A Toyota apresentou o seu projeto para atingir a neutralidade de carbono até 2050. Para isso, a montadora pretende alcançar zero emissões de CO² com seus veículos, considerando desde o processo de produção , transporte, operação, abastecimento ou recargam, reciclagem e descarte. Até 2025, a marca pretende lançar 15 modelos elétricos no mundo. Para a América Latina, a meta é oferecer um portfólio 100% eletrificado, com uma opção híbrida para cada modelo da linha. No Brasil, o primeiro passo será mesmo com os híbridos.
O VRUM testou o Toyota Corolla Hybrid! Você já assistiu o vídeo?
Para Masahiro Inoue, CEO da Toyota para América Latina e Caribe, “é preciso focar em tecnologias que reduzam os impactos com o meio ambiente, mas que também sejam economicamente viáveis”. Ele considera que o grande vilão não é o veículo com motor de combustão interna, mas, sim, o carbono. Para atingir os objetivos, a Toyota pretende continuar investindo em novas tecnologias que ajudam a reduzir as emissões, para alcançar a neutralidade de carbono.
Com isso, a Toyota quer diversificar cada vez mais a sua linha de produtos, oferecendo veículos elétricos, híbridos, híbridos plug-in e elétricos com células de combustível de hidrogênio. De acordo com a montadora japonesa, atualmente, são mais de 55 veículos eletrificados em todo o mundo e 2 milhões de automóveis eletrificados vendidos mundialmente por ano.
Até 2025, a Toyota pretende investir em novas tecnologias verdes, com o lançamento de 15 modelos de veículos elétricos a bateria em todo o mundo, incluindo sete modelos Toyota BZ (Beyond Zero) que já estão sendo apresentados. Na América Latina, a marca pretende ir virando a chave gradativamente, disponibilizando uma opção híbrida para cada modelo da linha.
Diante disso, Masahiro Inoue não descarta a possibilidade de o Toyota Prius híbrido plug-in ser comercializado no Brasil em futuro próximo. Outro modelo que também poderá ser considerado para o mercado brasileiro é o RAV4 híbrido também na versão plug-in.
Masahiro considera que os modelos eletrificados ainda são muito caros para o consumidor brasileiro. Ele destaca o alto custo do produto e o baixo poder aquisitivo do brasileiro como principais barreiras para a expansão da comercialização de veículos eletrificados no país. O CEO da Toyota para América Latina e Caribe afirma que o Brasil deve focar nos benefícios do etanol, já que investe no biocombustível desde 1975.
O que a Toyota pensa para o mercado brasileiro?
Para o mercado brasileiro, a Toyota projeta que os modelos híbridos são a melhor opção no primeiro momento da eletrificação. A marca foi a primeira a lançar por aqui modelos híbridos flex – Corolla e Corolla Cross –, que são considerados muito eficientes na redução da emissão de CO², já que o etanol é visto como boa alternativa para a descarbonização.
“Queremos conversar com o governo federal para ter a certeza e confiança de que podemos investir no país, pois a ideia é produzir modelos híbridos aqui, gerando mais empregos. O etanol é uma excelente solução na busca pela descarbonização e traz a vantagem de poder ser usado na mistura de combustível ou separadamente”, afirma Masahiro.
Tem híbridos e elétrico movido a célula de combustível
Durante a apresentação do projeto Rotas Tecnológicas – Rumo à neutralidade de carbono, a Toyota mostrou para os jornalistas especializados alguns de seus produtos eletrificados, resultados das pesquisas em busca da redução da emissão de CO². Um deles já é bem conhecido no mercado brasileiro: o Toyota Corolla Cross Hybrid.
O SUV médio é equipado com motor 1.8 flex, com potências máximas de 98cv (gasolina) e 101cv (etanol) a 5.200rpm e torque máximo de 14,5kgfm a 3.600rpm. Além dele, traz dois motores elétricos que juntos geram 72cv e torque máximo de 16,6kgfm. A potência combinada é de 122cv. O conjunto conta com tração dianteira e Hybrid Transaxle CVT com botão seletor: Normal, ECO, Power e EV (Electric Vehicle). O Toyota Corolla Cross Hybrid tem autonomia de 450 quilômetros.
Outro modelo exibido pela Toyota foi o Prius, que já foi vendido no Brasil, porém, agora, a montadora mostrou a versão híbrida plug-in, que tem autonomia de 800 quilômetros. Com uma bateria maior e mais pesada (120kg), o Prius Hybrid plug-in também tem motor 1.8, mas que funciona apenas com gasolina. Conta ainda com motores elétricos, alimentados pela bateria de íons de lítio. A vantagem em relação ao Corolla Cross é que ele tem autonomia maior no modelo elétrico. É um modelo que poderá chegar ao mercado brasileiro e impressiona pelo bom desempenho e baixo consumo.
A Toyota mostrou também o Lexus UX 300e, modelo 100% elétrico de sua marca de luxo. O SUV tem motor elétrico com potência de 204cv e torque de 30,6kgfm. A bateria de íons de lítio ocupa todo o assoalho, rebaixando o centro de gravidade e otimizando a estabilidade. O modelo apresenta autonomia de 300 quilômetros e vem equipado com cabo para recarga, que pode ser feita em 30 horas em tomada doméstica ou em 10 horas no Wallbox.
Mas a cereja do bolo apresentada pela Toyota no evento foi o Mirai fuel cell. O cupê de linhas aerodinâmicas também é movido por motor elétrico, mas alimentado por célula a combustível. Uma reação química entre hidrogênio e oxigênio gera a energia elétrica que faz mover o motor elétrico, que gera 180cv e 30kgfm.
Com os cilindros de hidrogênio cheios, o Mirai tem autonomia de 600 quilômetros. Vale lembrar que o modelo conta também com sistema de regeneração de energia em desaceleração e frenagens. Uma curiosidade em relação ao Toyota Mirai: a cada 100 quilômetros rodados ele gera seis litros de água limpa. O problema do carro movido a célula de hidrogênio é o alto custo, portanto trata-se de um produto ainda inviável para o mercado brasileiro.
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