O ranking dos automóveis mais vendidos do país em março trouxe uma surpresa: o bom desempenho comercial do Dolphin Mini. Apesar de ainda ser um novato no país, o modelo já se tornou líder de mercado entre os carros elétricos, com um total de 2.469 emplacamentos. Um verdadeiro feito, considerando que o modelo chegou ao mercado no finalzinho de fevereiro.
O subcompato ultrapassou o Dolphin na configuração convencional, que até então era o carro elétrico mais vendido do mercado brasileiro. O "irmão maior", contudo, ainda está na primeira posição no resultado acumulado ao longo do primeiro trimestre de 2024.
O levantamento divulgado pelaFederação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostra o BYD Dolphin Mini na 21ª colocação entre os carros de passeio. Desse modo, ficou bem à frente de produtos tradicionais no mercado, como Renault Duster, Toyota Yaris e Fiat Cronos, respectivamente.
Vale lembrar que o BYD Dolphin Mini é um dos carros elétricos mais acessíveis do país, o que, certamente, contribuiu para que ele se tornasse o mais vendido desse segmento. O modelo chegou ao país com um preço de R$ 115.800: ficou acima das expectativas, que indicavam um valor na casa de R$100 mil, mas, ainda assim, está em patamar semelhante ao de concorrentes como Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar e JAC e-JS1.
O Dolphin Mini é equipado com um motor 100% elétrico, capaz de desenvolver 75cv de potência e 13,8kgfm de torque. O câmbio, como é comum em carros elétricos, tem apenas uma marcha. Já as baterias de 38 kWh proporcionam, no ciclo do Inmetro, uma autonomia de 280 km. De acordo com o fabricante, bastam 30 minutos para que o nível de carga vá de 30% a 80%, em um eletroposto ultrarrápido.
Carro elétrico mais vendido do país pode se tornar nacional
O Dolphin Mini é um dos veículos que a BYD estuda produzir na unidade industrial de Camaçari (BA) a partir do segundo semestre deste ano. Agora que ele se tornou o carro elétrico mais vendido do país, as chances de que a nacionalização ocorra certamente aumentam. Caso isso realmente aconteça, o fabricante deverá sanar algumas falhas, como a ausência de estepe e de cobertura no porta-malas e o banco traseiro capaz de acomodar apenas duas pessoas.
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