De São Paulo (SP) - Desde o fim de 2021, quando o Fiat Doblò saiu de linha, o mercado brasileiro tem apenas uma opção de veículo com sete lugares e preço pouco acima de R$ 100 mil: o Chevrolet Spin. Todos os demais modelos que oferecem terceira fileira de assentos são SUVs luxuosos e custam mais de R$200 mil. Porém, no próximo mês de outubro, esse segmento enfim ganhará um novo competidor. O modelo em questão é o Citroën C3 Aircross.
Porém, ao contrário do Spin, que é um monovolume, e do Doblò, que era uma multivan, o novo C3 Aircross é um SUV, ao menos de acordo com a Citroën. Durante uma pré-apresentação à imprensa, os executivos do grupo Stellantis fizeram questão de destacar essa característica. Eles também destacaram que o modelo terá porte grande, interior espaçoso e design imponente. E o mais importante: preço acessível.
Características técnicas do Citroën C3 Aircross
Por enquanto, a Citroën revelou poucas informações técnicas sobre o novo C3 Aircross. O fabricante revelou apenas que ele terá 4,32 metros de comprimento, 2,67m de distância entre-eixos e 1,80m de largura. a capacidade do porta-malas é de 489 litros, e o vão livre do solo é de 20cm. Estão previstas tanto versões com cinco quanto com sete lugares para o mercado brasileiro.
Ainda não foi possível conferir as versões de sete lugares por dentro: no evento de pré-apresentação à imprensa, só foi possível acessar o interior de um Citroën C3 Aircross de cinco assentos. Mas a marca francesa garante que a terceira fila terá bancos individuais e removíveis. Nesse ponto, vale lembrar que o Spin tem um assento inteiriço para a turma do fundão.
Na parte de conectividade, o SUV terá uma tela multimídia de 10 polegadas, em formato horizontal, como no C3 hatch. Além do mais, nas versões mais completas, há 5 portas USB espalhadas pelo habitáculo.
A Citroën vai produzir o novo C3 Aircross em Porto Real (RJ). A equipe brasileira da Stellantis, inclusive, participou do desenvolvimento global do projeto, que é focado nos chamados países emergentes. Além da América do Sul, o modelo também se destina a países da Ásia continental: ali, um dos polos produtores é a Índia.
Impressões
À primeira vista, apesar do parentesco acentuado com o Citroën C3 hatch, o Aircross realmente tem porte de SUV compacto: tem "presença", como se diz popularmente. Isso, graças ao vão livre do solo generoso, à altura da carroceria e ao comprimento total. O design, inclusive, lembra bastante o do "irmão" menor. Beleza é um conceito subjetivo, mas o veículo causou boa impressão aos jornalistas presentes na pré-apresentação.
Por dentro, o parentesco com o C3 convencional é ainda mais evidente. Os dois modelos da gama compartilham o painel de instrumentos e várias outros componentes, como o console central. O padrão de acabamento também é o mesmo. Ou seja, o modelo não tem luxo algum, e a maioria das forrações internas são de plástico duro. Ao menos na versão de cinco lugares (a única à qual foi possível acessar o interior, vale lembrar), o espaço no banco traseiro é generoso.
A má notícia é que, apesar de a versão exibida ser, aparentemente, a top de linha, com direito a rodas de 17 polegadas diamantadas, há apenas quatro airbags (frontais e laterais) a bordo. A Citroën explicou que a unidade é pré-série e não antecipou quaisquer informações sobre equipamentos: ainda assim, parece que o C3 Aircross realmente vai ficar devendo os airbags de cortina.
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*Jornalista viajou a convite da Citroën