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Semáforo com luz extra é ideal para carros autônomos

"A ideia é acrescentar uma quarta luz semafórica, branca ou outra que não sejam as tradicionais vermelha, amarela e verde, para obter ganhos de fluidez"

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Avançar um semáforo é infração passível de multa
Avançar um semáforo é infração passível de multa Foto: Reprodução

Uma interessante proposta para melhorar a mobilidade urbana e, consequentemente, diminuir o consumo de combustível, está sendo proposta na Universidade Estadual da Carolina do Norte, EUA. A ideia é acrescentar uma quarta luz semafórica, branca ou outra que não sejam as tradicionais vermelha, amarela e verde, para obter ganhos de fluidez a partir de apenas 10% dos carros autônomos em circulação.

“Quanto maior a porcentagem do tráfego composto por carros autônomos em um cruzamento com fase branca, mais rápido o trânsito flui e melhores os números de consumo de combustível”, afirma o professor Ali Hajbabaie que liderou o estudo com outros três colaboradores.

Dá para supor que o ideal são modelos autônomos pelo menos do Nível 3, chamada autonomia condicional, em que o motorista não precisa guiar mas deve estar supervisionando o que acontece em volta e colocar a mão no volante em intervalos regulares. No Nível 4 a supervisão humana é dispensada.

Os cálculos computacionais apontaram que “quando 10% dos veículos são autônomos, os atrasos diminuem 3%; quando 30% são autônomos, o ganho se amplia para 10,7%”, de acordo com Hajbabaie.

A proposta é que os autônomos se comuniquem entre si e com o computador que controla os sinais de trânsito. Quaisquer veículos não autônomos passariam a obedecer a um novo fluxo: se o carro à sua frente parar, eles param; se o carro à frente deles passar pelo cruzamento, o que vem atrás pode segui-lo.

As teorias e estudos foram publicados este mês no site brasileiro Inovação Tecnológica.

Devo ressaltar: isso se aplica a motoristas disciplinados e não será tão fácil convencer autoridades de trânsito no Brasil no dia, ainda longínquo, em que 10% dos veículos em circulação disponham do nível de automação exigido.

Picapes continuarão a avançar no mercado

Entre 2013 e 2022 houve sensível modificação nos tipos de carrocerias de veículos vendidos aqui. Os hatches caíram de 49% para 28%; os sedãs de 24% para 17%; as picapes subiram de 12% para 17% (empate com os sedãs); os SUVs (incluídos os falsos SUVs) dispararam de 8% para 35%.

O recorte específico das picapes intermediárias ou médias-compactas (Montana, Oroch e Toro) no mesmo intervalo de tempo, passaram de 0% para 3,2% e devem subir para 4,5% este ano, segundo estimativas da GM.

Ford Ranger Platinum cinza de frente em movimento
Nova Ford Ranger chegará ao Brasil ainda em 2023

Ainda em 2023 chegarão ao mercado outras três picapes de porte médio, todas no segundo semestre:

  • Nova geração da Ranger que estreia no último trimestre do ano, após seu lançamento na Argentina. É um produto inteiramente reprojetado, além de um novo motor a diesel.
  • RAM 1200 será produzida na fábrica pernambucana da Stellantis em Goiana e única desse porte de construção monobloco como na Toro (menor que a Ram), Commander, Compass e Renegade. Especula-se que poderia resgatar o nome Dakota, picape que a Dodge produziu no Brasil, mas de vida curta.
  • Primeira picape média da Fiat terá por base a Peugeot Landtrek, montada no Uruguai e projetada em parceria com a Changan (na China, batizada de Kaicheng F70). O projeto, no entanto, recebeu modificações graças à ampla experiência da marca italiana em picapes como Strada e Toro. Neste caso, porém, trata-se de um projeto de carroceria sobre chassi tipo escada, solução estruturalmente robusta e, portanto, sem grandes desafios. Ainda não se sabe o nome da picape, mas tudo indica que está descartado Fiat Landtrek. A Stellantis deve desistir de lançar a Peugeot Landtrek tanto no Brasil quanto na Argentina (no país vizinho as duas datas previstas foram canceladas; especula-se ter sido suspenso este projeto).

Entre as picapes compactas a Fiat vai lançar a Strada com motor turbo de 1-litro, o mesmo utilizado no Pulse. A Renault, em 2024, apresentará uma nova Oroch com a moderna arquitetura CMF-B, que estará também no sucessor do atual SUV Duster.

Alta Roda

ESTE ANO a Porsche comemora duas datas: 75 anos de sua fundação (1948) e 60 anos do seu mais icônico e autêntico produto, o 911, lançado em 1963. Embora não seja a melhor comparação, o 911 alcançou vendas mundiais superiores ao 100% elétrico sedã Taycan em 2022. Então vale recordar as impressões ao dirigir o 911 Carrera S.

A começar pela posição vertical do volante e os pedais pivotados no assoalho. O conta-giros está bem no centro do quadro de instrumentos, porém as informações nas extremidades ficam encobertas pelo aro do volante, mas são secundárias e dá para consultar inclinando a cabeça. Ao ligar o motor e o ronco grave saudar o motorista, fica difícil achar qualquer defeito.

O carro é agradável de dirigir em cidade e basta apertar o pedal de freio com um pouco mais de pressão, após parar, para o Porsche 911 ficar imobilizado, mantendo o câmbio na posição D. Para voltar a andar basta acelerar. Em estradas o desempenho beira o fenomenal. Explorei os quatros modos de condução, incluindo o Sport Plus. É tudo que se pode esperar de um autêntico carro esporte.

BMW e Valeo formaram uma parceria para criar estacionamentos autônomos sem motorista ao volante. Além de procurar uma vaga no esquema leva-e-traz, dispensando a presença de um valet, será possível acessar sistemas de recarga para elétricos e híbridos plugáveis também de forma automática. E ainda oferecerá, sem manobrista, serviço de lavagem da carroceria totalmente automatizado.