane E-Tech, versão 100% elétrica tem chegada confirmada no mercado brasileiro Foto: Com visual bem moderno, o Renault Mégane E-Tech, versão 100% elétrica tem chegada confirmada no mercado brasileiro

Tudo começou em 2021, com ações pontuais ao importar Zoe, Twizy e Kangoo. A marca francesa acelerou agora com um evento de três dias no pavilhão Oca do Parque Ibapuera, em São Paulo, que incluiu o Renault E-Tech 100% electric days, o anúncio de importação no segundo trimestre de 2023 do Renault Mégane E-Tech e o início das entregas do primeiro lote de 750 unidades do Kwid E-Tech (veja abaixo a primeira avaliação). É a marca investindo cada vez mais nos carros elétricos.

O novo Renault Mégane é um crossover (misto de SUV e hatch) de linhas futuristas e porte médio: 4.210mm de comprimento, 1.780mm de largura, 1.500mm de altura e uma boa distância entre-eixos de 2.700mm. Originalmente, o carro tem rodas de 20 polegadas, mas a versão exportada para Brasil terá aros de 18 polegadas pelas condições de rodagem aqui. O vão entre rodas e para-lamas aumenta, porém, a altura de rodagem permanece a mesma do modelo original.

Cinco passageiros contam com bastante espaço graças à nova bateria de 60kW NMC (níquel, manganês e cobalto), que pesa 395kg e é cerca de 40% mais fina dos que as de primeira geração. Durante a exposição estática do Renault Mégane, sentei no banco traseiro e os joelhos ficaram em ângulo confortável. Porta-malas de 440 litros é cerca de 10% menor que o modelo com motor térmico.

Posição ao volante do Renault Mégane permite ampla visibilidade. Quadro de instrumentos de 12,3 polegadas se harmoniza com a tela do multimídia, que pode ser de até 12 polegadas como a do carro exibido. Acabamento e revestimentos internos são de primeira linha.

Motor de 220cv e 30,6kgfm permite acelerar o Renault Mégane até 100km/h em 7,4 s. Oferece quatro níveis de frenagem regenerativa. Alcance médio declarado de até 454 quilômetros (ciclo WLTP). Em oito horas um carregador de parede entrega 400 quilômetros de alcance. Se disponível um carregador DC super-rápido de 130kW, o tempo de recarga para rodar 200 quilômetros é de 30 minutos. Preço estimado em 2023 estará entre R$ 300 mil e R$ 350 mil.

O Kwid E-Tech é bem ágil em uso urbano

No dia a dia do tráfego em cidades, todo carro elétrico se destaca. A Renault, no entanto, especificou um motor com maior potência junto a sua filial da China e acertou. Embora o Kwid E-Tech pese 997kg (30% a mais que o Kwid convencional), a sua agilidade ficou comprovada em um circuito urbano variado na cidade de São Paulo.

Na ficha técnica do Renault Kwid E-Tech são apenas 65cv e 11,5kgfm e com todo aquele peso poderia se imaginar que este subcompacto não teria tanta agilidade quanto um carro convencional. Pelo contrário, acelera bem, principalmente ao sair da imobilidade. De 0 a 50km/h (velocidade máxima na grande maioria das ruas paulistanas) leva apenas 4,1 s, de acordo com a fábrica.

Também recupera bem ao fazer ultrapassagens. Mas à medida que a velocidade aumenta essa vantagem desaparece. Aceleração até 100km/h em 14,6s é 1,4s mais lenta que o Renault Kwid de motor a combustão de 68cv e 9,4kgfm. Segundo dados do Inmetro o alcance em uso urbano é de 298 quilômetros e em cidade/estrada, 265 quilômetros. No modo ECO a regeneração em frenagens aumenta e a potência diminui cerca de 30%.

O tempo de recarga varia entre nove horas em tomada doméstica de 220 V e 40 minutos em carregador rápido, porém, no intervalo entre 15% e 80% da capacidade total da bateria.

Na versão elétrica do Renault Kwid o espaço é homologado para quatro lugares (cinco no carro convencional, porém, com desconforto). As rodas têm quatro parafusos em vez de três. O preço de R$ 146.990 inclui seis airbags (dois a mais, de cortina) e alguns equipamentos extras na versão Intense, como câmera de ré, luz traseira de neblina e sensores traseiros de estacionamento. Entretanto, não há rodas de liga leve nem como opcional no E-Tech.

Segundo cálculos do fabricante, a diferença para o modelo a combustão, que custa R$ 67.690, pode ser recuperada em três anos, desde que o elétrico rode 20.000km/ano, em razão do custo bem menor por incluídas as despesas com manutenção.

Concorrente de peso do Renault Kwid E-Tech entre os carros elétricos é o Caoa Chery ICar. Confira!

https://youtu.be/qt2gowkBTv8

Vendas aumentam em agosto puxadas por locadoras

Foi o melhor mês do ano: 208.493 unidades, incluindo veículos leves e pesados, quase 15% mais do que em julho. Porém, no acumulado de 2022, as vendas ainda estão 8% abaixo do mesmo período de 2021. Perspectivas para o total comercializado este ano continuam a apontar que não haverá crescimento. No máximo poderá haver empate com o resultado de 2020, salvo se o mercado mudar de humor.

Até a Copa do Mundo de Futebol, de 20 de novembro a 18 de dezembro, costuma afastar os compradores das concessionárias. Justamente no período em que o mercado fica mais aquecido. Nos próximos meses, as locadoras continuarão a comprar carros básicos em sua maioria e darão sustento à produção das fábricas. Isso já aconteceu em agosto.

Dados da Bright Consulting indicam que no mês passado vendas diretas atingiram 53%, um percentual recorde. As locadoras representaram 35% e 18% frotistas ou compradores pessoa física, que optaram por comprar como pessoa jurídica para aproveitar descontos.

“A crise de abastecimento de componentes arrefeceu um pouco e já não impede que o consumidor encontre o carro desejado, salvo casos pontuais”, afirma José Andreta Jr., presidente da Fenabrave. Dentro deste cenário, não é uma surpresa o VW Gol ter liderado o mercado de automóveis e SUVs nos últimos três meses. O veterano hatch foi prejudicado pela escassez de chips como todos os outros desde o começo do ano. Quando o abastecimento começou a melhorar, sua produção retornou rapidamente, pois outros modelos requerem mais chips.

Locadoras e frotistas aceleraram as compras (90% do total vendido). Em dezembro próximo, o Gol deixará de ser produzido, embora as vendas possam continuar até março de 2023.

São Paulo anuncia mais incentivos para carros elétricos

Durante a inauguração do 17° Salão da Mobilidade Elétrica no fim da semana passada, no Expo Center Norte, na capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes informou a ampliação de estímulos para compras de carros elétricos. Agora, além da isenção do rodízio e de redução 50% no IPVA (a parte do imposto estadual que cabe ao município), haverá um crédito de R$ 3.292,91 para descontar do IPTU (imposto sobre imóveis) mesmo em veículos com preço acima de R$ 150 mil.

O Salão recebeu menos de 10 mil visitantes e apenas a Toyota participou com estande, onde exibiu o Mirai que usa pilha a hidrogênio no lugar de bateria. No segundo dos três dias de exposição, mostrou o Lexus UX híbrido plugável. Em dois meses a fabricante anunciará a produção em Sorocaba (SP) de outra versão híbrida flex, sem antecipar qual modelo e nem a partir de quando.

O candidato natural é o Yaris, porém, se especula ainda um SUV compacto. A Toyota planeja que todos os produtos da marca fabricados no país ou importados terão pelo menos uma versão híbrida. Os 100% elétricos continuarão sendo produtos de nicho.

Antônio Calcagnoto, presidente interino da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) admitiu que “biocombustíveis como o etanol em aplicações híbridas serão porta de entrada para veículos 100% elétricos no Brasil”. A velocidade de transição depende de ações governamentais e do setor privado em razão da infraestrutura, disse.

Nos corredores da exposição, ouvi rumores de que o Governo Federal poderá usar o imposto de importação, hoje zerado no caso dos elétricos, para estimular a produção destes carros no país com alíquotas de proteção diferenciadas. Não existe ainda uma fórmula para isso.

Será fundamental a expansão acelerada da rede de carregadores. No Salão da Mobilidade Elétrica a empresa suíça-sueca ABB informou já ter instalado mais de 1.000 carregadores AC e 100 DC, sendo estes de carga rápida e ultrarrápida. O diretor da empresa, Wilson Moraes, disse não descartar a fabricação nacional dos carregadores se existir demanda que justifique o investimento. “Há um pré-estudo para produção na unidade de Sorocaba (SP), onde executamos montagem e personalização da infraestrutura de recarga”, adiantou.

Audi Q3 Sportback destaca-se pelo conjunto mecânico

Trata-se de um SUV que segue a moda do estilo cupê, mas sem deixar de lado o fato de ser um Audi pelo desenho atraente, pela qualidade construtiva e por um desempenho marcantemente superior ao Q3 anterior. Agora o 2.0 litros turbo entrega 231cv e 34,7kgfm, além da tração sob demanda quattro e do câmbio automático convencional de oito marchas.

Nem há termo de comparação com o motor antes oferecido 1.4 de 150cv, que pode ser adequado apenas ao racional comprador europeu. Aqui, quem compra um importado pagando até quase R$ 350mil exige motor potente, mesmo que raramente vá exigir toda a sua potência.

A posição ao volante é um dos destaques. O acabamento mantém o alto nível da marca alemã. O quadro de instrumentos (10,25 polegadas) acompanha o padrão do carro, mas a tela do multimídia de 8,8 polegadas é menor do que a dos modelos da VW no Brasil, de 10,1. Senti falta do carregador de celular por indução.

Quem vai no banco traseiro encontra regulagem longitudinal para um pouco mais de espaço para as pernas, embora o passageiro na posição central tenha o desconforto natural do túnel da transmissão. Com o banco traseiro todo recuado, o porta-malas perde pouco mais de 10% do seu volume máximo de ótimos 530 litros (inclui estepe).

Aceleração até 100km/h em 7 segundos (dado do fabricante) é coerente à proposta do carro, que pode ser exigido em curvas de baixa, média e alta velocidades, além da notável precisão da direção.

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