Volkswagen vem passando por um dos momentos mais desafiadores de sua história. A montadora viu seu lucro líquido despencar 64% no terceiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, em um relatório divulgado pela própria marca.
A empresa caiu de 4,35 bilhões de euros para 1,58 bilhão. Esse número reflete o lucro líquido, ou seja, o valor que sobra depois de todos os custos e despesas pagos.
O grande impacto vem no aumento dos carros elétricos e híbridos, especialmente de marcas chinesas, que estão conquistando uma fatia cada vez maior de mercado, tanto na Europa quanto na China, que já foi o grande trunfo da Volkswagen.
Só que a competição está cada vez mais apertada, e agora a marca corre atrás de cortes para se manter competitiva.
Além disso, a empresa mostrou não só a queda do lucro, mas também uma queda de 0,5% na receita – o total que a VW faturou. Além disso, a margem operacional, que mede a eficiência da empresa em gerar lucro sobre as vendas, caiu de 6,2% para 3,6%.
Para reagir, a Volkswagen está planejando cortes drásticos. Uma delas, como já divulgado, é o fechamento de três fábricas na Europa, o que, segundo rumores, pode resultar na demissão de 30 mil pessoas. A meta é economizar cerca de 10 bilhões de euros.
A ironia é que o próprio CEO da marca, Oliver Blume, havia negado demissões em massa em setembro e fechamento das fábricas. No entanto, agora, a realidade bate à porta.
Além das fábricas fechadas e dos cortes de empregos, os salários também podem ser reduzidos. A previsão é que a Volkswagen deixe de vender 500 mil carros por ano, o que pode impactar ainda mais o lucro da companhia.
Como se não bastasse, a marca ainda vê o “cheque chinês” mais fraco. Oliver Blume explicou que as vendas na China, um mercado que já foi fiel às marcas estrangeiras, estão migrando para fabricantes locais, como a BYD, que desbancou a Volkswagen em 2023.
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