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Chevrolet Blazer EV: como é dirigir o novo SUV elétrico?

Modelo causou boa impressão, mas preço será fator determinante para a aceitação junto aos consumidores

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Na dianteira do Blazer EV, faixa de LEDs interliga os faróis e perpassa pelo logotipo da Chevrolet, que também é iluminado
Na dianteira do Blazer EV, faixa de LEDs interliga os faróis e perpassa pelo logotipo da Chevrolet, que também é iluminado Foto: Chevrolet/Divulgação

De Campinas (SP) - Quarto lançamento da Chevrolet no Brasil em 2024 (ainda ocorrerão mais dois, entre os quais o do novo Equinox), o Blazer EV deve chegar ao mercado em setembro. O SUV elétrico desembarcará do México na versão única RS, com pacote completo de equipamentos, incluindo rodas de 21 polegadas, central multimídia com tela de 17,7 polegadas e Google Built-in, teto solar panorâmico e sistema Adas avançado. O fabricante ainda não revelou os preços, mas é de se esperar algo de R$ 300 mil para cima. Assista ao vídeo e saiba tudo sobre a novidade!

Sim, o Blazer EV será um dos produtos mais sofisticados (e caros) da gama da Chevrolet no Brasil. Para isso, além dos equipamentos, lança mão de um motor elétrico capaz de despejar 347 cv de potência e 44,9 kgfm de torque nas rodas traseiras. É o bastante para arrancar de zero a 100 km/h em 5,8 segundos e atingir a velocidade máxima de 190 km/h. Já a bateria, de 102 kWh de capacidade, proporciona uma autonomia de 481 km no padrão do Inmetro.

O VRUM teve um breve contato com o Chevrolet Blazer EV no autódromo da fazenda Capuava, em Campinas (SP). Primeiramente, o modelo causou boa impressão. As proporções da carroceria fazem com que o SUV, que nem é tão baixo assim, com 1,65 metro de altura, parece assentado ao solo. Além disso, o design vincado e recortado é agressivo e, ao mesmo tempo, harmonioso. O próprio fabricante assumiu que não quis projetar um carro elétrico com design minimalista. 

Por dentro do Chevrolet Blazer EV

O interior bem-cuidado também agradou. E a telona da central multimídia integra-se ao quadro de instrumentos, também digital, de 11 polegadas, dando aspecto contemporâneo ao modelo. Os bancos são confortáveis, e a ergonomia, correta. Além do mais, o veículo é muito espaçoso, inclusive no banco traseiro, graças ao entre-eixos de 3,09m e ao comprimento de 4,88 m. É grande por fora e por dentro, portanto.   

O acabamento também está à altura das pretensões do Chevrolet Blazer EV no mercado brasileiro. Painel e portas dianteiras são acolchoados, enquanto os difusores de ar exibem material metalizado. A reclamar, só da ausência de material macio ao torque na porção superior da forração das portas traseiras e do revestimento dos bancos, que mesclam suede e... Vinil, um material sintético que imita couro. São detalhes, mas, a depender do preço cobrado pelo SUV elétrico, podem fazer a diferença.  

Na pista com o SUV elétrico

Em movimento, não há o que criticar. É verdade que o contato com o Chevrolet Blazer EV foi curto e superficial: apenas algumas voltas na pista da Capuava. Muito diferente, portanto, de uma situação normal, de dia-a-dia, em vias públicas. De qualquer modo, o SUV causou uma ótima impressão. O modelo mostrou as acelerações fortes típicas dos carros elétricos mais potentes, em função, principalmente, do torque entregue de modo imediato.

Nas curvas, o SUV elétrico permaneceu absolutamente estável, graças à combinação de bitolas largas e centro de gravidade baixo, em função das baterias posicionadas sob o assoalho. Há ainda quatro modos de condução: normal, esportivo, neve e configurável. Esse último permite que o motorista customize desde a assistência elétrica da direção até o efeito regenerativo da bateria, que faz com que o veículo freie quando o motorista tira o pé do acelerador.

Qualidades, o Chevrolet Blazer EV tem. Resta saber se ele terá preço competitivo, fator determinante para o sucesso de qualquer produto. Se o valor de compra não se distanciar muito a casa dos R$ 300 mil, pode ser que ele conquiste os consumidores interessados em adquirir um carro elétrico mais sofisticado.