Os portos brasileiros estão abarrotados com mais de 70 mil carros elétricos chineses não vendidos, desafios enfrentados por montadoras como BYD e GWM. O Brasil se tornou um mercado estratégico mediante as barreiras comerciais dos Estados Unidos e Europa, porém com os impostos que o Governo Federal impõe sobre os modelos elétricos e híbridos, faz as montadoras terem dificuldades na absorção desses veículos.
O excesso de veículos nos portos se deve, em grande parte, à tentativa das fabricantes de driblar o aumento gradual do imposto de importação, que será de 35% até julho de 2026.
Exemplo maior é da BYD, que inundou o mercado brasileiro com estoques em antecipação às novas alíquotas, mas com a desaceleração nas vendas dos carros elétricos no país expôs os limites dessa estratégia.
A BYD é atualmente a maior exportadora chinesa para o Brasil e vê o país como um pilar em sua meta de superar US$ 100 bilhões em vendas globais este ano. Mas os desafios como infraestrutura precária de recarga e o alto custo inicial dos veículos dificultam a popularização no mercado local.
Por outro lado, as montadoras como Toyota, Honda, Fiat, entre outras, estão respondendo com investimentos e modelos híbridos, pressionados pelos chineses.
E as montadoras chinesas chegam fortes para se estabelecer no Brasil, como a BYD, que iniciará a produção local em março de 2025 com o Dolphin Mini e Song Pro, com a fábrica em Camaçari (BA). Já a GWM planeja abrir sua planta em maio e irá começar com o Haval H6.
Enquanto isso, outras marcas chinesas, como, GAC, Omoda e Jaecoo, Zeekr, também estão expandindo no Brasil, apostando no potencial de longo prazo do mercado local.
A participação, no entanto, ainda é tímida, com apenas 7% nas vendas totais. O segmento de veículos eletrificados no Brasil depende de avanços na infraestrutura e de políticas que estimulem a adoção. Grande exemplo é a isenção de IPVA, como Brasília, e São Paulo, que vem trabalhando em cima, e no caso da metrópole também, rodízio suspenso.
O cenário competitivo, porém, promete movimentar o setor nos próximos anos, à medida que os chineses e fabricantes tradicionais batalham a disputa por espaço no mercado brasileiro.
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