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Nova Montana: o que esperar da caminhonete da Chevrolet?

Fabricante mostrou protótipo da picape para jornalistas, mas revelou pouco sobre ela

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De Indaiatuba (SP) - A Chevrolet está revelando a nova geração da Montana a conta-gotas: divulga só uma informação aqui ou um teaser ali, mas mantém guardadas a sete chaves as informações técnicas e a data de lançamento. A última ação do fabricante foi mostrar um protótipo camuflado da caminhonete dentro do Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), para um grupo de jornalistas, incluindo este que vos escreve.

O protótipo da nova Chevrolet Montana estava trancado e com os vidros cobertos. Desse modo, o contato se restringiu à parte externa. Portanto, uma das poucas características que foi possível notar é o porte: ao que parece, a picape terá dimensões semelhantes às da Fiat Toro, atual líder do segmento. Também deu para notar o conjunto óptico bipartido, coisa que um teaser também antecipou.

O veículo em questão estava equipado com rodas de 16 polegadas, mas um outro exemplar da nova Montana avistado em um galpão próximo, mesmo coberto com uma capa, deixava à mostra um conjunto de 17 polegadas diamantado. Em ambas as unidades, os freios dianteiros eram a disco, e os traseiros, a tambor.

Motor da nova Montana

A Chevrolet afirma que otimizou ao máximo o espaço na caçamba e no interior da nova Montana: promete 2cm a mais de espaço para as pernas no banco traseiro em relação à concorrência. Essa equação é sempre desafiadora em picapes de menor porte, já que o comprimento contido limita tanto o habitáculo quanto o compartimento de carga.

A estratégia da Chevrolet para otimizar o espaço da nova Montana parece ter sido o de encurtar ao máximo o cofre do motor. Isso, inclusive, ficou bem evidente no protótipo que o fabricante exibiu. Vale destacar que, embora os dados técnicos ainda permaneçam sob sigilo, a caminhonete usará motor de três cilindros turboalimentado: provavelmente, será o 1.2 do Tracker Premier.

Plataforma da nova Montana

Outro ponto comum entre a nova Montana e o Tracker é a plataforma GEM (Global Emerging Markets). Vale destacar que, assim como a Fiat Toro e a Renault Oroch, a caminhonete da Chevrolet terá arquitetura monobloco. O fabricante, para variar, não revela detalhes, restringindo-se a antecipar que a estrutura será rígida como convém a uma picape, mas capaz de proporcionar dirigibilidade de carro de passeio.

No mais, a Chevrolet afirma que o projeto da nova Montana segue padrões internacionais de segurança veicular. O fabricante promete ainda boa relação entre desempenho e consumo de combustível, baixo nível de ruído interno e tecnologias de conectividade. Resta esperar para ver se todas essas expectativas serão cumpridas: o lançamento, ainda sem data confirmada, deve ocorrer no primeiro semestre de 2023.

Segmento promissor

O segmento das chamadas picapes intermediárias - entre as compactas Fiat Strada e Volkswagen Saveiro e as mádias, como Chevrolet S10 e Toyota Hilux - é promissor. Outros fabricantes, como a própria Volkswagen e a Hyundai, já fazem planos de lançar produtos nessa categoria.

Por sua vez, a Chevrolet afirma que as vendas de caminhonetes de todos os portes respondiam, 10 anos atrás, por 12% do mercado brasileiro. Hoje, esse percentual já está em 14%, sendo que projeções da própria empresa indicam que, em breve, ele chegará a 15%. Daí a importância da nova Montana, que se somará à terceira geração da S10 para dar ao fabricante dois produtos inéditos desse gênero.

(*) Jornalista viajou a convite da Renault